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10 de novembro de 2004

Tomo a liberdade de na véspera do Aniversário da Independência da República de Angola pôr aqui um poema que me foi enviado por Teresa Campos e que adorei
Deserto

Negro joelho rompe das areias
E fura o sol vermelho no poente.
Eh, deserto mar cristal.
Eh, welwitchias mirabilis.
E nesta humana aventura,
Depois da carne abrasada
Esta aridez na garganta
E a alma nos pés gravada.
Em tudo o abismo de ar
E a dimensão.
Platôs esboracados,
O plaino, uma erosão,
Os olhos evaporados.
Símbolo, vivo, no chão.
"Moçâmedes" (de Cândido da Velha)

Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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