Da minha janela vejo muitas cores. O azul vindo do céu, o branco das nuvens, o verde das árvores, o negro do alcatrão e o portão castanho do vizinho. Da minha janela eu vejo um fragmento do mundo. Não do meu mundo que é bem maior que isso, mas do mundo todo. O outro mundo eu imagino. Este eu vejo. E às vezes ouço a mora do carteiro. Não espero carta e não sei se hoje ainda alguém escreve cartas. Mas tenho sempre a esperança que ele me traga alguma coisa. Quem sabe um dia ele traga uma com uma fotografia desde lá muito longe, onde ficou a minha infância e eu consiga assim ressuscitar a minha imaginação que se perdeu no calor do tempo.
Eu gosto de ver o pedaço de mundo da minha janela e gosto de sonhar com o resto do mundo que eu posso ter para lá deste fragmento.
Sanzalando
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