Me sento aqui. Bebo uma birra estupidamente gelada e reflito.
Verdade que às vezes me olho por dentro e dou de contas a falar-me.
Não me vejo no zulmarinho que hoje está encrespado vais ver é da brisa forte que lhe vem de leste ou doutro canto cardinal qualquer. Por isso ele não me serve de espelho nem me pode mostrar o reflexo do que lhe penso e ficciono.
Por isso mesmo, protegido no meu canto reflito ao som duma sinfonia marítima.
Palavra depois de palavra e crio um sonho.
Sonho atrás de sonho e construo uma ilusão.
Ilusão depois de ilusão, formo uma vida.
De vida em vida e o mesmo dono.
Sanzalando
Amigo "Jotacê":
ResponderEliminarPensar e ficcionar. Uma construção perfeita.
Agradável e sentida.
Deslumbrante momento de amparar ideias. Pensamentos. Instantes.
Curto, mas bem significativo texto.
Um Abraço com estima