Me sento por aqui. Olho para lá da persiana que abri e fico a ver o vazio duma rua deserta. Estou com os braços cruzados, assim como quem está só à espera. Se o olhar tocasse eu diria que sentia os olhos dela sobre mim. Mas assim é só uma ideia que sinto. Mas sabe-me bem.
Termino o cigarro que cada vez mais me sabe pior, para além de tudo o resto.
Penso no que faço aqui de braços cruzados e olhar despido. Mentalmente lhe fixo os meus olhos nos dela. Descruzo os braços, me afasto da janela e tenho a sensação profunda da derrota.
Volto à janela assim como que a querer gravar este momento para a eternidade. Sinto-lhe o olhar. Deixo-me adormecer sobre a suave carícia deste imaginário olhar.
Termino o cigarro que cada vez mais me sabe pior, para além de tudo o resto.
Penso no que faço aqui de braços cruzados e olhar despido. Mentalmente lhe fixo os meus olhos nos dela. Descruzo os braços, me afasto da janela e tenho a sensação profunda da derrota.
Volto à janela assim como que a querer gravar este momento para a eternidade. Sinto-lhe o olhar. Deixo-me adormecer sobre a suave carícia deste imaginário olhar.
Sanzalando
Imagina só!
ResponderEliminarE se saíssemos por aí
fingindo que ainda somos crianças
e
sendo crianças, brincássemos o dia inteiro sem horário determinado para voltar.
Mas,
com um compromisso sério, mais que assumido, inadiável
de fazer um belo nada perfeito.
E quando cansássemos de tudo isso?
Tá bom,
poderíamos contar quantas coisas ridículas sabemos fazer e que não servem para nada e
quantas coisas deveríamos saber(dã), mas que não fazemos a menor idéia (2 X dã) e não vale justificar.
Poderíamos ficar horas olhando para o céu vendo as nuvens se transformando num cavalo, numa bota, numa borboleta, uma bruxinha feia ou bonita ou nem tanto...ou numa nuvem, só pra variar.
Se fôssemos uma folha, voando por aí sem rumo, alguém se importaria?
Acho que não!