Temos que ir e vamos fazer mais como?
Sei que dei por mim a falar baixinho na frente da Kipola parecia estava a rezar. Sei que o meu silêncio se foi tornando um marco de cimento armado, carregando o meu semblante como se tivesse caído num sarcófago de vários andares e tivesse me esquecido de qual era a minha prateleira. Não sei quantos quilómetros andei assim. Eu estava de luto de mim. Aos poucos fui recuperando o fôlego, fui caminhando para a realidade e me encontrei estava perto do desvio que nos ia levar até à primeira paragem prevista que era o desvio da Lucira para almoçar. Mas foi engano porque ainda parámos no Bentiaba para fazer uma homenagem silenciosa a todos aqueles que antes do antigamente ali estavam fechados porque tiveram a ousadia de pensar. Foi coisa rápida que o tempo na auto-pista não pode ser de escuridão se não a gente não vê um calhau que lá está à nossa espera e corta a lateral. As coisas que eu aprendi nesta viagem. A lateral é mais importante que o rasto mesmo. Seguimos viagem na estrada tipo sandes, de asfalto e terra conforme os buracos eram muito ou poucos. No desvio eram horas de almoço. O reforço do café Avenida com umas birras e umas latas de atum foram o nosso repasto. Aí aparecem dois naturais dali mesmo que apontaram para cima da serra que era ali, e nos fizeram companhia na admiração da abertura fácil da lata de Atum. A catana já estava pronta para a abertura quando o Ti lhes explicou que era só puxar a argola e já estava. Foi gargalhada que começou neles. Mais uns dedos de conversa, uns saberes de outros tempos, umas vidas vividas debaixo de fogo assim mais ou menos que disseram ali não ouviram muita coisa só mesmo alguma pouca. Como se poderá quantificar? Fiquei sem saber e também se diga que não interessado, é passado para ser enterrado.
Retomemos a aventura de fazer a serra, as subidas e descidas sobre calhau, pedra pontiaguda, precipício, andar de lado como se o Tico fosse um barco à vela. Co-pilota estava perita. Vais ver se conduz melhor assim nesta estrada que noutra bem feita. Vimos uns primatas grandes lá no meio das mini árvores mas os sacristas não se deixaram fotografar para a posteridade, ou será que o cachet era alto. Foi mesmo foto assim de raspão.
Sanzalando em AngolaSei que dei por mim a falar baixinho na frente da Kipola parecia estava a rezar. Sei que o meu silêncio se foi tornando um marco de cimento armado, carregando o meu semblante como se tivesse caído num sarcófago de vários andares e tivesse me esquecido de qual era a minha prateleira. Não sei quantos quilómetros andei assim. Eu estava de luto de mim. Aos poucos fui recuperando o fôlego, fui caminhando para a realidade e me encontrei estava perto do desvio que nos ia levar até à primeira paragem prevista que era o desvio da Lucira para almoçar. Mas foi engano porque ainda parámos no Bentiaba para fazer uma homenagem silenciosa a todos aqueles que antes do antigamente ali estavam fechados porque tiveram a ousadia de pensar. Foi coisa rápida que o tempo na auto-pista não pode ser de escuridão se não a gente não vê um calhau que lá está à nossa espera e corta a lateral. As coisas que eu aprendi nesta viagem. A lateral é mais importante que o rasto mesmo. Seguimos viagem na estrada tipo sandes, de asfalto e terra conforme os buracos eram muito ou poucos. No desvio eram horas de almoço. O reforço do café Avenida com umas birras e umas latas de atum foram o nosso repasto. Aí aparecem dois naturais dali mesmo que apontaram para cima da serra que era ali, e nos fizeram companhia na admiração da abertura fácil da lata de Atum. A catana já estava pronta para a abertura quando o Ti lhes explicou que era só puxar a argola e já estava. Foi gargalhada que começou neles. Mais uns dedos de conversa, uns saberes de outros tempos, umas vidas vividas debaixo de fogo assim mais ou menos que disseram ali não ouviram muita coisa só mesmo alguma pouca. Como se poderá quantificar? Fiquei sem saber e também se diga que não interessado, é passado para ser enterrado.
Retomemos a aventura de fazer a serra, as subidas e descidas sobre calhau, pedra pontiaguda, precipício, andar de lado como se o Tico fosse um barco à vela. Co-pilota estava perita. Vais ver se conduz melhor assim nesta estrada que noutra bem feita. Vimos uns primatas grandes lá no meio das mini árvores mas os sacristas não se deixaram fotografar para a posteridade, ou será que o cachet era alto. Foi mesmo foto assim de raspão.
Carlos Carranca
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