- Sol, sem vento, que mais queres tu...
- ... se vens aqui para chatear é melhor te pores ao caminho que eu estou bem com os meus sonhos e desilusões.
- Estou a ver que hoje não tás para amar...
- Sabes, os amigos são como as estrelas. Nas noites que tu não as vês sabes que elas estão lá na mesma...
- ... e depois. Ficas assim com azia para cima de mim...
- ... tu estás sempre a embirrar com o meu modo de viver a vida e de lha ver...
- Estava... agora se calhar já te começo a compreender...
- ...mas sofro os amigos, pelos e com eles.
- Mas está sol e tu quando o vês costumas ser bem mais simpático e alegre...
- excepto quando tenho razões para não estar.
- Me calo e te ouço.
- Nos primórdios da nossa existência a Água se enamorou pelo Fogo e este lhe correspondeu. O Fogo dizia, para que todos os lados ouvissem, que nada lhe acariciava como a suavidade da Água. Está dizia que estar com o Fogo era como sentir o sangue a ferver. Mas rapidamente os dois deram conta que se anulavam rapidamente se continuassem juntos. Um se apagava lentamente enquanto o outro se evaporava. Então fizeram um acordo e nasceu a noite de S. João. Durante o dia a Água se esconde e à noite há as fogueiras que dão vida ao Fogo.
- Tás muito culto...
- Não me disseste que me querias ouvir? Então te conto coisas verdadeiras que eu sei que lhe são, mesmo que não tenham sido e faz de conta é um sonho que pode ser um pesadelo e que mais logos a gente acorda e ainda se ri faz de conta é criança.
- Vá lá, hoje não me contas um sonho de nostalgia...
- Quem foi que te disse?
- Hum?
- Não sabes que o amor é como o Fogo? Não o alimentas e ele morre devagarinho. Inculto.
Curiosamente, Água e Fogo, elementos da minha existência. Sigo água, ascendente, fogo.
ResponderEliminarEntão é complicado. Um anula o outro. Depreendo que fico sem signo.
Isto sou eu a falar...agora o texto, como sempre, bom.