Mas o que tem de ser tem muita força. O sair ficou marcado para as sete horas porque é a hora que abre o café Avenida e a gente vai lá mesmo tomar o matabicho, depois de ir no Xonera comprar gelo para encher a caixa dos caranguejos que a gente vai levar até à capital.
No deitar senti uma dor que me apertava. Sentia o chão a fugir-me debaixo dos pés. Tas a ver, né? Custa ter que partir outra vez. Mas voltarei. Com este pensamento adormeci e rapidamente se passou a noite. Estas noites têm sido tão curtas, todas que se fosse no outro lugar eu estaria assim já como que a rastejar por falta de forças, mas aqui estou forte e vigoroso. Na hora marcada os despertadores tocaram e foi um aviar. Havia que arrumas as bicuatas e carregar o Tico bem carregadinho para nada se perder pelo caminho. Não nos esquecendo que a gente ia voltar pela auto-pista da Lucira. Passámos ainda pela que foi a minha casa e que agora é, nos meus olhos, a casa mais bonita e bem cuidada da cidade do Namibe. Um adeus e até breve, que ela merece.Lá fomos nós até quase que na subida da SOS buscar o gelo. Está aberto 24 horas em cada dia da semana. Tudo bem acondicionado para os ditos bichos não secarem nem ficarem assim com cheiro que depois a gente nem os podia ver, quanto mais comer. Dali directos ao café Avenida matabichar e comprar uns bolos para a viagem, uns pães com chouriço. Tas a ver, coisas práticas para comer assim sem parar. Mas depois nos lembrámos que tínhamos que voltar na área de Serviço da Laurinda para dar o último abraço desta viagem ao Lan. Foi o que fizemos e depois, já passava das oito da manhã quando descolamos o nosso Tico em direcção ao Rio Bero e depois da Kipola virar na direita e seguir até ao Giraul e depois aí apanhar a estrada que nos havia de levar até à Lucira. Que é como quem diz, ao desvio que desvia para a Lucira que a gente vai seguir mesmo em direcção ao Dombe Grande que fica já ali depois daquelas pedras todas
No deitar senti uma dor que me apertava. Sentia o chão a fugir-me debaixo dos pés. Tas a ver, né? Custa ter que partir outra vez. Mas voltarei. Com este pensamento adormeci e rapidamente se passou a noite. Estas noites têm sido tão curtas, todas que se fosse no outro lugar eu estaria assim já como que a rastejar por falta de forças, mas aqui estou forte e vigoroso. Na hora marcada os despertadores tocaram e foi um aviar. Havia que arrumas as bicuatas e carregar o Tico bem carregadinho para nada se perder pelo caminho. Não nos esquecendo que a gente ia voltar pela auto-pista da Lucira. Passámos ainda pela que foi a minha casa e que agora é, nos meus olhos, a casa mais bonita e bem cuidada da cidade do Namibe. Um adeus e até breve, que ela merece.Lá fomos nós até quase que na subida da SOS buscar o gelo. Está aberto 24 horas em cada dia da semana. Tudo bem acondicionado para os ditos bichos não secarem nem ficarem assim com cheiro que depois a gente nem os podia ver, quanto mais comer. Dali directos ao café Avenida matabichar e comprar uns bolos para a viagem, uns pães com chouriço. Tas a ver, coisas práticas para comer assim sem parar. Mas depois nos lembrámos que tínhamos que voltar na área de Serviço da Laurinda para dar o último abraço desta viagem ao Lan. Foi o que fizemos e depois, já passava das oito da manhã quando descolamos o nosso Tico em direcção ao Rio Bero e depois da Kipola virar na direita e seguir até ao Giraul e depois aí apanhar a estrada que nos havia de levar até à Lucira. Que é como quem diz, ao desvio que desvia para a Lucira que a gente vai seguir mesmo em direcção ao Dombe Grande que fica já ali depois daquelas pedras todas
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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