Sentado no recreio do liceu estava eu matutando pensamentos e outras ilusões quando num repente pareceu ter havido um ciclone. Me falaste.
- Que fazes aqui tão quieto e sozinho?
Eu pensei que era mais um delírio mental duma juventude apaixonada. Mas te olhando eu vi que estavas ali e me falavas directamente. Só pode ser um vento do deserto a me fazer ter alucinações. Mas a realidade palpável era que eras mesmo tu.
Balbuciei que nada e sem mais força mental para travar a avalanche de pensamentos me fixei nos teu olhos e me calei.
Eras assim, imprevisível que de repente te preocupaste comigo. Eu, burro todos os dias, fiquei sem folego, sem palavras e se calhar sem sangue. Até hoje.
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