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7 de outubro de 2007

recado (2)

Me sento aqui e descubro que os sentimentos não se vendem nem se alugam.
A maresia condensada em pequenos frascos impregna-me de incertezas e de poemas sem rima. Enganava-te se te dissesse que sou uma triste quimera que segue vagabundeando de sol a sol carregado de esperança perdida. Cada onda que vai e vem deste mar profundo, por vezes frio, outras gelado e outras ainda quente que até deixa dúvida não consegue transforma-me em agonia.
Te digo que sou reciclável, sem resíduos, que mantenho os valores do esforço em cada vez que me reinvento. Te digo mais ainda: que sonho e que procuro navegar pela ilusão, nem que seja num frágil barco de papel.


Te repito que os sentimentos não se vendem nem se alugam. Podem ser é adiados.





Sanzalando

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