A Minha Sanzala

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5 de março de 2005

Espero a esperança

"Fio": Um café na Esplanada

carranca
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04-03-2005 18:23
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Conversas de Café
Mermão, eu queria falar-te de miles de coisas. Algumas delas mesmo sem jeito outras nem por isso e outras ainda que não sei nem classificar. Queria dizer-te que as saudades de milhentas coisas não mata mas mói e, se mói fica que nem farinha, porque dói mesmo que nem dor de sofrer.Vamos derramar mais umas quantas para lubrificar a goela, espevitar o cérebro, aquecer a alma. Mas não vale caminhar por caminhos não palmilhados, por carreiros não inventados pois podes cair nas armadilhas do tempo que se perde na falta de tempo para ter tempo.Eu queria falar-te de coisas sem importância e outras comportância de ser importante nem que seja só mesmo para mim. Mas desconsigo falar-te porque me amordaçaram na virtualidade de respostas que não deram, ou dos silêncios de duas linhas que nada dizem excepto que estás no bom caminho mas que não conheces o mapa por isso é melhor esperar para ver se iluminam a estrada. Vês, mermão, como custa estar à espera do que sabes que não vai chegar?Não. Não foi desta que doidei. Sentado, em posição do Buda, olho assim como que para lá da linha recta que é curva, sinto o perfume da marzía, salitro-me com as gotas do zulmarinho e espero. Sabes o que espero? Espero a Esperança da Magia de um dia ser dia. De ser esse o DIA.
«-Lá está ela outra vez...»
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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