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25 de setembro de 2007

sonhos

Me sento por aqui e tento analisar um sonho. Decomponho-o nas suas múltiplas parcelas. Quer dizer, eu tento, mas ele é de puro cristal, substância delicada, brilhante depois de polida, composta por múltiplas camadas conforme são as ideias, numa rede de filigrana em forma de desejos.
Já percebi que o tenho que segurar com todos os cuidados, mãos firmes e delicadas, pois um pequeno abalo e se parte em mil pedaços que se desfazem em fumo.
A rapidez com que se pode destruir um sonho é inversamente proporcional à dose de paciência com que se foi construindo, inicialmente em forma de labirinto num acto de solidão e silêncio.
Consigo ver-lhe pequenos traços ainda em forma de rabiscos como que a querer dizer-me que está em construção. Os sonhos não param de crescer.
Aqui sentado não vou mais desconstruir os sonhos. Acho mesmo vou tentar vive-los.

Sanzalando

3 comentários:

  1. Não devemos acabar com os sonhos de uma pessoa, mesmo que sejam irreais, pois são só sonhos.

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  2. Os sonhos são, definitivamente, para serem sonhados. E vividos.

    Beijo

    I.

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