E eu tremo de frio quando há pouco eu vivia sol e do sol.
Aqui, o zulmarinho não gela porém só de olhar para ele e me imaginar nele, tremo. Mas não lhe resisto mesmo que seja só no olhar. E aqui medito.
Ai, vida esta que me faz sorrir, que me faz dizer que faço agora porque não sei de daqui a pouco ainda cá estarei. Vivo-a com a intensidade que consigo, com sol ou frio, chuva ou nevoeiro. Importa? Sim, sim. Viver, mesmo que eu me tenha apaixonado milhões de vezes, mesmo que eu tenha desesperado outras tantas, só poucas vezes eu os vou recordar com nostalgia ou rancor. Mesmo que sofra de calafrios, mesmo que sonhe futuros, passados ou presentes, a vida que tenho é esta e com esta vivo-a.
Eu tremo de frio e medito quando se calhar me devia era deitar e dormir. Mas daqui a pouco posso não estar aqui e por isso vivo o agora e como me apetece. Não aprendi a despedir-me, nem de mim nem de ninguém porque eu não sei onde estarei daqui a pouco. Não me antecipo nem ao futuro nem ao passado presente em mim.
Um dia, se tiver que fazer balanço, contabilidade e escrita contabilística, ainda me vão perguntar qual foi o meu primeiro amor e o último, porque não. Não sei porque vivo hoje e não sei nada do daqui a pouco.
Sanzalando
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