Me sento num passeio que ladeia a minha rua. Olho para lado nenhum. Não vou meditar no zulmarinho porque até parece vai chover e se tem coisa que hoje nem me apetece é ficar molhado. Mesmo que eu pense que eu seja um plural de mim antigo, um abrigo de felicidade, uma bolha de liberdade, um ser inexistente, nada, não me apetece ficar molhado. Euforicamente medito sentado no passeio da minha rua porque posso voltar para dentro mal caia o primeiro pingo de chuva. A euforia vem da minha alegria interior, da minha sabedoria de mim, do meu aroma a mim mesmo, do ser diferente por ser plural. Um eu só é solitário demais para a minha alegria de ser feliz.
Sanzalando
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