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4 de julho de 2011

revendo a imaginação

Sentado perto do mar, escondido do vento que me despenteia, mas não me desconcentra, revejo a vida que imaginei, as coisas lindas, perfeitas, algumas aparentemente mágicas, outras soberbas, concluindo que essa imaginação terminou mesmo onde começou, na imaginação. Tanta coisa que podia ser mas não foi,tanta coisa que desejei mas não lutei, tantas surpresas que não aconteceram. Mas não choro, não verto milhões de lágrimas num rio de lamentos, nem fabrico sorrisos falsos. Me deixo apenas rever a imaginação deixando-me ser tal qual sou, umas vezes triste outras nem por isso.
Não me cansei dos conflitos internos, não desisti das minhas lutas, não apaguei os meus sonhos nem me consumi em autodestruição.
Sentado perto do mar recomeço, como tantas vezes já recomecei.
Afinal de contas este é o fim do meu mar que começa do outro lado de lá.




Sanzalando

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