Esta coisa de escrever para me auto ajudar neste verão outonal é que não sei se me vai curar ou fazer ficar ainda mais mal. Eu sei que não é normal eu duvidar-me. É real a dúvida. Eu auto ajudo-me enquanto outros autobigraficam-se em textos, selfies e similares.
O zulmarinho está feito chão. Só de olhar o sinto serenamente gelado. Não chama por mim. A solidão do silêncio que é interrompida pelo marulhar me embala em sonhos acordados e perco todos os bloqueios mentais. Deixo-me ir em busca da cura dos meus males. Arrefeço as minhas raivas, congelo os meus medos, aprisiono os meus vazios e sigo caminho em busca das coisas que valem a pena recordar.
Eu preciso ter algo para poder surfar na vida, seguir a onda, driblando o pica-pica, afugentando o polvo que me encena uma prisão octogonal. A minha vida é uma incessante busca do meu eu, real e que valha a pena. Nem que ela seja olhar o zulmarinho apenas por lhe olhar.
E se faz ainda sol de outono melhor ainda
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