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25 de fevereiro de 2005

Volto ao suicídio

"Fio": Temas diversos

carranca
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24-02-2005 18:16
Forum: Conversas de Café
Semanas atrás iniciei este tema. Outros valores se levantaram e e, hoje, não sei porquê, apeteceu-me voltar a ele.Há muitos estudos sobre factores de risco de suicídio. O factor mais importante é, sem dúvida, a doença psíquica. Quando não tratadas, as depressões mais graves são doenças que se acompanham de risco de suicídio, tanto em doentes bipolares, como em unipolares. Doenças como a esquizofrenia, perturbações ansiosas graves, a dependência do álcool e das drogas em geral, são também perturbações psiquiátricas que podem predispor ao suicídio, no caso de não serem tratadas e conduzirem a situações de desespero prolongado. Quando se junta à doença e, em parte por causa da doença, o isolamento da pessoa, o seu desenraizamento , a falta de apoios, a falta de tratamento, e complicações aparentemente insolúveis no viver, os riscos para um acto desesperado podem aumentar mais.Mas haverá sempre uma solução. A vida é feita de altos e baixos. Poderá haver ajuda, terá de ser encontrada. Se for indispensável, o doente será hospitalizado, para uma terapêutica mais intensiva e controlada.Um episódio de ideias de suicídio é sempre temporário. Os que sobrevivem a essa fase mais negra e arriscada olharão para trás, depois de recuperarem a saúde, sem perceber como lhes aconteceu esse pesadelo, essa doença que lhes retirara toda a esperança. O risco de suicídio é maior nas primeiras crises de depressão , pois a pessoa aprende com a experiência e verificar que as crises passam, aprende a reconhecer a doença como uma doença que se trata, melhora e pode prevenir.Os familiares e os amigos da pessoa que sofreu uma grave crise com ideias de suicídio devem reconhecer o mal pelo que é, uma doença, uma perturbação emocional, de que quem sofre não é culpado. O que a pessoa precisa é de ajuda, compreensão, comunicação, e, sempre e quando for necessário, do tratamento médico e psicológico.Vencer a depressãoAs ideias de suicídio, tal como outros sintomas da depressão, podem ser tratadas. Para que possa ser ajudado/a, o seu médico ou outros profissionais da saúde deverão saber o que se passa consigo, quais os seus pensamentos e sentimentos. Só se forem convenientemente informados, por si que sofre ou por alguém que melhor sabe do que se passa consigo, poderão tomar as medidas terapêuticas necessárias, ajustar a medicação ou modificar o tratamento.O controle adequado de uma crise depressiva, a prevenção e a atenuação dos sintomas, fazem com que volte a acreditar na vida e a viver.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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