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1 de novembro de 2020

mar de vida

E sem deixar o barco à deriva vou navegando lenta e calmamente.. Já me contei estórias para me lembrar de onde venho, o que fui fazendo, os portos por onde aportei e um dia escreverei estórias que realmente vivi sem me importar da felicidade que sempre procurei.
Não, não existe nenhuma raxa, fissura ou buraco por onde esteja a entrar água e eu me sinta a afundar. Simplesmente sei que não sou um barco totalmente à prova de água, que há coisas que podem acontecer, pessoas que chegam e partem, entendimentos que se desentendem, finais felizes que deixaram de o ser, cansaço, mágoas, tristezas e até frustrações, tudo coisas que podem alterar a flutuabilidade do meu barco. Eu não quero ver o meu barco no fundo porque seria o inevitável fim. Eu ainda quero escrever as estórias que me faltam, ainda quero viver a vida que me falta, ainda quero dar os abraços que me faltam.
É por tudo isto que eu navego lenta e calmamente por este mar de vida.



Sanzalando

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