Eu não sei se me preocupava muito com o que queria ser quando fosse grande, quando crescesse. Não sei se queria ser importante. As coisas acontecem. As que eu não esperava aconteceram e muitas outras irão acontecer ou não. Não sei hoje, que sou crescido, se me importo com isso. Sei mesmo é que o que sempre me preocupou foi o eu ser eu mesmo. Mudei de feições, mudei de peso, vou mudando de altura e largura mas ainda assim continuo a ser euzinho, que espero para sempre.
Tem gente, mal formada de nascença mas sem culpa dos pais, que já não pode nem falar o mesmo. Tem gente pensa a vida é o esconde esconde e bate e foge. Mas a vida lhes marca e não lhes deixa dormir tranquilamente. Tem gente que apenasmente é feia, por dentro e por fora, se é que tem alguma coisa dentro. Deve ser do eixo da terra, inclinado, que lhes inclinou a inteligência para o vazio de lado nenhum.
Euzinho, frontal, continuo vertical sem andar de quatro nem com orelhas que não são de humano.
Deixei o recado, em papel pardo e sem cara de parvo apenas de espanto por ter demorado tanto.
Tem gente que nem merece um olhar quanto mais o tempo de perder tempo a olhar.
Para sempre, João Carlos Carranca, euzinho de corpo inteiro e alma tranquila.
Sanzalando
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