Me sento por aqui como quem faz cara de pensador a pensar.
Me lembrei então que um dia eu queria escrever uma estória que podia ser um conto ou um romance. Escrevia, apagava e voltava a escrever. Uma eternidade de vezes, conto agora as vezes que o repeti. Pouco a pouco fui criando personagens, inventei situações. Parecia tudo tinha pernas para andar à velocidade da luz reduzida na capacidade dos meus dedos martelarem o teclado do computador.
Mas um dia, há sempre um dia para tudo, escrevia eu sem parar quando assim num repente tudo se esbranquiçou e parece que eu estava a pensar não com o cérebro mas com uma borracha. As ideias se tinham esfumado. Estava limpo. Liso como uma folha de alumínio cromado. Nem uma só passagem me vinha à mente. O romance, a estória de amor, o conto ou a novela, estava ali à minha frente em pausa sem que houvesse uma tecla para a fazer crescer como tantas vezes eu a tinha idealizado, mentalmente construído.
Pensei que era coisa de passagem. Parei e fui apanhar ar. Foi um ar que se deu.
Agora, cada vez que eu tento pensar longo, em grande, volta a acontecer o meu. Borrachei o meu cérebro, só pode. Vou fazer mais como então?
Entristeci como deves imaginar. A incapacidade de pensar longo deixou-me de mãos atadas.
É assim como que deixar um amor em pausa.
Me lembrei então que um dia eu queria escrever uma estória que podia ser um conto ou um romance. Escrevia, apagava e voltava a escrever. Uma eternidade de vezes, conto agora as vezes que o repeti. Pouco a pouco fui criando personagens, inventei situações. Parecia tudo tinha pernas para andar à velocidade da luz reduzida na capacidade dos meus dedos martelarem o teclado do computador.
Mas um dia, há sempre um dia para tudo, escrevia eu sem parar quando assim num repente tudo se esbranquiçou e parece que eu estava a pensar não com o cérebro mas com uma borracha. As ideias se tinham esfumado. Estava limpo. Liso como uma folha de alumínio cromado. Nem uma só passagem me vinha à mente. O romance, a estória de amor, o conto ou a novela, estava ali à minha frente em pausa sem que houvesse uma tecla para a fazer crescer como tantas vezes eu a tinha idealizado, mentalmente construído.
Pensei que era coisa de passagem. Parei e fui apanhar ar. Foi um ar que se deu.
Agora, cada vez que eu tento pensar longo, em grande, volta a acontecer o meu. Borrachei o meu cérebro, só pode. Vou fazer mais como então?
Entristeci como deves imaginar. A incapacidade de pensar longo deixou-me de mãos atadas.
É assim como que deixar um amor em pausa.
Sanzalando
Vais ver que a tecla do delete, colou.
ResponderEliminarNaaaa te preocupes. O que cola, descola!
SJB
Pensar longo, longe e largo é pensar humanamente !
ResponderEliminarAmnésia , doutor ?
Sinceramente , não me parece .
Turbilhão de ideias engarrafadas no trânsito excessivo do teu pensamento?
Revolta ?
Desilusão?
Quem sabe , senão tu !
PS: quero, um dia , ler esse livro mil vezes imaginado !
Sabe de uma coisa?
ResponderEliminarE se colocasses mais "vivências" na ficção?
Acho que, em um dado momento, as coisas se dissiparam, porque não tinha ali coisas vividas ou sentidas verdadeiramente por ti. Faltava a alma.
E a infância vivida na terra amada?
Deve dar uma linda história.
Aposto que sim.
s
o
j
i
e
b
No domingo passado fui até à cidade ouvir o que o Dalai Lama tinha para contar. À entrada, monges budistas ofereciam uns rolinhos coloridos atados com lãs coloridas. Desenrolei o meu. Dizia assim: "Uma viagem de mil milhas começa com um único passo".
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