É meio da tarde eu estou sozinho no aeroClub a jogar bilhar. Dar umas tacadas, melhor dizendo. O silêncio é grande que ouço o tic tac do contador do que terei de pagar quando me che«atear de estar para aqui armado em profissional a treinar. Lá fora cacimba e não vou na praia porque ia estar mesmo mais sozinho junto de tanto azul. Aqui, no intervalo de cada tacada, acertada ou falhada, sempre deito um olho a um ou outro pensamento para endireitar a vida.
Pois é, não vivo a vida das aparências porque elas mudam e eu terei que estar a mudar também, não vivo a vida de mentira porque elas são descobertas e eu tenho vergonha. Na verdade também não vivo a vida dos outros porque a minha já dá muito trabalho.
Mais uma tacada dada sem concentração. Falhei. É melhor mesmo pousar o taco e ir até casa fazer horas de ter hora para fazer alguma coisa.
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