17 de junho de 2025

Cheguei ao Porto parte 7 ... de não faço ideia quantas

Na faculdade ia gerindo o meu tempo entre ambos grupos. Aos poucos foram-me fazendo perguntas, convidar para sair à noite e começaram a reparar que eu escondia qualquer coisa. Mas o mais importante é que notavam a instalação de um de ar de ser infeliz quando se aproximava a minha hora de Cinderela. Depois de um rigoroso inquérito, ao que não resisti nem um só segundo, os desamparados e madeirenses resolveram ajudar-me a arranjar casa que não me acorrentasse.

Fala-se aqui, conversa-se ali, era o Lima, era o PêPê, era o Beça, João Prata,  todos mais velhos da Medicina e mais uns quantos que se foram solidarizando, quer de engenharia quer de economia, e em dois dias eu tinha uma casa que me acolhia no centro da cidade. Só precisava de bater à porta depois das 17 horas com malas e bagagem. Eu aguardava resolução do Serviço Social pelo que me aconselharam a estar calado e não divulgar o meu novo poiso. E assim renasci mais uma vez e no Reino das Águias Carecas, que me recebeu com pompa e sem circunstância, mas com muito carinho.

Nasceu uma nova personagem. O taciturno vespertino da Areosa deu lugar ao alegre morador na Rua Álvares Cabral. 


Sanzalando

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