E o lusco fusco de um dia que não quer ser de inverno no inverno, aquecido pelo calor da lareira que as chamas dançam arbitrariamente, deixo-me vagabundear pelos pensamentos que não sei quantas vezes já foram pensados ou são frescos. Sei que não tenho respostas porque me reinvento em cada instante, embarco em mim para cada viagem no momento que vivo sem medo de descobrir um outro ou outros eus, um ser que desconheço no meio das minhas mil perguntas. Eu caminho por mim, passo lento ou voo planado, escolhendo correntes, desviando mistérios ou encalhando-me nas teias do pensamento livre. Se tiver que escolher eu escolho a alegria, o perfume misterioso de ser feliz, a força do levantar e seguir de cabeça erguida, porque um dia irei voltar a ser quem sou.
Sanzalando
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