Me deixo estar a olhar o zulmarinho que até parece virei estátua de pedra despolida e abrasiva. Olho só para longe, num qualquer princípio de mim a tentar apagar qualquer fogo aceso que me faça pensar eu sou o salvador do mundo. Não sou narcisista nem nunca fui prodígio, nunca fui único a pensar. Não, nunca precisei fingir ser quem não sou. Às vezes deixo escapar ideias, outras vezes troco por silêncios palavras que devia falar. Me destroco em vagas coisas que me afundam os pensamentos e deixo de ter tempo para para outras avarias ou arranjos.
Me deixo só olhar como se fosse um final de dia a descansar.
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