Calcorreando areais eu me arrisco em corações vazios e bebo nas mais profundas tristezas.
As minhas mãos estão cansadas de redigir, em papeis de memória, loucuras que nem eu consigo explicar depois. Eu sou mais assim como os nomes finais que aparecem num filme, estou sempre me acabando e, quem vê, não consegue nem ler. Mais ninguém tem paciência para me acompanhar. Eu vivo pra quem sou, independentemente desse você que possa estar desse lado e até pode ser que nem seja um você que eu queria que fosse. Um mundo todo trocado. Eu já me fui desenhando em escalas diferentes, mas o meu peso é sempre o mesmo, o meu amor é mais caos que ordem e a minha vida é um barbante todo desfiado que já nem para segurar joeira serve.
Calcorreando areais de solidão já não escondo o segredo de que se o amor fosse só o bem, ele se venderia em farmácias e supermercados. Mas me disseram, em surdina, que remédio demais também faz mal e olha que o amor não é remédio para ninguém nessa vida de desencontros-desenganos-desgastes-desgostos.
A chuva em mim não acaba e minha imaginação vai embora nesta noite, com o teu cheiro doce e o meu carinho que faz tremer.
A minha sensação de paixão. A minha trouxa de loucura.
O amor é para qualquer um. O saltar do precipício que nele existe que é para poucos. Pouquíssimos.E eu acho já saltei vezes a mais, abusando da sorte.
Sanzalando
belíssimo o seu texto.
ResponderEliminar:)
Quanto pesa o caos? qto pesa o amor? qto pesa a loucura? qto pesa a ordem?
ResponderEliminarSJB