Dormes tranquila ao meu lado. É impossível nesta insónia deixar de te olhar.
Toco-te levemente com os meus lábios nas tuas costas. Não te quero acordar. Não quero que saias dessa tranquilidade e entres no terror da minha insónia. Sonhas? Tento em vão adivinhar. Adorava saber se neste momento sonhas, e com quê. Não é que isso melhorasse o meu estado de espírito, não é que isso desse vida a uma alma moribunda. Verdade seja dita que não é necessário melhorar o estado de espírito e também não tenho a alma moribunda. Estou só com a insónia e parece que o tempo parou. Enervo-me porque nem durmo, nem nada. Porque razão te iria acordar nesta madrugada? Levemente, volto a encostar os meus lábios nas tuas costas. Sinto vontade de te abraçar. Sinto o calor do teu corpo que parece que me chama. Oiço-te respirar pausada e ritmadamente como quem dorme profundamente. Não, não vale a pena acordar-te.
Com toda esta confusão ainda me acordei mais. Já nem fecho os olhos para tentar dormir. Saboreio-te com o olhar ao mesmo tempo que levo os meus pensamentos para o planalto que está para lá do deserto.
Imagino-me num ponto alto, junto a uma ribeira que corre frescamente todo o ano, uma casa simples, um gerador ininterruptamente a trabalhar, uma parabólica para me dizer qual o estado do resto do planeta, um computador para eu poder descrever o meu estado transcendental. Neste ponto de imaginação se me aparecesse esta insónia que me atormenta nesta madrugada, eu sorriria, levantar-me-ia e do alto deste planalto olharia para o resto do planeta como se fosse um guardador das almas que dormem.
Com um sorriso nos lábios escreveria-te uma carta de amor.
Viraste-te para mim, esticaste o teu braço como que à minha procura. Entrelaçamos os dedos e o teu respirar continuou a dizer-me que dormias profundamente. Sinal verde para continuar no meu acordado sonho de viver pertinho do paraíso.
Com toda esta confusão ainda me acordei mais. Já nem fecho os olhos para tentar dormir. Saboreio-te com o olhar ao mesmo tempo que levo os meus pensamentos para o planalto que está para lá do deserto.
Imagino-me num ponto alto, junto a uma ribeira que corre frescamente todo o ano, uma casa simples, um gerador ininterruptamente a trabalhar, uma parabólica para me dizer qual o estado do resto do planeta, um computador para eu poder descrever o meu estado transcendental. Neste ponto de imaginação se me aparecesse esta insónia que me atormenta nesta madrugada, eu sorriria, levantar-me-ia e do alto deste planalto olharia para o resto do planeta como se fosse um guardador das almas que dormem.
Com um sorriso nos lábios escreveria-te uma carta de amor.
Viraste-te para mim, esticaste o teu braço como que à minha procura. Entrelaçamos os dedos e o teu respirar continuou a dizer-me que dormias profundamente. Sinal verde para continuar no meu acordado sonho de viver pertinho do paraíso.
Sanzalando
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