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8 de setembro de 2007

Eternamente até um dia

Para aqui estou sentado, olhos postos em nada. A minha mente vagueia vagarosamente por entre espaços de silêncios, sem os perturbar. Choro ou rio-me? Nem eu sei o que me apetece. Bem, lá no fundo sei que me apetece gritar-te que quero ser o sol que antecede as tuas noites e o desejo que acende as tuas manhãs.
Mas como sempre tu não me ouves, ou não me fazes um sinal, o que vem dar ao mesmo. Já sei que não tenho ar para ti, que estou cansado demais para os teus verdes anos. Enfim, cotei-me precocemente.
Mas mesmo assim, eu aqui estou a olhar-te na minha clandestinidade, carregado de querer-te. Se calhar é um estar sem forças para te negar. Se calhar é ser-se persistente até à nossa eternidade.
Sentado aqui, arrasto-me por ti. Sempre!

Sanzalando

2 comentários:

  1. Vou te contar,
    os olhos já não podem ver
    coisas que só o coração pode entender
    Fundamental é mesmo o amor
    é impossível ser feliz sozinho

    É a primeira estrofe da música "WAVE" do Tom Jobim.
    ...chegou derrepente à minha mente enquanto lia o teu post.

    Um feliz final de semana e um beijo.

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