Me sento neste canto do passeio que me leva ao zulmarinho. Me sento mesmo porque estou cansado. Não é cansaço de andar nas pernas, não o é de falar as coisas que vão na alma assim puras que nem cristal, não é cansado de não ser ligado, é mesmo de não chegar à verdade dos finais que eu imaginava para o fim dos meus passos.
Pelo meu cansaço acho devemos ficar pela amizade e adiar num até sempre essa paixão de um só corpo.
Ficamos assim como amigos depois de muito termos falado com as minhas palavras e os teus silêncios, de termos discutidos com as minhas iras e as tuas indiferenças, de termos trocado juras de amor nas noites de luar através da minha voz
Ficamos assim como amigos num compromisso de mais não conseguirmos fazer antes de chegar a um possível ódio de morte.
Ficamos assim como amigos numa troca de chávenas de açúcar, uma pitada de sal, um aperto de mão e uma troca de olhar assim com mais intenção que não num ver de olhar.
Ficamos assim como amigos, sem que nenhum sofra mal de coração.
Ficamos assim como amigos com ganas de baralharmos os lençóis de uma cama.
Pelo meu cansaço acho devemos ficar pela amizade e adiar num até sempre essa paixão de um só corpo.
Ficamos assim como amigos depois de muito termos falado com as minhas palavras e os teus silêncios, de termos discutidos com as minhas iras e as tuas indiferenças, de termos trocado juras de amor nas noites de luar através da minha voz
Ficamos assim como amigos num compromisso de mais não conseguirmos fazer antes de chegar a um possível ódio de morte.
Ficamos assim como amigos numa troca de chávenas de açúcar, uma pitada de sal, um aperto de mão e uma troca de olhar assim com mais intenção que não num ver de olhar.
Ficamos assim como amigos, sem que nenhum sofra mal de coração.
Ficamos assim como amigos com ganas de baralharmos os lençóis de uma cama.
Ficamos assim amigos com um sabor picante.
Sanzalando
"Moras no meu corpo.
ResponderEliminarAinda que dês outra morada."
Fernando Sylva, 1982, in "Voz fagueira de Oan Timor"