Se ontem deambulei por bocejo hoje calha a vez de caligrafia. O Abecedário é assim e não me apetece cantarolá-lo de outra forma.
Caligrafia me faz lembrar logo o meu avô e a sua letra que até um iletrado lia. Não a minha letra que parece faltam traços e pintas. Eu me lembro de ver os meus tios com canetas de pau com aparo numa das pontas e tinteiro ao lado a treinar Caligrafia. Eu acho eles tinham uma cadeira escolar com esse nome. E tinham mesmo de treinar aqueles rebicoques ('A palavra que menciona parece ser um regionalismo, que poderá usar no registo informal e até em certos textos literários. Nos dicionários de que dispomos não encontramos atestação, mas, apesar de não nos ter indicado o significado, parece semanticamente afim de rebicoa, «arrebitada» (Vítor Fernando Barros, Dicionário de Falares das Beiras, Edições Colibri/Âncora Editora, 2010).'). Eu acho que a letra demonstra a qualidade da pessoa, a personalidade e até se quer ser lida ou se tem dúvidas na vida. Eu quero de volta a minha letra e escrever assim duma forma redonda e afirmativa.
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