recomeça o futuro sem esquecer o passado

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15 de junho de 2008

Caminhos de letras


Caminho em passos incertos como só se pode caminhar na areia das mil cores que é trazida pelo zulmarinho de desde as suas profundidades interiores.
Numa onda mais rebelde quase que chegas a mim. Olho-te e não me mexo, certo que não me alcanças. Te conheço porque és a minha vida, os meus sonhos, meus pesadelos, minhas lágrimas o gargalhar das minhas gargalhadas.
Digo-te as minhas palavras. As de amor, de paixão, de desejo, de raiva e de angustia, todas as que escrevem a minha vida.
Não te gaguejo nem tropeço nos significados interpretativos, porque sabes que as minhas palavras são as tuas. E eu sei lá quantas mais palavras tenho guardadas para te dar… Calo-as hoje mas te direi num outro dia qualquer como quem tem de palavrear-te para poder ser.
Não te nego que as minhas palavras estão com cores de passado, cheiros de presente e sabores de futuro.
É que as minhas letras querem mesmo é falar.


Sanzalando

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