Gostava de sair por aí aos pulos assim como quando era criança. Faz conta dançava ao som duma música que não ouvia mas sentia. Era assim mais como um pular feliz de quem não tem nem preocupação nem lixo na cabeça que lhe pesa. Era tão bom andar por aí e ver quem é que me ia inspirar agora, encontrar uma paixão que nunca soube que senti. Quem me dera cantar as músicas que inventei e não decorei. Quem me dera sair por aí e dizer piropos só porque me apetece fazer sorrir alguém.
Quem me dera que este sol que sinto não caísse num fim de tarde por mais bonito que fosse.
Quem me dera poder continuar infinitamente a escrever palavras de amor, desde o coração à caneta.
Por tudo isso vou-me por aí, assobiando músicas de outrora que levo numa grafonola chamada telemóvel.
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