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24 de maio de 2005

Prisões 54 - Consciência - II

No meu post anterior, sobre consciência, conclui que o nosso ser é a nossa consciência.
Assim, toda a intenção de incrementar o nosso ser deve passar pelo incremento da nossa consciência. Aí encontramos o primeiro problema. Como incrementar a nossa consciência? É o que se pretende, sem dúvida, com estes escritos, onde cada um dá a sua opinião, sobre o que quer que seja, independentemente de querermos encaminhar a nossa consciência num ou noutro sentido. O que fazemos primeiro é fortalecê-la, diminuindo o grau de inconsciência.
Este é um facto que me alarma: Se o que define um ser é a consciência, que pensa, sente e existe e não o corpo, a carne que realiza acções e pensamentos programados como um piloto automático, então não deveria estar a consciência sempre presente? Na verdade observo da existência de muitos seres humanos que consistem em fazer precisamente o contrário, reduzir o grau de consciência e alcançar o automatismo. O risco de que o inconsciente entre em áreas da consciência está continuamente presente. E não creio que, porque pensamos ou raciocinamos, somos conscientes. Porque de um mesmo modo podemos pensar ou raciocinar de modo automático.
Fixa-te no que te rodeia. As cores, as formas, os sons, sensações e no que mais houver. A tua consciência passa o dia adormecida. És capaz de dizer rapidamente, sem re-olhares, quantos botões tem a tua camisa? Quais os dez livros que leste ultimamente? Bem, se calhar pensamos que isso é a capacidade de observação e não tanto a capacidade da mente, pois em cada instante se produzem um número quase infinito de experiências sensoriais. Sentes neste momento alguma coisa? Provavelmente não. No entanto lembra-te que neste momento a tua roupa toca-te em milhentos pontos da tua pele.
Eu depois continuo…se encontrar compostos de letras que formem palavras.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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