Tem tanto mar a nos separar que nem um amor infinito ao zulmarinho é capaz de transpor esta barreira física, esta saudade imensurável.
Hoje, politicamente correcto, é não falar da política, é não criticar o passado, aquelas manifestações cheias de gente que hoje não é bajulada mas insultada pelas mesmas gentes que as enchiam, é falar alto dos presentes, esquecendo o seu próprio passado presente. Hoje, não quero ser mais politicamente correcto nem quero falar de política. Quero mesmo só sentir saudade e se calhar começar uma qualquer marcha que vá contra todas as ideias sempre julgadas impossíveis. Não quero ser mais politicamente correcto e falar dos diamantes polidos que desapareceram e ficaram os anéis sem valor, incluindo valor moral que deveriam existir nos corpos dos mortos-vivos que falcatruam a verdade da vida e não sabem que por apesar de terem tanto não valem mais por isso. Hoje vou só falar de coisas impossíveis nos antigamentes recentes, nos presentes de agora mesmo. Vou só sonhar num mundo novo que começa daqui a instantes, como se fosse uma nova peça dum teatro chamado vida nova. Como é fácil um homem sonhar e tão difícil pôr uma roda a rodar.
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