Apenasmente nebulado. A baía parece mais redonda e parece tem portão cinzento a lhe fechar lá longe onde a vista quase não chega. Eu só estou sentado frente do clube náutico, que outros chamam de casino, a me deixar gastar no tempo e ao mesmo tempo navego nos mares da minhas ideias, nas vagas de pensamentos que sucedem nos dias cinzentos.
O que eu mais preciso neste momento? Me respondo como se alguém estivesse a me ouvir: felicidade! Mas não uma dose curta e leve. Uma coisa em grande que podia chegar ao exagero, dar a volta toda a mim e sobrar que eu não me ia nem importar. Mas parece ela foi embora, dar uma volta e não sei se tem como voltar. Se calhar se perdeu no caminho, se calhar se isolou na solidão, se calhar anda devagarinho ou se calhar não.
Mas eu não vou ficar aqui de olhos vendados a falar como se alguém me ouvisse. Já gastei o tempo de ter as portas abertas a lhe esperar sentado, a lhe destapar da solidão, a lhe proteger do medo.
Não.
Está na hora de navegar por oceanos, mesmo que pareçam ruins, sem comandos à distância e sem lágrimas de saudade.
Está na hora de dizer chega às coisas pequeninas, às importantes coisas que afinal não têm importância. Chegou a hora de eu ir procurar a felicidade, mesmo que seja outra. Apenasmente, que me faça feliz.
Sanzalando
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