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13 de setembro de 2007

resta-me a nostalgia

Me sento por aqui, ao lado do kit de salvação. Nove pastilhas para tomar em jejum. Era melhor uma taça de saladas de fruta, tem mais cor e um outro sabor. Mas se tem de ser o que vou eu fazer para contrariar? Resigno-me.

Algumas nostalgias não nos esperam. São as que nos atacam na hora de ir dormir, te apunhalam a imaginação no silêncio da noite e povoam os sonhos com fantasmas indesejáveis.

As nostalgias desses tempos passados, por terem sido bons, doem como punhaladas no peito. Mesmo que a gente pense que lhes ultrapassou no calendário da vida.

Me sento aqui e agora ainda sinto o perfume dessa nostalgia.

Quando se apaga a luz, quando o silêncio ocupa o vazio do quarto, quando o sono está pronto a vencer-me, invadem-me os momentos perdidos na memória, a gente boa, os risos e gargalhas reconhecíveis, as vozes e as frases identificáveis. Ao acaso me assaltam outras recordações em doses intravenosas.

Não me queixo, porem me resta a nostalgia.



Sanzalando

2 comentários:

  1. Adorei as doses intravenosas!!!! e eu a pensar que recordações nos assaltavam sempre pelos albuns de velhas fotografias, via visual! Como estou desactualizada!!!!
    SJB 1000

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  2. Há dias assim, nascem a precisar de serem coloridos e acredita, mermão, que não há ninguém neste mundo mais livre do que um egoísta ou um “desligado”. Perigoso é quando começamos a pensar que a liberdade significa solidão. Vive-se numa busca louca da liberdade, da felicidade e no entanto o que falta mesmo é parar para ouvirmos o que nos vai na alma.
    Beijos mil

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