E o João Afonso cantava 'e ia eu na minha lambreta...' e cá o eu se pos a pensar se andasse de lambreta como é que ia ser. Capacete integral com viseira espelhada para ninguém lhe conhecer, cachecol para não arrefecer, luvas e o corpo a parecer ia voar. Os carros passam velozes e não têm tempo quase para desviar quianto mais para acenar. Eu também não ia tirar a mão do guiador com medo de estrambulhar-me no chão. Eu ia sé, por trás da viseira a rir ou sorrir dos coloridos carros que me passam tangentes até eu lhes ultrapassar no cruzamento seguinte, nuns esses que parece sou artista do circo. Eu e a minha lambreta, felizes e contentes neste mundo de estrada stressante. E se estivesse a chover? Ficava em casa a olhar a minha lambreta a brilhar parece é nova.
Afinal de contas não gosto de lambretas... são muito vespas.
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