Mais uma crise. Crescimento? Amuderecimento? Apodrecimento ou simplesmente aborrecimento?
Transparentemente me transcrevo.
Egoisticamente me mantenho solidário
"Fio": Adeus
carranca
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Eu Carlos Carranca, eu zulmarinho... Hoje, 15:28
Forum: Conversas de Café
Merch
Não sei porque te escrevo. O que escreveste assino por baixo, mudando é os nomes. Por isso não sei porque te escrevo. Nunca falei SÈRIO com o António Delgado sobre a génese deste forum. Aproveitei-me dele para os fins que tenho em vista : dar consciência aos angolanos da diáspora que há Angola; que há Angolanos que nunca sairam de Angola; que há os que regressaram depois de alguns, muitos ou poucos anos depois; Não me interessou nunca se eram de origem Kuahama, mucubal, ovibundo, portuguesa, indiana, e outras muitas que enriquecem a nossa Angola quer na vertente cultural quer linguística.Algumas vezes perdi a minha maneira de ser e de estar. Sonhei com a Sanzalangola, acordava a pensar nela, vivia o dia a dia a pensar nela. Enfim, vivia para ela e com ela. Dentro dela fui crescendo, mas mantendo o mesmo propósito - consciencializar. Aproveitei, continuo a aproveitar, aprender muita coisa que por motivos vários eu nunca soube, nunca quis saber. Escolhi amigos e amigas, quer pela maneira de pensar, quer pela maneira de escrever, (mesmo não escrevendo ou pensando a vermelho como eu escrevo e penso). Em alguns fui buscar ensinamentos positivos, ensinamentos não só de origem política como também das múltiplas culturas existentes em Angola, da HISTÓRIA da nossa terra; noutros, pela negativa, me ensinaram também. Hoje, de cadeira, te digo que aprendo muito diáriamente por aqui, mas hoje já não vivo Sanzalangola. Hoje vivo EU, e venho aqui para escrever para os que gostam de me ler (pouco me importa o meu ranking porque não sou vaidoso até esse ponto) e ler os que gosto de ler - nem todos sabem quem são eles. Os outros simplesmente, egoísticamente, não existem.É evidente que de quando em vez meto a minha ferroada/alfinetada maldosa, mas isso porque faz parte do «Ser Humano» que não é de pau e gosta de ver sacrifícios e tochas a arder.Assim, amiga Mercedes/Merch, não sei porque te escrevo. Talvez por ter pena de vir a deixar de te ler. Talvez porque tenha pena de perder uma fã.Egoísticamente, uso a Sanzala. Pela dúzia ou pelas duas dúzias ou três, ou centena, sei lá, vale a pena continuar aqui até nos deixarem.Para ti Merch, um BEIJO.Para os outros, duzia ou centena, um abraço sempre amigo do REI do DESERTO, como a Merch sempre carainhosamente me chamou.No início do zulmarinho tem birra geladinha que tu e kambutinha carinhosamente guardam para mim.
Uma adendazinha ao meu anterior texto Hoje, 16:35
Forum: Conversas de Café
Porque me fui mudando, moldando ou limitando ao sonho do zulmarinho:Porque arruaceiros não são aqueles que têm a fama...mas sim uns quantos que paulatinamente foram entrando e estão a destruir a Sanzala, deformando-a, manipulando-a, usando-a como base de algum estudo de caracter psicológico ou com outra finalidade que me recuso mesmo a pensar
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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26 de novembro de 2004
Dia de maré cheia
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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De lá João 25-11-2004 23:45
Forum: Conversas de Café
Pois é hoje é dia de maré cheia. Zulmarinho hoje ficou com mais água salgada que escorreu pela minha cara abaixo e lhe foram desaguar como um rio.Senta aí mermão e fala as coisas bonitas desde o início deste zulmarinho que nos separa mas nos une num contacto assim mesmo real de virtualidades. Se fez o triangulo de equinócios, almas gémeas sulcando as ondas sem as destruir porque não lhes toca.Senta, mermão, e não pares de falar que eu hoje bebo para escutar. Páre, olhe e escute! Tou na linha, paralela que se curva no horizonte da imaginação e te acompanho na velocidade das imagens que seguem no filme da imaginação.Uma loira gelada para acompanhar esta vertiginosa viagem ao presente que tem gente, ao Manel, ao Beto e todos os outros nomes que não cabem num memorial qualquer.Uma loira gelada com cheiro a mar!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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De lá João 25-11-2004 23:45
Forum: Conversas de Café
Pois é hoje é dia de maré cheia. Zulmarinho hoje ficou com mais água salgada que escorreu pela minha cara abaixo e lhe foram desaguar como um rio.Senta aí mermão e fala as coisas bonitas desde o início deste zulmarinho que nos separa mas nos une num contacto assim mesmo real de virtualidades. Se fez o triangulo de equinócios, almas gémeas sulcando as ondas sem as destruir porque não lhes toca.Senta, mermão, e não pares de falar que eu hoje bebo para escutar. Páre, olhe e escute! Tou na linha, paralela que se curva no horizonte da imaginação e te acompanho na velocidade das imagens que seguem no filme da imaginação.Uma loira gelada para acompanhar esta vertiginosa viagem ao presente que tem gente, ao Manel, ao Beto e todos os outros nomes que não cabem num memorial qualquer.Uma loira gelada com cheiro a mar!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Pescador - Cajoão3
O Pescador de Lágrimas...
Vem Carlos... Tu também Paula... E tu Cristina. Venham vocês todos, Lena, Fernando, Mercedes, Reginalda, e todos os que se sentam nesta esplanada pelo simples prazer da amizade e da simplicidade das coisas boas. Dêem-me as vossas mãos e venham comigo. Deixem-me secar os olhos e venham comigo enterrar os pés na areia e sentir o aroma do zulmarinho. Cuidado onde pisam... Há muito lixo, principalmente cacos e latas e não convém dar arrelias profissionais ao mano-véio... Ele que venha só de puro gozo e vai esquecer maleitas alheias e pensar só no bikini azul.... Peçam aí no balcão para nos prepararem uma merenda e tragam a caixa térmica cheia de cerveja e gelo. Vamos sair de Luanda e andar para sul. Vou tentar partilhar convosco um pouco destes dois últimos anos do resto da minha vida. Sei que é tarefa difícil, e como já disse falta-me o talento dos eleitos para transformar esta prosa num relato merecedor da vossa atenção e fiel depositário dos meus arrepios. Mas vocês pediram e eu não tenho como negar. Vou-me esforçar...Desculpem-me se me embargar a voz e toldar o olhar... Acontece-me com frequência nestes dois anos e não sei como evitar. Sei que não é paludismo que esse já deu e foi. Sendo assim ponho os óculos escuros e dou umas tossidelas discretas que vocês nem reparam...Vou saltar uns meses (se quiserem volto depois ao início), porque tenho pressa de chegar ao nosso Namibe. Custou mas consegui Depois de um ano a correr Angola por estrada (Malange, Cambambe, Kapanda, Kalandula, Pungo Andongo, Quitexe, Huambo, Cela, Kibala, Bocoio, Sumbe, Porto Amboim, Lobito, Benguela, Ambriz, Piri, etc, etc,), ainda não tinha descido a sul do Cuio (perto do Dombe Grande,a sul de Benguela, a caminho da Lucira). Com algum jeito e manobras "maquiavélicas", lá consegui convencer o grande guia das picadas, o meu sobrinho e também sanzaleiro Truca-Truca, a partirmos após o Natal e passarmos o ano na minha (nossa) província. Ele condoeu-se dos meus argumentos e partimos para essa minha primeira visita a Moçâmedes, quase 30 anos depois de ter saído...(Para não me tornar maçador, interrompo agora o relato para o fim de semana. Volto na segunda.) MARzé
__________________Entre o Mar e o Deserto há gente.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Vem Carlos... Tu também Paula... E tu Cristina. Venham vocês todos, Lena, Fernando, Mercedes, Reginalda, e todos os que se sentam nesta esplanada pelo simples prazer da amizade e da simplicidade das coisas boas. Dêem-me as vossas mãos e venham comigo. Deixem-me secar os olhos e venham comigo enterrar os pés na areia e sentir o aroma do zulmarinho. Cuidado onde pisam... Há muito lixo, principalmente cacos e latas e não convém dar arrelias profissionais ao mano-véio... Ele que venha só de puro gozo e vai esquecer maleitas alheias e pensar só no bikini azul.... Peçam aí no balcão para nos prepararem uma merenda e tragam a caixa térmica cheia de cerveja e gelo. Vamos sair de Luanda e andar para sul. Vou tentar partilhar convosco um pouco destes dois últimos anos do resto da minha vida. Sei que é tarefa difícil, e como já disse falta-me o talento dos eleitos para transformar esta prosa num relato merecedor da vossa atenção e fiel depositário dos meus arrepios. Mas vocês pediram e eu não tenho como negar. Vou-me esforçar...Desculpem-me se me embargar a voz e toldar o olhar... Acontece-me com frequência nestes dois anos e não sei como evitar. Sei que não é paludismo que esse já deu e foi. Sendo assim ponho os óculos escuros e dou umas tossidelas discretas que vocês nem reparam...Vou saltar uns meses (se quiserem volto depois ao início), porque tenho pressa de chegar ao nosso Namibe. Custou mas consegui Depois de um ano a correr Angola por estrada (Malange, Cambambe, Kapanda, Kalandula, Pungo Andongo, Quitexe, Huambo, Cela, Kibala, Bocoio, Sumbe, Porto Amboim, Lobito, Benguela, Ambriz, Piri, etc, etc,), ainda não tinha descido a sul do Cuio (perto do Dombe Grande,a sul de Benguela, a caminho da Lucira). Com algum jeito e manobras "maquiavélicas", lá consegui convencer o grande guia das picadas, o meu sobrinho e também sanzaleiro Truca-Truca, a partirmos após o Natal e passarmos o ano na minha (nossa) província. Ele condoeu-se dos meus argumentos e partimos para essa minha primeira visita a Moçâmedes, quase 30 anos depois de ter saído...(Para não me tornar maçador, interrompo agora o relato para o fim de semana. Volto na segunda.) MARzé
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Carlos Carranca
Pescador de lágrimas - Cajoão2
Vou-vos confessar uma coisa: gosto desta esplanada !!!E gosto dela porquê ? Primeiros, porque gosto de gostar. É o meu hobby. Segundos, porque mesmo que não gostasse tanto de gostar, o ambiente me contagiava e eu tinha que gostar. Terceiros, tem gente boa e bonita que não acaba mais, e aí fica difícil não gostar. Quartos e seguintes, não interessam porque os outros chegam. Portanto, gosto e ponto final. Mas o que eu gostava mesmo era de ter mais tempo para estar aqui com vocês... Aí eu ainda ia gostar mais. Se tivesse mais tempo, podia vos contar como vejo a Angola de hoje. Podia tentar descrever as emoções que senti ao regressar à terra e ao zulmarinho. Quando entrei na descida do Giraúl e quando vi a ponte do Bero depois de 30 anos. Quando subi e desci a Leba. Quando entrei no deserto e reguei uma Welwitchia com um pouco de água e cloreto de sódio que levava nos olhos. Quando entrei na avenida e vi o tribunal ao fundo. Quando de madrugada, na ponta do Noronha, acompanhado de uma Mucubalinha que faz o favor de ser minha amiga e de um general reformado da guerra que não da música, gritámos que nem doidos para que o vento vos levasse um pouco da nossa alegria em estar ali. Quando, quando, quando... Podia, mas não vou sequer tentar. Falta-me o tempo e o talento. Como descrever a alma quando nos sentamos frente ao zulmarinho e, com a linha na água, pensamos na desculpa para os peixes que se deixam escapar. Acho que já me chamam o pescador de lágrimas... Mas eu deixo. Estou aqui e não há estiga que me ensombre esta realidade.Mandem vir... Hoje ainda pago eu. Bebam comigo e brindem ao que quiserem. O meu brinde vai para vocês, meus companheiros de esplanada. Não sei se vi bem, mas pareceu-me que esta esplanada tem um quiosque... É verdade ?MARzé
__________________Entre o Mar e o Deserto há gente.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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Carlos Carranca
De lá João
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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De lá João 25-11-2004 23:45
Forum: Conversas de Café
Pois é hoje é dia de maré cheia. Zulmarinho hoje ficou com mais água salgada que escorreu pela minha cara abaixo e lhe foram desaguar como um rio.Senta aí mermão e fala as coisas bonitas desde o início deste zulmarinho que nos separa mas nos une num contacto assim mesmo real de virtualidades. Se fez o triangulo de equinócios, almas gémeas sulcando as ondas sem as destruir porque não lhes toca.Senta, mermão, e não pares de falar que eu hoje bebo para escutar. Páre, olhe e escute! Tou na linha, paralela que se curva no horizonte da imaginação e te acompanho na velocidade das imagens que seguem no filme da imaginação.Uma loira gelada para acompanhar esta vertiginosa viagem ao presente que tem gente, ao Manel, ao Beto e todos os outros nomes que não cabem num memorial qualquer.Uma loira gelada com cheiro a mar!
"Fio": Vejam isto...antes que desapareça.....
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Carlos Carranca
carranca
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De lá João 25-11-2004 23:45
Forum: Conversas de Café
Pois é hoje é dia de maré cheia. Zulmarinho hoje ficou com mais água salgada que escorreu pela minha cara abaixo e lhe foram desaguar como um rio.Senta aí mermão e fala as coisas bonitas desde o início deste zulmarinho que nos separa mas nos une num contacto assim mesmo real de virtualidades. Se fez o triangulo de equinócios, almas gémeas sulcando as ondas sem as destruir porque não lhes toca.Senta, mermão, e não pares de falar que eu hoje bebo para escutar. Páre, olhe e escute! Tou na linha, paralela que se curva no horizonte da imaginação e te acompanho na velocidade das imagens que seguem no filme da imaginação.Uma loira gelada para acompanhar esta vertiginosa viagem ao presente que tem gente, ao Manel, ao Beto e todos os outros nomes que não cabem num memorial qualquer.Uma loira gelada com cheiro a mar!
"Fio": Vejam isto...antes que desapareça.....
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Carlos Carranca
Cajoão1
Com a devida vénia e a importância que me tens
Cajoão
Agora me sinto mais feliz, mano véio... Sei que, como eu, esperas estes momentos para irrigar as sedes que nos consomem. Penso que nem seca do nordeste é tão castigadora como esta que no empurra a mergulhar no deserto que nem da nossa jangada. Aceito a penalidade do kota Quelhas, esse que era nosso mais-velho nos tempos da vela da "bufa". Como kauisso vou pagar a conta. Desdolariza só essa nota de cem que deve dar... Esta rodada é por nós e pelas nossas memórias... É por nós e pelas nossas realidades. É por nós e pelos nossos sonhos de um futuro que parece o Sayovo: corre que se farta. É por nós e pelos nossos que nos faltam!!! Agora estou mais feliz mano véio... Sei que vou ter quem me acompanha a casa quando as ideias se cruzarem sem encontrar caminho do juizo, porque hoje vou beber pralém da conta. Vou esquecer que dessas loirinhas só se deve tirar o prazer devido e procurar o oblívio no fundo do barril... Mas estou feliz porque sei que estás aí...
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Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Cajoão
Agora me sinto mais feliz, mano véio... Sei que, como eu, esperas estes momentos para irrigar as sedes que nos consomem. Penso que nem seca do nordeste é tão castigadora como esta que no empurra a mergulhar no deserto que nem da nossa jangada. Aceito a penalidade do kota Quelhas, esse que era nosso mais-velho nos tempos da vela da "bufa". Como kauisso vou pagar a conta. Desdolariza só essa nota de cem que deve dar... Esta rodada é por nós e pelas nossas memórias... É por nós e pelas nossas realidades. É por nós e pelos nossos sonhos de um futuro que parece o Sayovo: corre que se farta. É por nós e pelos nossos que nos faltam!!! Agora estou mais feliz mano véio... Sei que vou ter quem me acompanha a casa quando as ideias se cruzarem sem encontrar caminho do juizo, porque hoje vou beber pralém da conta. Vou esquecer que dessas loirinhas só se deve tirar o prazer devido e procurar o oblívio no fundo do barril... Mas estou feliz porque sei que estás aí...
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Carlos Carranca
24 de novembro de 2004
Brisa
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 20:10
Forum: Conversas de Café
Senta aí, mermão e mermã.Pede para mim uma loira e para vocês o que quizerem. Bem visto está que são vocês que pagam, que eu fico ou a escutar ou a falar. Para ambos preciso mesmo de estar em forma mental e de goela afinada.Sentindo esse cheiro , sentindo a brisa que sopra rasteirando esse zulmarinho, dá mesmo para ficar aqui a escutar as vozes limpidas, ou roucas, que saiem das vossas bocas nesse sotaque que só mesmo ouvindo perto do zulmarinho que tem o seu início aí mesmo.Mais loiras para mim, que vos gosto de ouvir falar das chuvas, das secas, dos sabores e odores. Enfim, vos gosto mesmo de gostar. Vos gosto dos antigamente, vos gosto de hoje, vos gosto do amanhã, sabendo que a História é o presente contado do ontem com os conhecimentos do hoje.Vejam só como esse zulmarinho está calmo. O seu início está sereno, balouçando suavente e espraiando nas praias de muitos sois.Uma loira geladinha para todos que alguém mesmo que vai pagar.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Hoje, 20:10
Forum: Conversas de Café
Senta aí, mermão e mermã.Pede para mim uma loira e para vocês o que quizerem. Bem visto está que são vocês que pagam, que eu fico ou a escutar ou a falar. Para ambos preciso mesmo de estar em forma mental e de goela afinada.Sentindo esse cheiro , sentindo a brisa que sopra rasteirando esse zulmarinho, dá mesmo para ficar aqui a escutar as vozes limpidas, ou roucas, que saiem das vossas bocas nesse sotaque que só mesmo ouvindo perto do zulmarinho que tem o seu início aí mesmo.Mais loiras para mim, que vos gosto de ouvir falar das chuvas, das secas, dos sabores e odores. Enfim, vos gosto mesmo de gostar. Vos gosto dos antigamente, vos gosto de hoje, vos gosto do amanhã, sabendo que a História é o presente contado do ontem com os conhecimentos do hoje.Vejam só como esse zulmarinho está calmo. O seu início está sereno, balouçando suavente e espraiando nas praias de muitos sois.Uma loira geladinha para todos que alguém mesmo que vai pagar.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
23 de novembro de 2004
Uma gargalhada
Um poema de MCD que partilho
Uma gargalhada
Se olharem p'ra mim
e me vêm sorrir
ou até mesmo rir
sem nada querer ver
eles param
e riem
às vezes sorriem
sem nada saber
nem mesmo
que a angústia
que a fome
a esperança
a fé
e o medo
se esvaem
se vão
Que ontem não eram
o que hoje já são
e amanhã se irão
como ontem vieram.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Uma gargalhada
Se olharem p'ra mim
e me vêm sorrir
ou até mesmo rir
sem nada querer ver
eles param
e riem
às vezes sorriem
sem nada saber
nem mesmo
que a angústia
que a fome
a esperança
a fé
e o medo
se esvaem
se vão
Que ontem não eram
o que hoje já são
e amanhã se irão
como ontem vieram.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Ociosamente ócio
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Ociosamente ócio 22-11-2004 14:54
Forum: Conversas de Café
Sigo, parado no corpo, com os olhos no sentido dos ponteiros do relógio em busca de nadas e vejo coisa nenhuma. Aqui sentado viajo pelo mundo, chego onde me leva a imaginação, sem ocupar espaço sem abusar do tempo.Bebo geladinha a loira das bolinhas.Senta, avilo, e me diz porque o ócio, actividade de contemplação contemplativa é considerado uma afronta afrontada, já que vivemos no climax do capitalismo onde a gente já nem tempo para nós mesmo. Tem aí um espanhol Sòria que diz que o ócio é o exercício contínuo da liberdade; o ocioso não pode trabalhar pois tudo o que faz é por prazer. Vais ver vão dizer que o gajo é doido e preguiçoso. Antigamente havia gente que tinha que trabalhar e outros podiam ficar mesmo dedicados á arte e à filosofia. Tem esse tal de Toffler que dizia que no século XXI o povo estaria liberto de uma série de coisas e que a grande industria seria o lazer. Já sei que vais dizer que não estava prevista a obsessão com a competitividade nem a globalização.Senta, mermão, e contempla comigo o vazio do ócio.Vais ver ainda vão dizer que estar aqui a debitar umas conversas contigo não é trabalho, que não podes pagar as loiras porque estás a fomentar o ócio do ocioso, que o mal deste mundo é mesmo o excesso de ócio. Ócios dos ofícios.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Ociosamente ócio 22-11-2004 14:54
Forum: Conversas de Café
Sigo, parado no corpo, com os olhos no sentido dos ponteiros do relógio em busca de nadas e vejo coisa nenhuma. Aqui sentado viajo pelo mundo, chego onde me leva a imaginação, sem ocupar espaço sem abusar do tempo.Bebo geladinha a loira das bolinhas.Senta, avilo, e me diz porque o ócio, actividade de contemplação contemplativa é considerado uma afronta afrontada, já que vivemos no climax do capitalismo onde a gente já nem tempo para nós mesmo. Tem aí um espanhol Sòria que diz que o ócio é o exercício contínuo da liberdade; o ocioso não pode trabalhar pois tudo o que faz é por prazer. Vais ver vão dizer que o gajo é doido e preguiçoso. Antigamente havia gente que tinha que trabalhar e outros podiam ficar mesmo dedicados á arte e à filosofia. Tem esse tal de Toffler que dizia que no século XXI o povo estaria liberto de uma série de coisas e que a grande industria seria o lazer. Já sei que vais dizer que não estava prevista a obsessão com a competitividade nem a globalização.Senta, mermão, e contempla comigo o vazio do ócio.Vais ver ainda vão dizer que estar aqui a debitar umas conversas contigo não é trabalho, que não podes pagar as loiras porque estás a fomentar o ócio do ocioso, que o mal deste mundo é mesmo o excesso de ócio. Ócios dos ofícios.
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Carlos Carranca
Cruzes calvário
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 19:07
Forum: Conversas de Café
Senta aí conterra e mano mais novo.Sei que são dois que posso contar para as birras geladas. Sei que posso contar com os vossos ouvidos. Sei que tal como eu adoram esse zulmarinho que nos separa mas nos une cada vez mais. Vá, mandem lá vir as loiras. Pede também uma caipiras e umas pinascoladas.Já estenderam o tapete...já tem luz na ponte...já sinto aqui o cheiro do início deste zulmarinho. Olho na légua que os olhos conseguem ver e vejo um ontem que será a cruz que tenho que levar até ao meu calvário, uma saída por uma porta que não devia ter sido aberta, um salto que não devia ter sido dado, um coice na alma que ainda hoje dói.Olhem comigo nesse zulmarinho, olhem bem o cintilar das ondas, sintam o perfume e ouçam as sereias de Ulices que cantam...Mandem vir mais que estou que nem posso de tanta sede de...
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Hoje, 19:07
Forum: Conversas de Café
Senta aí conterra e mano mais novo.Sei que são dois que posso contar para as birras geladas. Sei que posso contar com os vossos ouvidos. Sei que tal como eu adoram esse zulmarinho que nos separa mas nos une cada vez mais. Vá, mandem lá vir as loiras. Pede também uma caipiras e umas pinascoladas.Já estenderam o tapete...já tem luz na ponte...já sinto aqui o cheiro do início deste zulmarinho. Olho na légua que os olhos conseguem ver e vejo um ontem que será a cruz que tenho que levar até ao meu calvário, uma saída por uma porta que não devia ter sido aberta, um salto que não devia ter sido dado, um coice na alma que ainda hoje dói.Olhem comigo nesse zulmarinho, olhem bem o cintilar das ondas, sintam o perfume e ouçam as sereias de Ulices que cantam...Mandem vir mais que estou que nem posso de tanta sede de...
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
20 de novembro de 2004
Sol de Inverno
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Solzinho de inverno Hoje, 23:24
Forum: Conversas de Café
Solzinho de inverno, quente se não estás na sombra, ilumina esse zulmarinho que ondula parece um lago, sereno, mostrando cores que vão desde o claro ao escuro, numa palete de calma, numa sinfonia policromática que te entra nos olhos e te chega na alma.Senta, avilo, e bebe comigo toda esta serenidade. Não te escondas do sol, mostra a tua face visível e deixa transparecer o teu interior.Olha á tua volta, ávilo. Olha e sente o cheiro que vem desdo o início deste zulmarinho, que tem a idade de antes dos dinossauros mas a frescura de uma garina na flôr da idade, a alegria de uma criança. Olha bem e vê o que ele pode te dar.Mas enquanto olhas, avilo, podes ir pedindo umas e outras que mesmo no sol de inverno tem que se estar lubrificado
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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Solzinho de inverno Hoje, 23:24
Forum: Conversas de Café
Solzinho de inverno, quente se não estás na sombra, ilumina esse zulmarinho que ondula parece um lago, sereno, mostrando cores que vão desde o claro ao escuro, numa palete de calma, numa sinfonia policromática que te entra nos olhos e te chega na alma.Senta, avilo, e bebe comigo toda esta serenidade. Não te escondas do sol, mostra a tua face visível e deixa transparecer o teu interior.Olha á tua volta, ávilo. Olha e sente o cheiro que vem desdo o início deste zulmarinho, que tem a idade de antes dos dinossauros mas a frescura de uma garina na flôr da idade, a alegria de uma criança. Olha bem e vê o que ele pode te dar.Mas enquanto olhas, avilo, podes ir pedindo umas e outras que mesmo no sol de inverno tem que se estar lubrificado
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Quem me dera ser uma onda, por Cristina Duarte
Senta aqui ao meu lado amigo, bebe o teu espresso e ouve o meu desabafo porque sei que comungas das mesmas ideias e...ajudar o próximo faz parte do nosso crescimento pessoal mas...uns gostam de exteriorizar...outros ficam no anonimato.É isso mesmo amigo, talvez porque penso que as palavras são vezes sem conta fonte de mal-entendidos ...porque ajudar o próximo é algo muito pessoal...porque assim conquisto mais espaço interior...porque me lembro daquela celebre frase "não saiba a tua mão esquerda o que a tua direita faz"...enfim porque acredito que me basta esse brilho interior...sem stress...sem ter que provar nada...Zulmarinho, continuas mudo?Como eu te compreendo meu amigo!!!Fico à espera dessa tua onda de serenidade...desencadeia essa energia positiva que nos envolve...enterra...alaga tudo por onde passa e leva contigo os temores e ansiedades para as tuas profundezas...
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Carlos Carranca
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Carlos Carranca
Descanço, por Mercedes Vieira
Descanso, sossego neste zulmarinho de verdade que em fantasia ou sem ela me leva para longe.... Nesse longe, onde te queria levar meu irmão sonhador de alma de menino cheio de esperança.Olhar, sem pensar em nada e ver os golfinhos brincarem. Deixar de estar acorrentada a vidas complicadas e disfrutar o que de mais belo existe a natureza que ainda a mão do homem não estragou. Naquele tempo um chuinga era o mais importante. Quando comprava pedia « mi vendi só uma Guinga faz favor » Não conhecia marcas nem televisões, nem computadores. Uma « Guinga » era a nossa alegria !Não fales, não digas nada fica a olhar e passa depressa a linha do horizonte......... Vê o anoitecer no deserto. Escuta a ausência do ruído cortado pelo kra lra kra de uma cigarra ou de uma rã. E onde nasceste... Deita-te na terra que é tua e que o sol aqueceu durante o dia.Olha para o céu e vê milhares de estrelas que quase estendes as mãos e agarras.Sente o cheiro do ar límpido de tão puro que é, que chega a doer devagarinho ao entrar pelas narinas. E acredita, esqueces tudo. Pensa como eu quando descanso.Oh minha terra amada, tu que tanto sofreste ainda me dás tudo o que eu preciso.Vês zulmarinho só lembrando sentindo de novo, mesmo tão longe, a tranquilidade abraça-me
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Carlos Carranca
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Golfinhos e golfadas
"Fio": Um café na Esplanada
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A ver vamos 19-11-2004 19:10
Forum: Conversas de Café
Senta só e paga. Ouve e está caldo que eu preciso ouvir esse mar aí a bater nas rochas. Ele dá a musicalidade nos meus nervos para eles bulirem ao som de um batuque arritmado e salgado como o desse mar. Olha só a suavidade que ele tem quando se espraia na areia fina e branca. Olha bem. Olha que dentro dele tem esses dos golfinhos, doces, meigos e brincalhões. Esses bichos que são mesmo a doçura do ser vivo e tem quem lhes dê com tiros, granadas, redes e outras porradas. Vê só se pode. Olha nesse mar e vê se isso tem jeito. Os men não tem mesmo modos de viver com flores e coisas doces da vida.Mas paga lá mais outras para a gente poder falar sem interrupções tristes da vida que a vida só pode ser mesmo de alegria porque curta é ela mesmo.Mermão, achas que os men têm capacidade de mudar ou vão ser sempre assim como que foram desde os tempos remotos que até agora só mudou mesmo foi a roupa?
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A ver vamos 19-11-2004 19:10
Forum: Conversas de Café
Senta só e paga. Ouve e está caldo que eu preciso ouvir esse mar aí a bater nas rochas. Ele dá a musicalidade nos meus nervos para eles bulirem ao som de um batuque arritmado e salgado como o desse mar. Olha só a suavidade que ele tem quando se espraia na areia fina e branca. Olha bem. Olha que dentro dele tem esses dos golfinhos, doces, meigos e brincalhões. Esses bichos que são mesmo a doçura do ser vivo e tem quem lhes dê com tiros, granadas, redes e outras porradas. Vê só se pode. Olha nesse mar e vê se isso tem jeito. Os men não tem mesmo modos de viver com flores e coisas doces da vida.Mas paga lá mais outras para a gente poder falar sem interrupções tristes da vida que a vida só pode ser mesmo de alegria porque curta é ela mesmo.Mermão, achas que os men têm capacidade de mudar ou vão ser sempre assim como que foram desde os tempos remotos que até agora só mudou mesmo foi a roupa?
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18 de novembro de 2004
Lá, algures, no início do zulmarinho
"Fio": Um café na Esplanada
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Senta e bebe comigo Hoje, 18:47
Forum: Conversas de Café
Interrompeste o teu silêncio. Gostei. Aí, no início deste zulmarinho, cai chuva que faz tempo não caia. Essa lama vai descer, vai entrar nesse início dele mesmo, vai deslizando sem mistura e vai chegar aqui e me segredar os mil segredos que lhe contaste. Num tem forma de esquecer a passadeira vermelha...que tarda em ser estendida mas vai ser. Vai, vai. Sabes, camba, desdeixei de fazer assim desenhos com horas e coisas marcadas. Eu tenho tempo, todo o tempo do mundo. Como dizia outro, não quero mais areia na engrenagem. Vai devagar, ao ritmo do tempo desse mar que nos une e nos deixa saber tanta coisa mais linda que outra.Outra loira para meter entre a gente e o diálogo sair mais sem forma de visita, ficar assim mais que família, mais dentro da gente mesmo.Camba, chega mesmo perto do início deste zulmarinho, põe os pés dentro dele, lhe segreda os nossos segredos, lhe dá um beijo. Eu aqui sentado lhe espero. Sempre com o sorriso na cara e na alma. Sabes que não gosto de rir só com a cara. Quando é para rir é mesmo com alma, todo o corpo tem de rir.Camba, mais umas loiras para a gente saborear enquanto te espero
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Senta e bebe comigo Hoje, 18:47
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Interrompeste o teu silêncio. Gostei. Aí, no início deste zulmarinho, cai chuva que faz tempo não caia. Essa lama vai descer, vai entrar nesse início dele mesmo, vai deslizando sem mistura e vai chegar aqui e me segredar os mil segredos que lhe contaste. Num tem forma de esquecer a passadeira vermelha...que tarda em ser estendida mas vai ser. Vai, vai. Sabes, camba, desdeixei de fazer assim desenhos com horas e coisas marcadas. Eu tenho tempo, todo o tempo do mundo. Como dizia outro, não quero mais areia na engrenagem. Vai devagar, ao ritmo do tempo desse mar que nos une e nos deixa saber tanta coisa mais linda que outra.Outra loira para meter entre a gente e o diálogo sair mais sem forma de visita, ficar assim mais que família, mais dentro da gente mesmo.Camba, chega mesmo perto do início deste zulmarinho, põe os pés dentro dele, lhe segreda os nossos segredos, lhe dá um beijo. Eu aqui sentado lhe espero. Sempre com o sorriso na cara e na alma. Sabes que não gosto de rir só com a cara. Quando é para rir é mesmo com alma, todo o corpo tem de rir.Camba, mais umas loiras para a gente saborear enquanto te espero
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17 de novembro de 2004
Uma carta que não escrevi
"Fio": Um café na Esplanada
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Uma carta que não escrevi Hoje, 19:18
Forum: Conversas de Café
Deixo aqui uma carta que recebi, cujo autor não publicito mas eu sei quem é. Uma carta escrita com as cores do zulmarinho, com a alma do zulmarinho e se calhar com a água do zulmarinho a escorrer-lhe pela cara.
citação:
Um café curto e um caldo de galinha para a minha amiga, este frio congelou-lhe concerteza os neurónios!Senta-te e escuta!Deves ter controlo sobre o que dizes...tenta escrever a pensar nos olhos de quem lê e não do que escreve...porque estás a agir de maneira compulsiva e isso só te vai trazer dissabores...ai, esse mundo virtual!!! Não deixes que o sangue te borbulhe...que esse desejo incontrolável que corre nas tuas veias...e que dedos, cérebro e teclado transformam-se num só! Essa a forma de expressares os teus sentimentos!!! Sentes-te menos só através desse acto solitário? É essa auto-estima que está embaixo? Descontrolo de impulsos? Tudo isto acrescido de uma falta muito grave de assertividade?Esse mundo irreal onde vale tudo!Agora percebes a gravidade da situação?Esse teu mundo imaginário, esse faz de conta...essas mentiras de compensação são como uma bola de neve... com um caminho de regresso muito doloroso?Não sei o que te levou a tomar essas atitudes irreflectidas!!!Não estou aqui para te julgar mas faz um exame de consciência e depois continuamos a falar porque a raiva e o ódio são péssimas conselheiras!
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Uma carta que não escrevi Hoje, 19:18
Forum: Conversas de Café
Deixo aqui uma carta que recebi, cujo autor não publicito mas eu sei quem é. Uma carta escrita com as cores do zulmarinho, com a alma do zulmarinho e se calhar com a água do zulmarinho a escorrer-lhe pela cara.
citação:
Um café curto e um caldo de galinha para a minha amiga, este frio congelou-lhe concerteza os neurónios!Senta-te e escuta!Deves ter controlo sobre o que dizes...tenta escrever a pensar nos olhos de quem lê e não do que escreve...porque estás a agir de maneira compulsiva e isso só te vai trazer dissabores...ai, esse mundo virtual!!! Não deixes que o sangue te borbulhe...que esse desejo incontrolável que corre nas tuas veias...e que dedos, cérebro e teclado transformam-se num só! Essa a forma de expressares os teus sentimentos!!! Sentes-te menos só através desse acto solitário? É essa auto-estima que está embaixo? Descontrolo de impulsos? Tudo isto acrescido de uma falta muito grave de assertividade?Esse mundo irreal onde vale tudo!Agora percebes a gravidade da situação?Esse teu mundo imaginário, esse faz de conta...essas mentiras de compensação são como uma bola de neve... com um caminho de regresso muito doloroso?Não sei o que te levou a tomar essas atitudes irreflectidas!!!Não estou aqui para te julgar mas faz um exame de consciência e depois continuamos a falar porque a raiva e o ódio são péssimas conselheiras!
Sanzalando em Angola
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Sem brilho e sem estrelas
Continuando a 'crise' existêncial, a Sanzalangola hoje deixou-me triste pelo que escrevi apenas isto:
"Fio": Um café na Esplanada
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Um olhar de esguelha Hoje, 18:53
Forum: Conversas de Café
Manda birra gelada para mim. Mas muita.
Hoje, zulmarinho, não te vou ficar a ver, a sentir ou te cheirar. Hoje é mesmo só uma passagem. Um ar na cara e pôr-me a andar. Hoje estou que não quero ver ninguém mergulhar nas tuas profundidades e ver as tuas entranhas e descubrir os cabos submarinos que ditam em voz alta a fingir que estão a dizer coisas de verdade cheios de mentiras.
Hoje, zulmarinho, vim só ver a tua côr.
Amanhã te prometo maior fidelidade e carinho.
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"Fio": Um café na Esplanada
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Um olhar de esguelha Hoje, 18:53
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Manda birra gelada para mim. Mas muita.
Hoje, zulmarinho, não te vou ficar a ver, a sentir ou te cheirar. Hoje é mesmo só uma passagem. Um ar na cara e pôr-me a andar. Hoje estou que não quero ver ninguém mergulhar nas tuas profundidades e ver as tuas entranhas e descubrir os cabos submarinos que ditam em voz alta a fingir que estão a dizer coisas de verdade cheios de mentiras.
Hoje, zulmarinho, vim só ver a tua côr.
Amanhã te prometo maior fidelidade e carinho.
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Ausência
Felizmente que para o meu e-mail vêm coisas bonitas.
De uma 'escritora' angolana, que deve ter uma gaveta enorme de coisas lindas, deixo aqui um poema que achei lindo:
Ausência
Esquecida de mim
Fugi de ti
Mas nada encontrei
Senão abandono
De ti e de mim
Esqueceste, esqueci
Passámos sem ver
Que em nós não havia
Senão longa ausência
De mim e de ti...
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Carlos Carranca
De uma 'escritora' angolana, que deve ter uma gaveta enorme de coisas lindas, deixo aqui um poema que achei lindo:
Ausência
Esquecida de mim
Fugi de ti
Mas nada encontrei
Senão abandono
De ti e de mim
Esqueceste, esqueci
Passámos sem ver
Que em nós não havia
Senão longa ausência
De mim e de ti...
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16 de novembro de 2004
Um, dois, meia-dúzia
"Fio": Um café na Esplanada
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Um, dois, meia dúzia Hoje, 20:11
Forum: Conversas de Café
Zulmarinho, que se passa contigo que hoje tás com uma côr muito rosada? Já sei que nem me vais olhar, quanto mais responder. O pôr-do-sol que hoje nem foi côr de fogo, não tem alga pigmentada nas redondesas. Vá lá, conta só para mim.Calaste porque te apetece ficar no teu molhado sem dar confiança aos secos que aqui na tua beira te querem galgar para cima.Zulmarinho, olha mesmo de frente para mim e conta tudo o que sabes. Me ensina a ver o mundo de outra maneira. Eu desta sou feliz mas sabes, a gente não está contente nunca. Sê frontal para mim e me conta tudo o que sabes de mim. Me conta o passado meu e o futuro que tens para mim. Conta mesmo com a verdade que só tu sabes.Zulmarinho, hoje não trouxe mermão, avilo ou camba porque me apetece mesmo estar sizinho contigo. Hoje queria ter um pé de orelha contigo. Sei que não tás com vontade de contar. Conta só as coisas que a Lua te diz.Pois é, zulmarinho, preferes ficar aí no teu vai e vem, sereno, escondendo miles segredos, mil imagens, mil sonhos.Mas eu te digo, zulmarinho, que se me apetecesse escrever uma carta de amor, nem toda a tua água chegava para escrevê-la.
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Carlos Carranca
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Um, dois, meia dúzia Hoje, 20:11
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Zulmarinho, que se passa contigo que hoje tás com uma côr muito rosada? Já sei que nem me vais olhar, quanto mais responder. O pôr-do-sol que hoje nem foi côr de fogo, não tem alga pigmentada nas redondesas. Vá lá, conta só para mim.Calaste porque te apetece ficar no teu molhado sem dar confiança aos secos que aqui na tua beira te querem galgar para cima.Zulmarinho, olha mesmo de frente para mim e conta tudo o que sabes. Me ensina a ver o mundo de outra maneira. Eu desta sou feliz mas sabes, a gente não está contente nunca. Sê frontal para mim e me conta tudo o que sabes de mim. Me conta o passado meu e o futuro que tens para mim. Conta mesmo com a verdade que só tu sabes.Zulmarinho, hoje não trouxe mermão, avilo ou camba porque me apetece mesmo estar sizinho contigo. Hoje queria ter um pé de orelha contigo. Sei que não tás com vontade de contar. Conta só as coisas que a Lua te diz.Pois é, zulmarinho, preferes ficar aí no teu vai e vem, sereno, escondendo miles segredos, mil imagens, mil sonhos.Mas eu te digo, zulmarinho, que se me apetecesse escrever uma carta de amor, nem toda a tua água chegava para escrevê-la.
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Sem ver as loiras
"Fio": Um café na Esplanada
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Um cafézinho Hoje, 00:46
Forum: Conversas de Café
Senta aqui, mermão.São tantas da noite que estou que nem loiras consigo ver. As mãos calejadas de segurar a 'naifa'. Hoje foi dia de cortar direito. Sucesso? Amanhã e depois é que te posso dzer. Cortei e cosi e sai de consciência tranquila, mermão. Mas sabes tu, mermão, que às vezes os que estão deitados reagem cada qual diferente dos outros.Portanto, mermão, hoje petece mesmo é um cafézinho quentinho e uma cadeira para descançar os pés.Hoje não temos aqui o som nem o cheiro do zulmarinho. Temos só a ideia dele, sem sabermos se está calema ou se ele preguiçosamente se espraia na areia. Hoje ficamos com a saudade dele, a memória dele. Mas, mermão, avisa o homem da Mutamba que a água do zulmarinho se muito bebida provoca hipertensão e todas as trapalhadas que vem dali.Senta aqui, mermão, e conta só uma estória de futuro.
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Carlos Carranca
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Um cafézinho Hoje, 00:46
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Senta aqui, mermão.São tantas da noite que estou que nem loiras consigo ver. As mãos calejadas de segurar a 'naifa'. Hoje foi dia de cortar direito. Sucesso? Amanhã e depois é que te posso dzer. Cortei e cosi e sai de consciência tranquila, mermão. Mas sabes tu, mermão, que às vezes os que estão deitados reagem cada qual diferente dos outros.Portanto, mermão, hoje petece mesmo é um cafézinho quentinho e uma cadeira para descançar os pés.Hoje não temos aqui o som nem o cheiro do zulmarinho. Temos só a ideia dele, sem sabermos se está calema ou se ele preguiçosamente se espraia na areia. Hoje ficamos com a saudade dele, a memória dele. Mas, mermão, avisa o homem da Mutamba que a água do zulmarinho se muito bebida provoca hipertensão e todas as trapalhadas que vem dali.Senta aqui, mermão, e conta só uma estória de futuro.
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Parque infantil
"Fio": Pelos vistos aqui tambem não.......
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14-11-2004 23:11
Forum: Liceu Américo Tomás
Hoje vou passear ali para os lados do parque infantil. Tem garinas bué da fixes a morar naquelas bandas. Pode ser elas vão dar uma volta no escorrega, andar no cavalinho ou simplesmente no balouço. Pode ser venham mesmo até estudar. Não posso ir de quedes porque só tenho mesmo um par e se o sôtor Cândido da Silva me apanha com eles na rua depois não deixa entrar no ginásio do Liceu. Também eu de calções é mesmo melhor ir de sandálias. Dá um ar de intelectual assim de virar na esquina da esquerda. Olha o Manel Ferrão. - C'andas aqui a fazer, mermão? - O mesmo que tu...a ver se elas saiem do colégio!- Doidaste de vez. Hoje é domingo.- Tava a ver se estavas orientado.- Não aparece aí mais ninguém para jogar ao TAU?- Vais ver esse gajos estão todos a namorar já não querem saber de polícias e ladrões, nem ao garrafão nem á trouxa-lavada.- Pois é, mermão. Sanguitou todo o mundo. Vamos ver a Chita que continua aos gritos, a malvada.- O Sousa hoje não anda por aqui podemos ir fazer trapezias para o escorrega. Alinhas?- Vamos nessa!
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14-11-2004 23:11
Forum: Liceu Américo Tomás
Hoje vou passear ali para os lados do parque infantil. Tem garinas bué da fixes a morar naquelas bandas. Pode ser elas vão dar uma volta no escorrega, andar no cavalinho ou simplesmente no balouço. Pode ser venham mesmo até estudar. Não posso ir de quedes porque só tenho mesmo um par e se o sôtor Cândido da Silva me apanha com eles na rua depois não deixa entrar no ginásio do Liceu. Também eu de calções é mesmo melhor ir de sandálias. Dá um ar de intelectual assim de virar na esquina da esquerda. Olha o Manel Ferrão. - C'andas aqui a fazer, mermão? - O mesmo que tu...a ver se elas saiem do colégio!- Doidaste de vez. Hoje é domingo.- Tava a ver se estavas orientado.- Não aparece aí mais ninguém para jogar ao TAU?- Vais ver esse gajos estão todos a namorar já não querem saber de polícias e ladrões, nem ao garrafão nem á trouxa-lavada.- Pois é, mermão. Sanguitou todo o mundo. Vamos ver a Chita que continua aos gritos, a malvada.- O Sousa hoje não anda por aqui podemos ir fazer trapezias para o escorrega. Alinhas?- Vamos nessa!
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14 de novembro de 2004
Bebitações
Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Forum: Conversas de Café
Senta só, mermão. Deixa de cerimónias, mada-as vir e senta. Vamos trocar umas palavras de quem quer estar ao corrente das novidades novas.Sente o perfume desse zulmarinho que deve ser porque passa no Mussulo trás um perfume de mar verdadeiro, assim como não te sei explicar com as palavras caras da dialetica perfeita dos contentamentos contentes de quem bebe as palavras dos outros e depois escreve assim como que igual mas de lado diferente, assim como que sucção mas para fora. Tás a ver? Me acompanhas neste raciocínio angélico?Não? Manda vir outras que daqui a mais umas tantas estás a entender-me que nem na perfeição perfeita.Deixa dar aí uma passa nos Hermínios que com o frio que está tenho que aquecer todo.Mas te dizia...que te dizia mesmo?Pois conversemos de literatura. Pessoalização. Sim de Pessoa. O Fernando que também foi outros como o Campos e o Caeeiro. Não te interessa?Que importa. Manda vir outras que a gente vai ter um tema para conversar nem que seja a falar dos umbigos. As loiras têm essas coisas de fazer a gente lubrificado que nem pensamento arranha.
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Carlos Carranca
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Senta só, mermão. Deixa de cerimónias, mada-as vir e senta. Vamos trocar umas palavras de quem quer estar ao corrente das novidades novas.Sente o perfume desse zulmarinho que deve ser porque passa no Mussulo trás um perfume de mar verdadeiro, assim como não te sei explicar com as palavras caras da dialetica perfeita dos contentamentos contentes de quem bebe as palavras dos outros e depois escreve assim como que igual mas de lado diferente, assim como que sucção mas para fora. Tás a ver? Me acompanhas neste raciocínio angélico?Não? Manda vir outras que daqui a mais umas tantas estás a entender-me que nem na perfeição perfeita.Deixa dar aí uma passa nos Hermínios que com o frio que está tenho que aquecer todo.Mas te dizia...que te dizia mesmo?Pois conversemos de literatura. Pessoalização. Sim de Pessoa. O Fernando que também foi outros como o Campos e o Caeeiro. Não te interessa?Que importa. Manda vir outras que a gente vai ter um tema para conversar nem que seja a falar dos umbigos. As loiras têm essas coisas de fazer a gente lubrificado que nem pensamento arranha.
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Cavalgando
"Fio": Um café na Esplanada
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13-11-2004 17:44
Forum: Conversas de Café
Senta aqui e vê só o vento a cavalgar aí nessas ondas desse zulmarinhoPaga as birras e conversemos. Oleia as goelas da gente e flui a verborreia das cordas 'vogais' seguida das consoantes trôpegas dos silêncios feitos em dialogo.Ouve só as ondas desse mar que parece que te chamam de mil lugares. Lembra, mermão, e escolher a onda certa, que te leva no sitio mesmo que queres ir. Apanha a onda despido de ideias cambiais, faz a revianga e bassula no teu corpo de modo que sigas a seta ditada no teu dentro de ti. Bebe, mermão, pra teres as imaginações mais luzidias.Olha no Oriente, olha no Sul e olha na tua volta e escolhe a onda certa e segue na sua crista sem medos ou fantasmas. Nessas ondas não tem hesitações, somente decisões no momento certo às horas certas.Manda vir mais uma rodada, mermão, que as ondas ainda não estão do tamanho que manda a lei das físicas e imaginárias. Fica sentado e conversa mesmo que seja em silêncio, que o zulmarinho apaga os ruídos das ideias confusas que atabalhoadamente te enrolam como corda em volta do mesmo teu corpo, fazendo-te paralítico de movimentos uniformemente parados.Olha como o zulmarinho clareia que parece tem luz denttro dele
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Carlos Carranca
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13-11-2004 17:44
Forum: Conversas de Café
Senta aqui e vê só o vento a cavalgar aí nessas ondas desse zulmarinhoPaga as birras e conversemos. Oleia as goelas da gente e flui a verborreia das cordas 'vogais' seguida das consoantes trôpegas dos silêncios feitos em dialogo.Ouve só as ondas desse mar que parece que te chamam de mil lugares. Lembra, mermão, e escolher a onda certa, que te leva no sitio mesmo que queres ir. Apanha a onda despido de ideias cambiais, faz a revianga e bassula no teu corpo de modo que sigas a seta ditada no teu dentro de ti. Bebe, mermão, pra teres as imaginações mais luzidias.Olha no Oriente, olha no Sul e olha na tua volta e escolhe a onda certa e segue na sua crista sem medos ou fantasmas. Nessas ondas não tem hesitações, somente decisões no momento certo às horas certas.Manda vir mais uma rodada, mermão, que as ondas ainda não estão do tamanho que manda a lei das físicas e imaginárias. Fica sentado e conversa mesmo que seja em silêncio, que o zulmarinho apaga os ruídos das ideias confusas que atabalhoadamente te enrolam como corda em volta do mesmo teu corpo, fazendo-te paralítico de movimentos uniformemente parados.Olha como o zulmarinho clareia que parece tem luz denttro dele
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13 de novembro de 2004
Cavalgando na Crisa da onda
"Fio": Um café na Esplanada
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Hoje, 17:44
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Senta aqui e vê só o vento a cavalgar aí nessas ondas desse zulmarinhoPaga as birras e conversemos. Oleia as goelas da gente e flui a verborreia das cordas 'vogais' seguida das consoantes trôpegas dos silêncios feitos em dialogo.Ouve só as ondas desse mar que parece que te chamam de mil lugares.Lembra, mermão, e escolher a onda certa, que te leva no sitio mesmo que queres ir. Apanha a onda despido de ideias cambiais, faz a revianga e bassula no teu corpo de modo que sigas a seta ditada no teu dentro de ti. Bebe, mermão, pra teres as imaginações mais luzidias.Olha no Oriente, olha no Sul e olha na tua volta e escolhe a onda certa e segue na sua crista sem medos ou fantasmas. Nessas ondas não tem hesitações, somente decisões no momento certo às horas certas.Manda vir mais uma rodada, mermão, que as ondas ainda não estão do tamanho que manda a lei das físicas e imaginárias.Fica sentado e conversa mesmo que seja em silêncio, que o zulmarinho apaga os ruídos das ideias confusas que atabalhoadamente te enrolam como corda em volta do mesmo teu corpo, fazendo-te paralítico de movimentos uniformemente parados.Olha como o zulmarinho clareia que parece tem luz denttro dele
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Carlos Carranca
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Forum: Conversas de Café
Senta aqui e vê só o vento a cavalgar aí nessas ondas desse zulmarinhoPaga as birras e conversemos. Oleia as goelas da gente e flui a verborreia das cordas 'vogais' seguida das consoantes trôpegas dos silêncios feitos em dialogo.Ouve só as ondas desse mar que parece que te chamam de mil lugares.Lembra, mermão, e escolher a onda certa, que te leva no sitio mesmo que queres ir. Apanha a onda despido de ideias cambiais, faz a revianga e bassula no teu corpo de modo que sigas a seta ditada no teu dentro de ti. Bebe, mermão, pra teres as imaginações mais luzidias.Olha no Oriente, olha no Sul e olha na tua volta e escolhe a onda certa e segue na sua crista sem medos ou fantasmas. Nessas ondas não tem hesitações, somente decisões no momento certo às horas certas.Manda vir mais uma rodada, mermão, que as ondas ainda não estão do tamanho que manda a lei das físicas e imaginárias.Fica sentado e conversa mesmo que seja em silêncio, que o zulmarinho apaga os ruídos das ideias confusas que atabalhoadamente te enrolam como corda em volta do mesmo teu corpo, fazendo-te paralítico de movimentos uniformemente parados.Olha como o zulmarinho clareia que parece tem luz denttro dele
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A Paixão segundo JC
"Fio": Um café na Esplanada
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Paixão segundo JC 12-11-2004 17:39
Forum: Conversas de Café
Euzinho sentado com a loira, virado mesmo desta vez para o horizonte, assim como que a vista não cansa porque não vê nada mais além do que ali. Som de fundo é o xuaxulhar desse mar que tem calma que até irrita, parece banheira de sossego sossegado sem jacuzzi a fazer parece tá a ferver.O ar concessionado faz parecer está Verão de um contentamente descontente que sucede assim como que a caminho do Outono.Sentado com um livro na mão. Horas que a página não é virada. As letras soltas parecem cavalos de corrida parados à espera do tiro de partida para sairem num galope que não tem pó na frente, só mesmo na resguarda de quem vem atrás.Estou sentado assim que parece que nem alma tenho. Mas a alma ferve dentro. Ferve de paixão, animando um estado de espírito que eleva os níveis dessa coisa da adrenalina que veio substituir a creolina por causa do cheiro. Estou ao rubro, pensamentos catapultando pensamentos, ideias seguindo-se a ideias, vidas seguindo outras. Parado, parecido a estar sem alma, vivo cada paixão num momento que se esfume de prazer.Mas as páginas do livro estão paradas no tempo, sem alma.O Zulmarinho e a sua calma que até mete raiva.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Paixão segundo JC 12-11-2004 17:39
Forum: Conversas de Café
Euzinho sentado com a loira, virado mesmo desta vez para o horizonte, assim como que a vista não cansa porque não vê nada mais além do que ali. Som de fundo é o xuaxulhar desse mar que tem calma que até irrita, parece banheira de sossego sossegado sem jacuzzi a fazer parece tá a ferver.O ar concessionado faz parecer está Verão de um contentamente descontente que sucede assim como que a caminho do Outono.Sentado com um livro na mão. Horas que a página não é virada. As letras soltas parecem cavalos de corrida parados à espera do tiro de partida para sairem num galope que não tem pó na frente, só mesmo na resguarda de quem vem atrás.Estou sentado assim que parece que nem alma tenho. Mas a alma ferve dentro. Ferve de paixão, animando um estado de espírito que eleva os níveis dessa coisa da adrenalina que veio substituir a creolina por causa do cheiro. Estou ao rubro, pensamentos catapultando pensamentos, ideias seguindo-se a ideias, vidas seguindo outras. Parado, parecido a estar sem alma, vivo cada paixão num momento que se esfume de prazer.Mas as páginas do livro estão paradas no tempo, sem alma.O Zulmarinho e a sua calma que até mete raiva.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
11 de novembro de 2004
A Luta Continua
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Entrai para ver o que cá se lavra Hoje, 12:50
Forum: Conversas de Café
Sentai. Espalhai aos ventos todos, que dizem que são quatro, que hoje é dia de festa.
Mermão, senta. Hoje não tem birras geladas. Hoje tem mesmo só a alegria de ser livre e de SER.
Recorda, sentindo o cheiro deste zulmarinho que trás o perfume do início dele, que foi dura, que continua dura, a luta para SER.
Te lembra que tem armadilhas, ratoeiras, obstáculos mil...te lembra que tudo é reciclável excepto a morte, por isso não pares. Continua a caminhada, por carreiros, estradas ou auto-estradas, mas continua. Mermão, um sorriso por SER.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Entrai para ver o que cá se lavra Hoje, 12:50
Forum: Conversas de Café
Sentai. Espalhai aos ventos todos, que dizem que são quatro, que hoje é dia de festa.
Mermão, senta. Hoje não tem birras geladas. Hoje tem mesmo só a alegria de ser livre e de SER.
Recorda, sentindo o cheiro deste zulmarinho que trás o perfume do início dele, que foi dura, que continua dura, a luta para SER.
Te lembra que tem armadilhas, ratoeiras, obstáculos mil...te lembra que tudo é reciclável excepto a morte, por isso não pares. Continua a caminhada, por carreiros, estradas ou auto-estradas, mas continua. Mermão, um sorriso por SER.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
É do mar que vêm estas vozes
Para o teu/nosso zulmarinho, mais um poema do Cândido da Velha, pq hoje é 11/11:
silabando a linguagem das marés,
gravando na areia estranhas grafias
onde, quem sabe ver, desvenda o rumo
no sobressalto das ondas.
Este permanente arfar marinho
desperta a ressonância de oculto escuro
de obscuros templos submersos onde o coração,
descompassadamente, se perturba
na iminência do segredo revelado.
Cheiros de primeira pátria,
nesta urgência de sal em nossos membros,
atrai as pegadas para a líquida planura
pela saudade de verde glauco
que estira o corpo na fronteira do mar.
Reminiscência da primeira voz,
neste marulhar à concha dos ouvidos,
desperta nossa cólera e angústia
de malograda fuga e de nos vermos,
na babugem das águas, de olhos vítreos,
adormecidos peixes sobre a areia.
Coberto de firmamento, nesta praia
onde as ondas emergem das ondas,
as gaivotas lançam nos ares seu grito,
sinto os pulmões marinhos respirarem.
Regresso à origem das eras (conforme as lendas),
liberto de bandeiras, desnudado
para esta energia cósmica,
fóssil proclamando a luz
a saudade do berço da vida - o grande Mar.
Coberto de firmamento, transcendido,
aniquilado para um só mundo,
penetro-me do cheiro de ignoto lugares
onde já estive primeiro, antes de ser fogo,
terra e água, antes de procurar os céus,
abrindo a janela do corpo ao sopro das distâncias,
às profundidades marinhas onde o ser se espraia.
Tenso, nesta energia, perturbo-me
na incidência da fornalha solar,
só pensamento, raiz dos tempos,
primeira chuva e crosta sob as estrelas.
E eis que surge infinita ternura
por esta forma humana deitada na areia,
esmagada de infinito, a estremecer
ao vento oceânico, ao sentido oculto da névoa,
como se a linha do horizonte e esta praia,
eternizadas, se encontrassem no olhar
de Deus a lamentar seu peixe morto.
Enviado por Tereza Campos
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
I
É do mar que vêm estas vozes
silabando a linguagem das marés,
gravando na areia estranhas grafias
onde, quem sabe ver, desvenda o rumo
no sobressalto das ondas.
Este permanente arfar marinho
desperta a ressonância de oculto escuro
de obscuros templos submersos onde o coração,
descompassadamente, se perturba
na iminência do segredo revelado.
Cheiros de primeira pátria,
nesta urgência de sal em nossos membros,
atrai as pegadas para a líquida planura
pela saudade de verde glauco
que estira o corpo na fronteira do mar.
Reminiscência da primeira voz,
neste marulhar à concha dos ouvidos,
desperta nossa cólera e angústia
de malograda fuga e de nos vermos,
na babugem das águas, de olhos vítreos,
adormecidos peixes sobre a areia.
II
Coberto de firmamento, nesta praia
onde as ondas emergem das ondas,
as gaivotas lançam nos ares seu grito,
sinto os pulmões marinhos respirarem.
Regresso à origem das eras (conforme as lendas),
liberto de bandeiras, desnudado
para esta energia cósmica,
fóssil proclamando a luz
a saudade do berço da vida - o grande Mar.
Coberto de firmamento, transcendido,
aniquilado para um só mundo,
penetro-me do cheiro de ignoto lugares
onde já estive primeiro, antes de ser fogo,
terra e água, antes de procurar os céus,
abrindo a janela do corpo ao sopro das distâncias,
às profundidades marinhas onde o ser se espraia.
Tenso, nesta energia, perturbo-me
na incidência da fornalha solar,
só pensamento, raiz dos tempos,
primeira chuva e crosta sob as estrelas.
E eis que surge infinita ternura
por esta forma humana deitada na areia,
esmagada de infinito, a estremecer
ao vento oceânico, ao sentido oculto da névoa,
como se a linha do horizonte e esta praia,
eternizadas, se encontrassem no olhar
de Deus a lamentar seu peixe morto.
Enviado por Tereza Campos
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
10 de novembro de 2004
Tomo a liberdade de na véspera do Aniversário da Independência da República de Angola pôr aqui um poema que me foi enviado por Teresa Campos e que adorei
Deserto
Negro joelho rompe das areias
E fura o sol vermelho no poente.
Eh, deserto mar cristal.
Eh, welwitchias mirabilis.
E nesta humana aventura,
Depois da carne abrasada
Esta aridez na garganta
E a alma nos pés gravada.
Em tudo o abismo de ar
E a dimensão.
Platôs esboracados,
O plaino, uma erosão,
Os olhos evaporados.
Símbolo, vivo, no chão.
"Moçâmedes" (de Cândido da Velha)
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Deserto
Negro joelho rompe das areias
E fura o sol vermelho no poente.
Eh, deserto mar cristal.
Eh, welwitchias mirabilis.
E nesta humana aventura,
Depois da carne abrasada
Esta aridez na garganta
E a alma nos pés gravada.
Em tudo o abismo de ar
E a dimensão.
Platôs esboracados,
O plaino, uma erosão,
Os olhos evaporados.
Símbolo, vivo, no chão.
"Moçâmedes" (de Cândido da Velha)
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Equívocos ou equinócios
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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EquÍvocos Hoje, 19:01
Forum: Conversas de Café
Mermão, olha só bem o zulmarinho. Vês a sua côr? Tem azul escuro, outro mais claro e ali tá assim como verde marinho. Vês nem esse mar se mantem fiel à sua côr. Joga com as cores das nuvens, das algas e das profundidades. Esse zulmarinho é assim como certos repórteres, veículos de transmissão, meninos do coro que cantam ao sabor da pauta ou da batuta de um maestro que imaginaram existir para os conduzir às profundidades das perseguições perseguitóricas das retóricas das audiências ausentes e permentes de um subconsciente sujo.Mas esse mar, mermão, tem a aparência mas não a consitência dos Judas, com ou sem os seus sítios onde as costas mudam de nome, feitos alcoviteiros de maquiavélicas devassas que levam a lado nenhum.Mermão, paga lá as muitas que eu vou beber de rir de dar porrada no pinguim. Este zulmarinho, mermão, não serve para lavar roupa suja nem fazer os afogamentos das mantes que lutam contra monstros invisiveis, apenas vistos nos cinzentos neurónios das caras pálidas com falta da vitamina que o sol replandescente desdobra nas células de quem lhe visita.Mermão, esta loira está mesmo como eu gosto. Estupidamente gelada. Fria como nem a morte morrida em vida das coisas que não conheço por mais voltas que dêm na tumba.Mermão, os amigos a gente escolhe, os filhos é rifa! Tá aí com a sorte ou azar, venha o Diabo e escolha!Adeus mermão, que vou dar um mergulho nas profundidades desse zulmarinho que hoje ele está que não tem calema.Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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EquÍvocos Hoje, 19:01
Forum: Conversas de Café
Mermão, olha só bem o zulmarinho. Vês a sua côr? Tem azul escuro, outro mais claro e ali tá assim como verde marinho. Vês nem esse mar se mantem fiel à sua côr. Joga com as cores das nuvens, das algas e das profundidades. Esse zulmarinho é assim como certos repórteres, veículos de transmissão, meninos do coro que cantam ao sabor da pauta ou da batuta de um maestro que imaginaram existir para os conduzir às profundidades das perseguições perseguitóricas das retóricas das audiências ausentes e permentes de um subconsciente sujo.Mas esse mar, mermão, tem a aparência mas não a consitência dos Judas, com ou sem os seus sítios onde as costas mudam de nome, feitos alcoviteiros de maquiavélicas devassas que levam a lado nenhum.Mermão, paga lá as muitas que eu vou beber de rir de dar porrada no pinguim. Este zulmarinho, mermão, não serve para lavar roupa suja nem fazer os afogamentos das mantes que lutam contra monstros invisiveis, apenas vistos nos cinzentos neurónios das caras pálidas com falta da vitamina que o sol replandescente desdobra nas células de quem lhe visita.Mermão, esta loira está mesmo como eu gosto. Estupidamente gelada. Fria como nem a morte morrida em vida das coisas que não conheço por mais voltas que dêm na tumba.Mermão, os amigos a gente escolhe, os filhos é rifa! Tá aí com a sorte ou azar, venha o Diabo e escolha!Adeus mermão, que vou dar um mergulho nas profundidades desse zulmarinho que hoje ele está que não tem calema.Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Dúzias de loiras
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Dúzias de loiras 09-11-2004 11:42
Forum: Conversas de Café
Me cultivei que nem precisei de tractor para arar os conhecimentos. Bastou assim como só ler. Q'esse Zulmarinho tem sempre alto astral.Bebendo umas e outras, refesgando a goela tu ficas a ver que a névoa, o cacimbo, o que quer que cinzenteie o espaço está lá nos neurónios possidonicos das entranhas das gentes. O Zulmarinho, como todo o mar, tem os seus altos e baixos, e quem navega nele vai no sabor das vagas. Tem dia que a vaga é baixa mas tem outro que parece calema mas num é. É só mesmo desabafo da alma possuida do neurónio possidónico.Olha bem na tua volta e vê se esse azul não tras assim como uma camisa interior de conforto e suavidade, qual pura lã virgem. Olha com olhos de ver a linha curva que parece recta do horizonte e vê que vês a profundidade do teu ir mais longe sem nunca consegui chegar nessa linha recta que é curva. Todos os dias dou uma olhada nesse zulmarinho, espreito como que na alma dele, procuro ver o início dele e digo para mim, com quem gosto de me conversar, que bom é poder ver tanto horizonte na frente.Se olhares bem, se procurares na alma desse zulmarinho tu encontrarás desde Confúcio, Buda, Gandi, Marx, o outro JC, eu mesmo, tu e afinal todos os que passam e passaram nesse mundo e que se não fosse o Zulmarinho, que guarda ainda tantos segredos que nem a Lua que está lá bem mais longe, não teriam existido porque lhes fazia falta o NaCl, que mais não é que um 75% deles, nós, mesmos.Por esta mereço beber quase uma dúzia de loiras bem geladas, para refecer as válvulas.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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Dúzias de loiras 09-11-2004 11:42
Forum: Conversas de Café
Me cultivei que nem precisei de tractor para arar os conhecimentos. Bastou assim como só ler. Q'esse Zulmarinho tem sempre alto astral.Bebendo umas e outras, refesgando a goela tu ficas a ver que a névoa, o cacimbo, o que quer que cinzenteie o espaço está lá nos neurónios possidonicos das entranhas das gentes. O Zulmarinho, como todo o mar, tem os seus altos e baixos, e quem navega nele vai no sabor das vagas. Tem dia que a vaga é baixa mas tem outro que parece calema mas num é. É só mesmo desabafo da alma possuida do neurónio possidónico.Olha bem na tua volta e vê se esse azul não tras assim como uma camisa interior de conforto e suavidade, qual pura lã virgem. Olha com olhos de ver a linha curva que parece recta do horizonte e vê que vês a profundidade do teu ir mais longe sem nunca consegui chegar nessa linha recta que é curva. Todos os dias dou uma olhada nesse zulmarinho, espreito como que na alma dele, procuro ver o início dele e digo para mim, com quem gosto de me conversar, que bom é poder ver tanto horizonte na frente.Se olhares bem, se procurares na alma desse zulmarinho tu encontrarás desde Confúcio, Buda, Gandi, Marx, o outro JC, eu mesmo, tu e afinal todos os que passam e passaram nesse mundo e que se não fosse o Zulmarinho, que guarda ainda tantos segredos que nem a Lua que está lá bem mais longe, não teriam existido porque lhes fazia falta o NaCl, que mais não é que um 75% deles, nós, mesmos.Por esta mereço beber quase uma dúzia de loiras bem geladas, para refecer as válvulas.
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Carlos Carranca
7 de novembro de 2004
Me ajuda a sonhar
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Geladas e muitas Hoje, 17:29
Forum: Conversas de Café
Senta, avilo.Manda vir as que quizeres desde que contes comigo.Tá-se no fim de tarde de um Domingo, que aqui neste fim do zulmarinho é de Outono. As nuvens são mais que muitas dando a cor estranha a este fim de tarde que nem direito tem a ter pôr de sol como nas fotografias dos postais para mandar nos amigos.Mas ouve como esse zulmarinho nas sua invasões pela praia deixa no ar o seu cheiro salgado e suave com sabor a mar.Só mesmo lá no início dele se podia estar melhor.Senta, avilo, e bebe comigo umas e outras e me ajuda a sonhar!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Geladas e muitas Hoje, 17:29
Forum: Conversas de Café
Senta, avilo.Manda vir as que quizeres desde que contes comigo.Tá-se no fim de tarde de um Domingo, que aqui neste fim do zulmarinho é de Outono. As nuvens são mais que muitas dando a cor estranha a este fim de tarde que nem direito tem a ter pôr de sol como nas fotografias dos postais para mandar nos amigos.Mas ouve como esse zulmarinho nas sua invasões pela praia deixa no ar o seu cheiro salgado e suave com sabor a mar.Só mesmo lá no início dele se podia estar melhor.Senta, avilo, e bebe comigo umas e outras e me ajuda a sonhar!
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