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31 de julho de 2007

Uma ponte

Sento-me em palavras simples num caminhar ligeiro. Às vezes silêncios.
Está calor. Bebo uma birra estupidamente gelada e te falo. Me embalo no marulhar do zulmarinho assim ele fosse musica que me vem desde o inicio dele, assim ele me trás as vozes que lhe tenho na memória e nas saudades do coração
Na verdade construí uma ponte para que as minhas palavras te possam chegar sem ruídos nem interferências. Não precisa ser uma ponte larga nem grande, porque o carinho não quer distância e os sussurros não se perdem nos silêncios. É só mesmo uma ponte que nos una.
É uma ponte flexível para que se possa moldar nos gestos de um beijo, no afago duma carícia, no olhar cúmplice de um gostar..
É verdade, construí uma ponte que vai desde minha boca até a ti, onde quer que tu me ouças.

Sanzalando

3 comentários:

  1. Viva Carlos:

    Bonito.
    Por falar em "birra estupidamente gelada"... porque não juntas a mulher e o filho e apareces por cá a passar um fim de semana... e aproveitas para pagar aquelas que me "deves" :-)

    Um abraço,

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  2. Sabe? Admiro-o.
    Admiro a sua pertinácia, o seu querer, a sua vontade.
    Admiro a sua "ponte" de se expressar.
    Admiro o sonho que lhe escorre nas veias e um imenso sentido de alumiar esse sonho. Dar-lhe uma vida, sem desalento ou um sentimento de inoperância minimamente visível ou pensada.
    Um Bem-Haja, por tudo isto. Com consideração e admiração.
    Abraço
    pena

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