Me deito na praia e vou por aí, de onda em onda, surfando pensamentos e tropeçando em remoinhos como se tivesse muito em que pensar.
O meu silêncio é ruidoso e o meu pedido de desculpa ao mundo é ensurdecedor.
Na verdade eu sempre quis ser herói e fui lutando pelo lado mais fraco, ataquei dragões, ultrapassei sombras e esfaqueei pesadelos, com o princípio final de querer ser o herói do meu filme mental. Pouco me importei com a razão tirando a razão de ser, tirando o tem de ser. Não dei importância à ordem natural das coisas, o que tinha de ser era. E eu era o meu herói. Arrependido? Nem um pouco. Por isso o meu silêncio continua ruidoso e o meu pedido de desculpa deixa o mundo surdo que nem me ouvem.
Sou o meu herói e mantenho o meu principio de que a razão de ser é igual ao ser da razão.
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