recomeça o futuro sem esquecer o passado

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25 de junho de 2009

delírios febris dum gajo são

Trago a barba em desalinho. Não, não é célebre barba de três dias. São tantas as falhas que é mesmo barba desalinhada por preguiça de a fazer desfazendo. Mas com este aspecto deslavado vou olhando o horizonte com um olhar tranquilo, vendo coisas e resolvendo outras que aparentemente são-me curiosas.

Exercício mental apenas, lavagem de tempo gasto em desnecessidades, amarguras vividas nas chagas da alma. Mas a perna traçada e o olhar tranquilo, ao que associo um sorriso disfarçado de quem já viveu muito e isto é apenas mais uma experiência, vou olhando em frente, num horizonte que às vezes está, parece, à mão de semear, outras distante que nem a imaginação lhe consegue alcançar.

Alguém poderia dizer que é assim o poema da vida, mas como não sou poeta e não sei o que é a vida sem nostalgia, limito-me a ver o passado com orgulho, as suas cambalhotas, os seus erros e as suas certezas de quem afinal de contas até que cresceu.

Olho, desconto o conto dos sonhos e refaço-me no calor do tempo.

Afinal de contas este ar descuidado não me deixa ser outro que não eu.


Sanzalando

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