A Minha Sanzala

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13 de fevereiro de 2005

Uma loira qualquer

"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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Hoje, 18:15
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Conversas de Café
Avilo, senta aqui comigo enquanto lá no início do zulmarinho estão os nossos amigos sentados à volta de uma 'fogueira' esperando a gente. Vamos verter dentro das goelas aquelas que a gente aguentar até os nervos ficarem soltos, mas sem perderem o norte que nos fica a sul.Senta aqui a sentir o perfume desse zulmarinho que trás o cheiro da calema do início dele, a cor castanha das águas que descem da serra e o chamamento de união para construir rumo de futuro,Senta, avilo, e bebamos sem parar de magiar nos sonhos de que o dia D está proximo para estarmos todos juntos na mesma fogueira, que se estende até ao planalto num mar de terra sem fim na vista.Senta, mermão, e vê com olhos de ver a linha recta que é curva a aproximar os sonhos e trazer a vontade de ter de novo o sorriso de ser gente da terra.Senta, mermão, enquanto faços os telefonemas todos, escrevo as mil cartas, envio os N mails, e me encho de vontade de apanhar a primeira canoa rumo ao início desse zulmarinho.Senta, mermão que os passos podem ser pequenos, demorados mas a luz se acende num tunel qualquer, nem que seja num tonel de malvas e zarpa-se qual Zarco em busca de terra firme e sem os acidentes do curso de um rio revolto na revolução dos sonhos.Senta, mermão e vamos beber até que a goela esteja assim como luzidia de limpa.Senta, mermão e vê o ondular desse zulmarinho que parece está a dizer: VEM.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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