Me deixei levar por tantas palavras que delas fiz um caminho. Às vezes o caminho é estreito, assim como um precipício dum lado e um muro do outro, outras é largo que nem auto-estrada que até a gente nem sente vontade de caminhar mas sim correr. Mas correr sobre palavras a gente vai errar, vai sem soletrar uma frase e ela vai dar uma ideia que não foi a ideia que a gente pensou. Por isso é mesmo melhor escolher as palavras que deem um caminho seguro, sem palavras flutuantes, sem outras que voam e desaparecem, nem palavras que dizem tanto e tão pouco que a quem ouvir baralha.
Tenho palavras do passado, um lugar de reflectir, de me conhecer e levar cada silaba num edifício que tem ainda um hoje a construir.
Todas as palavras fazem sentido mesmo que o sentido lato da coisa seja insignificante. Não gosto de gastar palavras à toa nem de calar frases que poderiam levar a construir caminhos florestais tropicais ou desertos sem vias de acesso.
Eu só gasto é de palavras que me digam por onde vou, como vou e com quem vou.
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