Olho nos olhos e quero ver-te sorrir. É outono, as notícias são outonais e para além da rudeza do tempo há que estar bem mesmo que às vezes as lágrimas pareçam rios a nascer dos nossos olhos. Há que não estar a pensar em adeus, em superar diversidades, esconder vergonhas ou silenciar ímpetos de vingança. A verdade forma-se e vem sempre à frente, à superfície. Olho nos olhos e encaro a vida de frente, livre, cabeça erguida, pronto a gastar os dias com alegria e dignidade. Sorri-me. Eu mereço-te.
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31 de outubro de 2020
30 de outubro de 2020
A vida
Caiu a noite e nem dei por ela. Espero que na queda não se tenha magoado. Eu sei que é outono e ela cai mais cedo. No verão deita-se mais tarde. Mas isso é outro rosário. As contas, claro. Eu assim sendo e como estou desorientado, pelas horas, pelo tempo meteorológico e pelo tempo da vida afirmo solenemente que há gente que tem o mundo pequeno porque só acredita no visível, no tocável ou no que lhes cai em cima. Assim como serei sempre uma pequena pessoa para quem anda equivocado. Sabes quando é que eu tenho a certeza de onde quero ir? Quando não tenho de olhar para trás. É assim fácil que nem parece existir. A vida, é claro!
Sanzalando
29 de outubro de 2020
28 de outubro de 2020
27 de outubro de 2020
fim do outono cinzento
Soleou neste outono. Sorri. Mas eu decidi que o outono não existe mais como aquela estação triste e cinzenta, nostálgica e ao mesmo tempo bolorenta na alma e coração. Acabei com ela. Agora em diante declaro aberto o outono alegre, molhado ou seco, quente ou frio, brisado ou ventaniado, porém sempre feliz. É verdade que a tristeza ataca a todos em algum momento, mas temos que fazer com que ela durma e não nos traga a insónia. Somando os positivos e negativos tem de dar positivo, de contrário estou-me positivamente borrifando para esse estado. Clik num qualquer botão imaginário.
É evidente que eu sou ministeriável o mesmo não quer dizer que eu o seja ou queira. Eu sou um gajo porreiro, o que não é o mesmo de dizer que vou sempre o gajo porreiro que te faz a vontade.
Esse outono terminou hoje mesmo que não soleie mais até ao verão. O outono tem imagens lindíssimas. Olha-lhe com os teus olhos.
26 de outubro de 2020
fazes-me falta
E fazes-me falta ao meu lado, entre os meus braços num abraço de domingo manhã ou tarde. Fazes-me falta ao amanhecer, nos passeios descontraídos do fim de tarde. Fazes-me falta na hora do café e na hora de dar a mão para ver um programa de televisão. Fazes-me falta na saudade que te sinto.
25 de outubro de 2020
máscara de outono
Outonou-se por completo. Chove, venta e faz frio. As árvores tomaram a cor douradas das folhas amarelecidas de outono, pelo que também fotograficamente estamos no outono. E há tantos cérebros outonais. Acho vou desoutonar-me por uns tempos e transformar o meu dia a dia num pleno verão de ideias e esquecer os cinzentos, os ausentes e descrentes tempos de outono. Assim, não vou dedicar muitas palavras a esta estação onde algumas pessoas sem máscaras mostram a máscara do vazio que são e outras que usam a máscara para esconder o verdadeiro eu que são, a fantasia barata da intelectualidade abstrata.
Outonou-se por completo e com ou sem máscara caminho em direcção ao meu sul onde os canteiros das avenidas continuam a ser canteiros mesmo que não estejam nos cantos.
24 de outubro de 2020
23 de outubro de 2020
22 de outubro de 2020
confina-te
Com o outono chegado, vento e chuva misturado em sol aberto, resolvi confinar-me. Entremismei-me durante horas a pensar no futuro da humanidade. Não lho vi. Deve ser pelo cinzento outunal que me baceou o pensamento. Continuei emmismado depois a pensar no meu futuro. Não me dei com ele. Acho dilui-me na chuva torrencial que cai de quando em vez. Emmismado no brilho do sol resolvi que é melhor confinares-te sem me ligares, porque o meu futuro começa agora.
Sanzalando
21 de outubro de 2020
20 de outubro de 2020
incerteza
Hoje me apetece caminhar nos caminhos da incerteza com a certeza absoluta que vou chegar a algum lugar. Acho ainda não cheguei à idade morrível pelo que posso levar-me por incertezas, dúvidas e erros não absolutos. Assim começou uma viagem em mim: eu existo ou sou fruto dum sonhar de alguém? Se eu existo posso fazer o pagamento adiantado dos dias que me faltam viver e viver outro tanto? Se sou sonho o que me acontecerá quando quem me sonha acordar?
Tanta incerteza que até me deixa na dúvida.
Sanzalando
19 de outubro de 2020
Acaso
Vou saltitando pensamentos até encontrar um novo que me agrade. Até encontrar não paro. Pode ser infinitamente, daqueles que acabam sempre, mais cedo ou mais tarde. Por acaso hoje não tem um. Nem grande nem pequeno. Hoje só penso em dormir e isso não é bom. Deve ser o cansaço que me liga a isso. Acho hoje não saltito mais, por acaso vou ficar aqui a ver a chuva cair como caía lá no meu lado infantil.
Sanzalando
18 de outubro de 2020
17 de outubro de 2020
16 de outubro de 2020
biografia
Hoje me biógrafo. Exercício mental para saber quem sou. Se é que sei. Encontrar palavras que me descrevam é obra que até me cansa. O dicionário parece limitado. Como é que eu consigo dizer quem sou com a vida que levo? Surfando ideias parvas transformei a minha vida num mar de felicidade chamado zulmarinho. Por esse mar mandei caravelas escolhidas por mim em circunavegações que me trouxeram especiarias ao gosto da época e com elas temperei a comida que me dá a vida.
Assim trilhei as primeiras vezes que desenhei o meu destino. Agora, numa pausa paulatina e platónica, me dedico a rever imagens como se estivesse numa sala de cinema a ver um filme bem passado.
Sanzalando
15 de outubro de 2020
14 de outubro de 2020
vidas outonais
Esta coisa de escrever para me auto ajudar neste verão outonal é que não sei se me vai curar ou fazer ficar ainda mais mal. Eu sei que não é normal eu duvidar-me. É real a dúvida. Eu auto ajudo-me enquanto outros autobigraficam-se em textos, selfies e similares.
O zulmarinho está feito chão. Só de olhar o sinto serenamente gelado. Não chama por mim. A solidão do silêncio que é interrompida pelo marulhar me embala em sonhos acordados e perco todos os bloqueios mentais. Deixo-me ir em busca da cura dos meus males. Arrefeço as minhas raivas, congelo os meus medos, aprisiono os meus vazios e sigo caminho em busca das coisas que valem a pena recordar.
Eu preciso ter algo para poder surfar na vida, seguir a onda, driblando o pica-pica, afugentando o polvo que me encena uma prisão octogonal. A minha vida é uma incessante busca do meu eu, real e que valha a pena. Nem que ela seja olhar o zulmarinho apenas por lhe olhar.
E se faz ainda sol de outono melhor ainda
13 de outubro de 2020
sol de outono
Fazendo sol de outono que é que eu faço? Vou no zulmarinho marinar-me em meditações e outras loucuras como seja não fazer absolutamente nada.
Eu me concluo que não fui feito para sofrer, a dor não é minha família nem faz parte do meu dicionário a palavra sofrer. Repetindo-me até acreditar. Eu não sei fazer isso de sofrer. Não me gosta de todo essa graça sofrida. Acho que a dor é demasiado grande e dói. Brrr. Desteto-a, eu não sei sofrer.
Faz sol de outono e não preciso de sofrer opor antecipação. Quando fizer frio de inverno logo penso nisso. Brr, vira pensamento para outras coisas e causas. Logo à noite eu vou olhar no céu e ver as estrelas e ver se me nascem cravos na mão. Uma prova cientifica da minha infância. Ou será melhor dançar a dança da chuva e ela caia a pedido?
Faz sol de outono e eu não vou nadar nesse zulmarinho que só de olhar está frio feito outono de verdade.
Sanzalando
12 de outubro de 2020
outono em primavera/verão
Ainda estou em verão quando é outono. Me esqueço que o acentuado arrefecimento nocturno pode jogar no chão, que o sol na moleirinha me pode atirar com umas dores de cabeça que até ferve. Mas estou em verão quando é outono. Mas escrevo, penso e medito feito outono, porque de facto o é. Por mais brilhante que me pareça o sol, por mais azul que esteja o zulmarinho, por mais quente que eu me dispa, é outono.
E sendo outono escrevo o que às vezes sofro ou sofro o que escrevo. Ou é só saudade dos tempos de primavera verão da minha juventude ou mordeduras dos teus lábios que nunca beijei porque nunca namorámos mesmo que eu tenha pensado que sim.
É outono mesmo que eu me sinta em verão.
Sanzalando
11 de outubro de 2020
pagaria
Até parece é verão neste outono de sol. Acho que este canto se tropicalizou eternamente, num eterno que como tudo um dia acaba e vem o inverno que eu até vou achar cheguei no inferno. Mas até lá eu vou surfando nos raios deste sol outonal veraneante.
Mas com este sabor tropical me deixo embalar em meditações tentando saber do pouco que me assusta e dos erros que tento evitar. Se eu olhar para mim será que consigo ver para além das minhas cicatrizes, dos meus sorrisos e cansaços? Será que lhe descubro a alma? Será que encontrarei umas palavras nunca ditas? Umas explicações nunca dadas? Será que me tornei no que sempre desejei ser? Devo confessar que me saiu do corpo ser como sou, mas pagaria tudo novamente para ser mesmo assim.
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