Apetece-me ficar sentado em silêncio. Não no silêncio dos inocentes, apenas no meu interiorizado silêncio porque quero contemplar o que me rodeia.
Acho que a vida inteira andam a tentar-me ensinar isso e eu desaprendo como que a não dar importância neste agora, terei tempo mais logo. Pensava eu que só os velhos o conseguem. Afinal de contas eu já consigo ficar nesse sentado, num sem dizer nada mesmo que sorria de contentamento.
Achei sempre que ser jovem seria ser irrequieto e impaciente e ter coragem de combater o silêncio.
Hoje acho-o sagrado. Aproxima-me das pessoas. Sorriem-me pessoas, gente de olhar alegre e voz doce.
Que paradoxo.
Eu e o silêncio. Eu e a idade. Eu e eu mesmo.
Sanzalando
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