A Minha Sanzala

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10 de novembro de 2004

Equívocos ou equinócios

"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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EquÍvocos Hoje, 19:01
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Conversas de Café
Mermão, olha só bem o zulmarinho. Vês a sua côr? Tem azul escuro, outro mais claro e ali tá assim como verde marinho. Vês nem esse mar se mantem fiel à sua côr. Joga com as cores das nuvens, das algas e das profundidades. Esse zulmarinho é assim como certos repórteres, veículos de transmissão, meninos do coro que cantam ao sabor da pauta ou da batuta de um maestro que imaginaram existir para os conduzir às profundidades das perseguições perseguitóricas das retóricas das audiências ausentes e permentes de um subconsciente sujo.Mas esse mar, mermão, tem a aparência mas não a consitência dos Judas, com ou sem os seus sítios onde as costas mudam de nome, feitos alcoviteiros de maquiavélicas devassas que levam a lado nenhum.Mermão, paga lá as muitas que eu vou beber de rir de dar porrada no pinguim. Este zulmarinho, mermão, não serve para lavar roupa suja nem fazer os afogamentos das mantes que lutam contra monstros invisiveis, apenas vistos nos cinzentos neurónios das caras pálidas com falta da vitamina que o sol replandescente desdobra nas células de quem lhe visita.Mermão, esta loira está mesmo como eu gosto. Estupidamente gelada. Fria como nem a morte morrida em vida das coisas que não conheço por mais voltas que dêm na tumba.Mermão, os amigos a gente escolhe, os filhos é rifa! Tá aí com a sorte ou azar, venha o Diabo e escolha!Adeus mermão, que vou dar um mergulho nas profundidades desse zulmarinho que hoje ele está que não tem calema.Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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