Procurando Emigração:
A nova emigração portuguesa é qualificada. Mais de metade dos emigrantes são jovens e completaram o ensino secundário ou superior.
Segundo o Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 52% dos 27 mil portugueses que emigraram em 2002, possui como habilitações o ensino secundário ou superior. As razões para esta vaga migratória são o aumento do desemprego e os baixos salários praticados no nosso país. Os destinos da emigração nacional não se alteraram muito. Suíça e França continuam como preferidos, seguindo-se uma novidade: a Espanha. De salientar que nestes emigrantes se incluem muitos investigadores, tornando este movimento um "braindrain", ou seja, uma perda de - massa cinzenta - nacional.
É preocupante verificar que enquanto exportamos mão-de-obra qualificada, importamos mão-de-obra barata e sem qualificações. Esta situação representa um passo atrás no desenvolvimento nacional.
Será que nos estudos de 2004/2005 encontraremos outros destinos que não os tradicionais?
Cada novo imigrante representa um contributo para o enriquecimento da sociedade de acolhimento. O problema é que frequentemente são logo despojados da sua identidade e cultura, acabando reduzidos a uma mera força de trabalho. O resultado final é um empobrecimento das pessoas e do seu contributo para as sociedades de acolhimento.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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30 de janeiro de 2005
Uma outra birra geladinha
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 17:38
Forum: Conversas de Café
E outras a seguir. Hoje é Domingo, mermão. Faz muito tempo que deixei de ir no santo sacrifício da saida da missa, pelo que a idade faz com que os olhos só comam mesmo o perfume e sabor do zulmarinho, a cabeça está em seu sítio, que é como quem diz que está em cima do pescoço.Vamos botar na goela as que couberem e não façam a gente deirar o resto nesse mar que nos separa mas nos une na ligação perfeita da descontinuidade do espaço.Pois, mermão, hoje que é Domingo, dia de bola talvez, ou não, vamos falar nos silêncios monossilábicos de um diálogo de surdos, cortado pelo olhar cumplíce da ideia certa que pensamos igual. Vamos, avilo, curtir sentados o aroma gelado com sabor a mar que vem desse zulmarinho que nos transporta nas ondas da imaginação até um porto seguro que fica mesmo lá no início dele. Sem tirar nem pôr. Vamos navegando na mágica ideia de uma teletransportação que nem filmes de fricção. Vamos curtir as loiras que têm a côr da areia do deserto que de tão vazio está que nem cheio de areia, mas não vamos permitir que ela entre na engrenagem da embraiagem que suporta a via da ilusão.Pois, mermão, hoje é Domingo. Dia de matiné num cinema qualquer num filme qualquer com música qualquer.Hoje é Domingo.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Forum: Conversas de Café
E outras a seguir. Hoje é Domingo, mermão. Faz muito tempo que deixei de ir no santo sacrifício da saida da missa, pelo que a idade faz com que os olhos só comam mesmo o perfume e sabor do zulmarinho, a cabeça está em seu sítio, que é como quem diz que está em cima do pescoço.Vamos botar na goela as que couberem e não façam a gente deirar o resto nesse mar que nos separa mas nos une na ligação perfeita da descontinuidade do espaço.Pois, mermão, hoje que é Domingo, dia de bola talvez, ou não, vamos falar nos silêncios monossilábicos de um diálogo de surdos, cortado pelo olhar cumplíce da ideia certa que pensamos igual. Vamos, avilo, curtir sentados o aroma gelado com sabor a mar que vem desse zulmarinho que nos transporta nas ondas da imaginação até um porto seguro que fica mesmo lá no início dele. Sem tirar nem pôr. Vamos navegando na mágica ideia de uma teletransportação que nem filmes de fricção. Vamos curtir as loiras que têm a côr da areia do deserto que de tão vazio está que nem cheio de areia, mas não vamos permitir que ela entre na engrenagem da embraiagem que suporta a via da ilusão.Pois, mermão, hoje é Domingo. Dia de matiné num cinema qualquer num filme qualquer com música qualquer.Hoje é Domingo.
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Carlos Carranca
Cajoão
Mermão,Enquanto não ganho coragem para soltar alguns escritos prórprios que aguardam o dia em que as bitolas vertidas me façam perder a vergonha de os ver soltos por estes monitores, pedi emprestadas algumas palavras a quem tem competência. São daquelas que eu gostaria de ter dito.
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares, advogado, escritor e jornalista
MARzé
__________________
Entre o Mar e o Deserto há gente.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares, advogado, escritor e jornalista
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Carlos Carranca
29 de janeiro de 2005
A Ana Clara Guerra Marques
"Fio": Ciranda da Bailarina
carranca
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Hoje, 15:07
Forum: Conversas de Café
Jamais necessitarei de dizer de quem eu gosto. Simplesmente gosto.
Esperei. Aguardei com vontade de ver onde este fio ia dar. Conclui que deu em lado nenhum, coisa que já vem sendo hábito.
Eu não gosto da pessoa X, por isso atacarei tudo o que se escrever sobre X.
Eu gosto da pessoa Y, por isso defenderei até me apetecer a pessoa Y.
Que se lixem os argumentos.
Neste caso concreto eu afirmo, e reafirmarei sempre que necessário fôr, que gosto da Ana Clara Guerra Marques - PWO - quer como pessoa quer como agente de cultura. Digam o que quizerem dizer, verdades ou mentiras, insultuosa ou cordialmente, não me fazem mudar de ideias, porque simplesmente gosto da Ana Clara Guerra Marques.
"Fio": aniversariantes de 29/01/05
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Hoje, 15:07
Forum: Conversas de Café
Jamais necessitarei de dizer de quem eu gosto. Simplesmente gosto.
Esperei. Aguardei com vontade de ver onde este fio ia dar. Conclui que deu em lado nenhum, coisa que já vem sendo hábito.
Eu não gosto da pessoa X, por isso atacarei tudo o que se escrever sobre X.
Eu gosto da pessoa Y, por isso defenderei até me apetecer a pessoa Y.
Que se lixem os argumentos.
Neste caso concreto eu afirmo, e reafirmarei sempre que necessário fôr, que gosto da Ana Clara Guerra Marques - PWO - quer como pessoa quer como agente de cultura. Digam o que quizerem dizer, verdades ou mentiras, insultuosa ou cordialmente, não me fazem mudar de ideias, porque simplesmente gosto da Ana Clara Guerra Marques.
"Fio": aniversariantes de 29/01/05
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Carlos Carranca
Monólogo entre mim e eu
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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28-01-2005 19:27
Forum: Conversas de Café
Mermão, com essa vergonha não vais longe pelo que hoje vou ficar aqui sentado fazendo companhia a mim mesmo.Estive a fazer um censo e conclui que na Luanda, que teimam de chamar Capital mas faz coisa que parece ser mais um montagal de confusão. Uma birra gelada para ludibriar o frio.E conclui na conclusão que afinal essa referida cuja cidade só tem é mesmo gente do mato. Os outros pocos que são mesmo da cidade, não são gente, são DIRIGENTE. Passam o tempo a dirigir mesmo o carro cheio de ar concessionado que nos dias tórridos saiem de lá parece piguins e nos dias frios saiem parecem pão quente.Mermão, conta as tuas palavras que são de sair da boca sem travão e com a ligeireza do teu saber. Agora tás na Capital e te pareces importante que nem rei no mato.Outro mermão, adiamos a conversa mas não a esquecemos. Uma loira gelada vou beber a pensar em tu que nem fosse eu mesmoMermã, muitos corações para ti tambem que hoje estou numa de amar. Amarei até que o coração pare.Conterra do início do zulmarinho te pensei em ti hoje que deves estar com orelhas quentes mas prontos sou assim que nem meço a força dos pensamentos.Prontos, inda dá tempo para ir no outro lado do zulmarinho e dar um abraço ao timoneiro da Magia e segurar no braço da Kadengue da minha idade e dar uma volta pelos sotãos da imaginação.Vou mesmo só sentir o perfume deste zulmarinho e dar de beber à dor de estar aqui a olhar para o início dele e ver que não estou só porque vos tenho. Não dou bolinhos de chocolate, mesmo em vocês que merecem. Foi um beijo especial para alguém especial.Monologuizei entre mim e eu e agora vou hipnotizar-me em loiras geladas e esperar os minutos que estão só mesmo de passagem porque eles são mas já eram.
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Carlos Carranca
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28-01-2005 19:27
Forum: Conversas de Café
Mermão, com essa vergonha não vais longe pelo que hoje vou ficar aqui sentado fazendo companhia a mim mesmo.Estive a fazer um censo e conclui que na Luanda, que teimam de chamar Capital mas faz coisa que parece ser mais um montagal de confusão. Uma birra gelada para ludibriar o frio.E conclui na conclusão que afinal essa referida cuja cidade só tem é mesmo gente do mato. Os outros pocos que são mesmo da cidade, não são gente, são DIRIGENTE. Passam o tempo a dirigir mesmo o carro cheio de ar concessionado que nos dias tórridos saiem de lá parece piguins e nos dias frios saiem parecem pão quente.Mermão, conta as tuas palavras que são de sair da boca sem travão e com a ligeireza do teu saber. Agora tás na Capital e te pareces importante que nem rei no mato.Outro mermão, adiamos a conversa mas não a esquecemos. Uma loira gelada vou beber a pensar em tu que nem fosse eu mesmoMermã, muitos corações para ti tambem que hoje estou numa de amar. Amarei até que o coração pare.Conterra do início do zulmarinho te pensei em ti hoje que deves estar com orelhas quentes mas prontos sou assim que nem meço a força dos pensamentos.Prontos, inda dá tempo para ir no outro lado do zulmarinho e dar um abraço ao timoneiro da Magia e segurar no braço da Kadengue da minha idade e dar uma volta pelos sotãos da imaginação.Vou mesmo só sentir o perfume deste zulmarinho e dar de beber à dor de estar aqui a olhar para o início dele e ver que não estou só porque vos tenho. Não dou bolinhos de chocolate, mesmo em vocês que merecem. Foi um beijo especial para alguém especial.Monologuizei entre mim e eu e agora vou hipnotizar-me em loiras geladas e esperar os minutos que estão só mesmo de passagem porque eles são mas já eram.
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Carlos Carranca
Uma birra feita fatasma
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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27-01-2005 19:47
Forum: Conversas de Café
Mermão, hoje falo contigo mas desconsegues ver-me. Estou na ganhuça, pelo que não posso estar na tua frente. Ainda vai aparecer alguém a dizer que sou trambiqueiro e outras coisas mais e sabes que eu sou sensível e depois perco a cabeça e lá vai o caldo para o chão e fico igual que nem eles. Assim, mermão, te falo através de um bilhete que deixo no quadro de cortiça dentro de um envelope aberto para não perderes tempo.Te falo, mermão, porque hoje sinto saudade de ser livre para ir ver o zulmarinho, sentir o perfume dele e olhar para o longe dele e ver que lá no início dele está o meu coração a bater.Te falo, mermão, porque quero sentir a loira escorrer na tua goela e refrescar a minha alma, já que hoje fico no delirium.Te abraço, mermão, estendendo esta pequena folha de papel em volta do teu pescoço.
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Carlos Carranca
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27-01-2005 19:47
Forum: Conversas de Café
Mermão, hoje falo contigo mas desconsegues ver-me. Estou na ganhuça, pelo que não posso estar na tua frente. Ainda vai aparecer alguém a dizer que sou trambiqueiro e outras coisas mais e sabes que eu sou sensível e depois perco a cabeça e lá vai o caldo para o chão e fico igual que nem eles. Assim, mermão, te falo através de um bilhete que deixo no quadro de cortiça dentro de um envelope aberto para não perderes tempo.Te falo, mermão, porque hoje sinto saudade de ser livre para ir ver o zulmarinho, sentir o perfume dele e olhar para o longe dele e ver que lá no início dele está o meu coração a bater.Te falo, mermão, porque quero sentir a loira escorrer na tua goela e refrescar a minha alma, já que hoje fico no delirium.Te abraço, mermão, estendendo esta pequena folha de papel em volta do teu pescoço.
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Carlos Carranca
Danço no corpo
"Fio": DISCURSOS SOBRE O CORPO (29 de Abril - Dia Mundial da Dança)
carranca
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26-01-2005 16:02
Forum: Conversas de Café
Sigo o curso do corpo
forma de rio
suave
Danço
pareço morto
no voo duma ave
Sem peso
mas com forma
levito
Tremulo de frio
danço
no corpo de
um rio
manso.
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Carlos Carranca
carranca
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26-01-2005 16:02
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Sigo o curso do corpo
forma de rio
suave
Danço
pareço morto
no voo duma ave
Sem peso
mas com forma
levito
Tremulo de frio
danço
no corpo de
um rio
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26 de janeiro de 2005
Cancro da prótata
"Fio": Temas diversos
carranca
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Fernando Hoje, 15:15
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Mais uma vez os meus parabens por teres aberto um fio INTELIGENTE. Começo por manifestar a minha ignorância no bullying - palavra que não fazia parte do meu léxico. Gostei, aprendi e quero aprender mais.Prostata...antes achava que aos 45 anos se devia fazer toda a panóplia de exames, para se ter valores normais e comparaveis para um futuro. Com o crescer da idade, da minha claro, sou da opinião que se deve inciar aos 50 os referidos estudos, mas posso mudar de ideias outra vez, mais lá para a frente se verá.O prostate-specific antigen (PSA) infelizmente não é uma enzima específica do cancro da próstata. Ele tambem se apresenta elevado na prostatite - processo inflamatório; na Hipertrofia Benigna e em outras situações está normal apesar de haver cancro da próstata. Portanto é um exame falível e com tal não confiável. O toque prostático - toque rectal é mais de cirurgião e não serve só para fazer o exame da próstata - é seguramente um exame mais indicador e deve ser o primeiro a ser feito, seguindo-se a ecografia transrectal - este talvez mais 'dificil' de ser feito, olha se põem umas pilhas naquilo....- é dos exames que apresentam uma maior acuidade. Após a Prostatectomia pode haver uma dificulade da erecção, mas antes isso que uma horizontalização permanete antecedida de um sofrimento prolongado.
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Carlos Carranca
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Fernando Hoje, 15:15
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Mais uma vez os meus parabens por teres aberto um fio INTELIGENTE. Começo por manifestar a minha ignorância no bullying - palavra que não fazia parte do meu léxico. Gostei, aprendi e quero aprender mais.Prostata...antes achava que aos 45 anos se devia fazer toda a panóplia de exames, para se ter valores normais e comparaveis para um futuro. Com o crescer da idade, da minha claro, sou da opinião que se deve inciar aos 50 os referidos estudos, mas posso mudar de ideias outra vez, mais lá para a frente se verá.O prostate-specific antigen (PSA) infelizmente não é uma enzima específica do cancro da próstata. Ele tambem se apresenta elevado na prostatite - processo inflamatório; na Hipertrofia Benigna e em outras situações está normal apesar de haver cancro da próstata. Portanto é um exame falível e com tal não confiável. O toque prostático - toque rectal é mais de cirurgião e não serve só para fazer o exame da próstata - é seguramente um exame mais indicador e deve ser o primeiro a ser feito, seguindo-se a ecografia transrectal - este talvez mais 'dificil' de ser feito, olha se põem umas pilhas naquilo....- é dos exames que apresentam uma maior acuidade. Após a Prostatectomia pode haver uma dificulade da erecção, mas antes isso que uma horizontalização permanete antecedida de um sofrimento prolongado.
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Carlos Carranca
Serenidade
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 14:56
Forum: Conversas de Café
Mermão, agarrados a estas birras geladas, trocando palavras, esquecemos que existe um início e nunca um fim, porque me disseram que acabar é morrer por isso desconheço o fim. Vamos trocando palavras, algumas soltas e outras amarradas em preconceitos, defeitos e sem jeitos, sempre na esperança de chegarmos ao início desse zulmarinho que me perfuma e me faz descançar o cérebro.Mermão, manda vir mais birras loiras e geladas para aquecermos o sangue que está frio da osmose simbiótica do polo norte. Imagina só, mermão, se o polo não tinha norte e andava na deriva... Imagina, mermão, de tronco nú, mostrando a forma escultural de um corpo flácido e quase transparente de falta de sol, a levar com um vento polar sem destino. Aí sim, mermão, estavas no fim porque tinhas acabado. Mas estás aqui a soltar palavras comigo num nexo que às vezes deixa preplexo a conjuntura desconjuntada de um pensamento não pensado.Manda vir mais, mermão, que as palavras ainda saiem soltas.Mermão, faz de conta que tens um número de telefone que te pode abrir portas que pensas estão fechadas por cadeados invisíveis na tentativa de deixar crescer mas cuidado que não podes ser mais alto que eu, esperas que ele toque e ficas hipnotizado nos números que seguem sucessivamente marcando os minutos e se mantem o silêncio. Mermão, é sempre assim um início. Nervosa e ansiosamente o início parece não ter pressa de começar.Mas, mermão, sempre tem um início que pode é começar mais tarde. Mas que tem tem. Escreve aí que eu escrevo aqui nos meus neurónios possidónicos.Até lá, mermão, vou escrevendo cartas com água do zulmarinho na esperança que as letras cheguem lá no início dele e a conterra as possa apanhar e pôr no peito aconchegando de mimos. Desculpa, mermão se te roubei o tempo que não é precioso porque o tempo passa para todos na velocidade dele.Bebe e paga que como sabes eu só posso mesmo é beber que pagar te deixo a ti, com sempre.
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Carlos Carranca
carranca
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Hoje, 14:56
Forum: Conversas de Café
Mermão, agarrados a estas birras geladas, trocando palavras, esquecemos que existe um início e nunca um fim, porque me disseram que acabar é morrer por isso desconheço o fim. Vamos trocando palavras, algumas soltas e outras amarradas em preconceitos, defeitos e sem jeitos, sempre na esperança de chegarmos ao início desse zulmarinho que me perfuma e me faz descançar o cérebro.Mermão, manda vir mais birras loiras e geladas para aquecermos o sangue que está frio da osmose simbiótica do polo norte. Imagina só, mermão, se o polo não tinha norte e andava na deriva... Imagina, mermão, de tronco nú, mostrando a forma escultural de um corpo flácido e quase transparente de falta de sol, a levar com um vento polar sem destino. Aí sim, mermão, estavas no fim porque tinhas acabado. Mas estás aqui a soltar palavras comigo num nexo que às vezes deixa preplexo a conjuntura desconjuntada de um pensamento não pensado.Manda vir mais, mermão, que as palavras ainda saiem soltas.Mermão, faz de conta que tens um número de telefone que te pode abrir portas que pensas estão fechadas por cadeados invisíveis na tentativa de deixar crescer mas cuidado que não podes ser mais alto que eu, esperas que ele toque e ficas hipnotizado nos números que seguem sucessivamente marcando os minutos e se mantem o silêncio. Mermão, é sempre assim um início. Nervosa e ansiosamente o início parece não ter pressa de começar.Mas, mermão, sempre tem um início que pode é começar mais tarde. Mas que tem tem. Escreve aí que eu escrevo aqui nos meus neurónios possidónicos.Até lá, mermão, vou escrevendo cartas com água do zulmarinho na esperança que as letras cheguem lá no início dele e a conterra as possa apanhar e pôr no peito aconchegando de mimos. Desculpa, mermão se te roubei o tempo que não é precioso porque o tempo passa para todos na velocidade dele.Bebe e paga que como sabes eu só posso mesmo é beber que pagar te deixo a ti, com sempre.
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Carlos Carranca
de birra em birra até à birra final
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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24-01-2005 21:39
Forum: Conversas de Café
Senta, mermão, que hoje me sento contigo, sentindo o perfume do zulmarinho que está quase branco de gelo. Eles disseram que vinha aí uma vaga de frio e eu estou a ver o mar tão calmo que acho que congelou. Mas mermão, se ele congelar eu arranco a correr por cima dele até chegar no início dele e vais ver que ninguém me segura na velocidade. Só páro mesmo para molhar a goela numa birra geladinha para arrefecer os sangue que vai ferver. Também vou parar para acenar nos que vão na Magia. Estou certo que nem tu imaginas. Vais ver num telejornal qualquer que viram passar um cometa deslizando sobre o gelo do zulmarinho e aí tu só podes pensar foi mesmo este termão. Vamos beber, mermão, e esperar que isso aconteça.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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24-01-2005 21:39
Forum: Conversas de Café
Senta, mermão, que hoje me sento contigo, sentindo o perfume do zulmarinho que está quase branco de gelo. Eles disseram que vinha aí uma vaga de frio e eu estou a ver o mar tão calmo que acho que congelou. Mas mermão, se ele congelar eu arranco a correr por cima dele até chegar no início dele e vais ver que ninguém me segura na velocidade. Só páro mesmo para molhar a goela numa birra geladinha para arrefecer os sangue que vai ferver. Também vou parar para acenar nos que vão na Magia. Estou certo que nem tu imaginas. Vais ver num telejornal qualquer que viram passar um cometa deslizando sobre o gelo do zulmarinho e aí tu só podes pensar foi mesmo este termão. Vamos beber, mermão, e esperar que isso aconteça.
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Carlos Carranca
Uma carta
"Fio": Portugal Moribundo
carranca
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24-01-2005 21:29
Forum: Conversas de Café
Não sou contra ninguém, porque há alguns 'alguéns' que para mim simplesmente não exitem. É uma questão de feitio, que tento emendar mas desconsigo. No entanto posso adiantar que 'ainda' não é o seu caso, apesar de que acho maçador o que escreve, por ser demasiado extenso, o que me leva a ler a espaços e não com a regularidade que talvez merecesse, ou não. Como vê não tenho uma opinião formada.Mas escrevo-lhe hoje porque lhe li numa mensagem atrás que os médicos isto e aquilo... Pois bem, hoje respondo-lhe a uma questão directa. Não há guerra contra médicos espanhois. Há no entanto que ter em atenção que os médicos espanhois que trabalham em Portugal são os que não conseguiram trabalho em Espanha, pois na primeira oportunidade eles regressam. Mais lhe digo que gosto muito de trabalhar com os que trabalham comigo, numa equipa onde por acaso portugueses de Portugal só existem dois, sendo os restantes 16 - falo da minha equipa de urgência - têm nacionalidades várias, desde Guineenses, Caboverdianos. Brasileiros, Espanhois e de coração Angolanos.Quanto ao facto de não haver processos de médicos contra médicos e etc. e tal, aconselho a fazer uma pesquiza no Tribunal de Portimão e talvez mude de opinião ou de saber.Quanto ao que se passou sobre a sua esposa não tenho opinião porque não sei o caso em concreto nem em forma alguma, no entanto se algum dia quizer ouvir a minha opinião estou á sua inteira disposição.Acho contudo de um 'fundamentalismo radical' essa sua cruzada contra médicos. Não generalize a infima parte do que conhece!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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24-01-2005 21:29
Forum: Conversas de Café
Não sou contra ninguém, porque há alguns 'alguéns' que para mim simplesmente não exitem. É uma questão de feitio, que tento emendar mas desconsigo. No entanto posso adiantar que 'ainda' não é o seu caso, apesar de que acho maçador o que escreve, por ser demasiado extenso, o que me leva a ler a espaços e não com a regularidade que talvez merecesse, ou não. Como vê não tenho uma opinião formada.Mas escrevo-lhe hoje porque lhe li numa mensagem atrás que os médicos isto e aquilo... Pois bem, hoje respondo-lhe a uma questão directa. Não há guerra contra médicos espanhois. Há no entanto que ter em atenção que os médicos espanhois que trabalham em Portugal são os que não conseguiram trabalho em Espanha, pois na primeira oportunidade eles regressam. Mais lhe digo que gosto muito de trabalhar com os que trabalham comigo, numa equipa onde por acaso portugueses de Portugal só existem dois, sendo os restantes 16 - falo da minha equipa de urgência - têm nacionalidades várias, desde Guineenses, Caboverdianos. Brasileiros, Espanhois e de coração Angolanos.Quanto ao facto de não haver processos de médicos contra médicos e etc. e tal, aconselho a fazer uma pesquiza no Tribunal de Portimão e talvez mude de opinião ou de saber.Quanto ao que se passou sobre a sua esposa não tenho opinião porque não sei o caso em concreto nem em forma alguma, no entanto se algum dia quizer ouvir a minha opinião estou á sua inteira disposição.Acho contudo de um 'fundamentalismo radical' essa sua cruzada contra médicos. Não generalize a infima parte do que conhece!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
23 de janeiro de 2005
No alto do mar
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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No alto do mar Hoje, 18:59
Forum: Conversas de Café
Pois é, mermão, hoje te converso com o meu silêncio.Ficas sentado a olhar para a linha recta que é curva e vais ver no meio da escuridão da noite uma chata a balouçar suave e docemente como que pairando sobre o zulmarinho e nela vou estar eu. Eu e a minha caixa geleira cheia de birras geladas, namorando as estrelas, ouvindo o canto das sereias e sonhando no silêncio de vozes que por mais que gritam não chegam ao céu.Mermão, bebe e se me ouvires é porque estás na mesma onda que eu, estamos em sintonia como no antigamente do rádio, companheiros da noite solidária.Ergo uma lata gelada para ti, mermão, que estás on-line, como é moda agora dizer. Navegas com os olhos no zulmarinho e me vês imitando ou ensaiando a partida. Lágrima substitui um sorriso de alegria, o lenço branco é substituido por um longo assobio que chega na bola redonda que é o reflexo do início desse mar.
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Carlos Carranca
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No alto do mar Hoje, 18:59
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Pois é, mermão, hoje te converso com o meu silêncio.Ficas sentado a olhar para a linha recta que é curva e vais ver no meio da escuridão da noite uma chata a balouçar suave e docemente como que pairando sobre o zulmarinho e nela vou estar eu. Eu e a minha caixa geleira cheia de birras geladas, namorando as estrelas, ouvindo o canto das sereias e sonhando no silêncio de vozes que por mais que gritam não chegam ao céu.Mermão, bebe e se me ouvires é porque estás na mesma onda que eu, estamos em sintonia como no antigamente do rádio, companheiros da noite solidária.Ergo uma lata gelada para ti, mermão, que estás on-line, como é moda agora dizer. Navegas com os olhos no zulmarinho e me vês imitando ou ensaiando a partida. Lágrima substitui um sorriso de alegria, o lenço branco é substituido por um longo assobio que chega na bola redonda que é o reflexo do início desse mar.
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Carlos Carranca
De costas não deu para ver
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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De costas não deu para ver 22-01-2005 18:06
Forum: Conversas de Café
Pois é, mermã, de costas não tinha dado para ver um quadro de cortiça com papelinhos de muitas cores ali colados com pioneses, aquelas coisas parecidas com smarties mas com pico parece ter tomado o comprimido azul. Que sabes, eu bebo e falo muito mas vejo pouco. Mas vou ficar com mais atenção nos papelinhos, não vá ainda precisar de um contador de estórias que me embale nas noites de solidão solidária da noite.Pois é, mermã, nas vezes que sunguilamos e não te apanhamos na linha, parece tás com medo vem comboio. Outras vezes, mermã, tens lá ninguém que mal entras monólogas contigo mesmo que desmotivas a vontade de voltar mais logo. Sabes, mermã, se depois dos que fazem anos aparecesse o nome dos sunguilas eu ficava a saber a hora de te poder bajular na tua aurea de imaginação apelativa e inspiradora de estórias que aprecias ouvir contar-te. Prontos, falei e disse, agora paga as minhas loiras que está na hora de olear a garganta para falar-te mais fundo do coração.
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Carlos Carranca
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De costas não deu para ver 22-01-2005 18:06
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Pois é, mermã, de costas não tinha dado para ver um quadro de cortiça com papelinhos de muitas cores ali colados com pioneses, aquelas coisas parecidas com smarties mas com pico parece ter tomado o comprimido azul. Que sabes, eu bebo e falo muito mas vejo pouco. Mas vou ficar com mais atenção nos papelinhos, não vá ainda precisar de um contador de estórias que me embale nas noites de solidão solidária da noite.Pois é, mermã, nas vezes que sunguilamos e não te apanhamos na linha, parece tás com medo vem comboio. Outras vezes, mermã, tens lá ninguém que mal entras monólogas contigo mesmo que desmotivas a vontade de voltar mais logo. Sabes, mermã, se depois dos que fazem anos aparecesse o nome dos sunguilas eu ficava a saber a hora de te poder bajular na tua aurea de imaginação apelativa e inspiradora de estórias que aprecias ouvir contar-te. Prontos, falei e disse, agora paga as minhas loiras que está na hora de olear a garganta para falar-te mais fundo do coração.
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Carlos Carranca
21 de janeiro de 2005
3 razões
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 16:52
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Avilo, hoje te vou olhar olhos nos olhos e falar sério que te vai parecer que caiu um armário qualquer na minha cabeça. Mas, avilo, aqui sentado frente deste zulmarinho, sentindo o perfume a marzia, vendo esse verdezul a brilhar nos raios do sol me te apetece perguntar:Por que devemos sair da zona de conforto? De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas. (Will Rogers) Agora que fiz citação, que te pareço um gajo culto, avilo, enquanto bebo umas e outras birras geladas te vou discursar parece sou político e te dizer da minha justiça que te pode parecer injusto mas que foi assim que pensei e por isso te digo.TRÊS BOAS RAZÕES PARA SAIRES DE TUA ZONA DE CONFORTO: A primeira razão é que serás obrigado a sair um dia, por mais que resistas. Ninguém passa a vida inteira sem encontrar dificuldades. A incerteza é uma coisa da vida, te dizendo mesmoque é a única coisa da qual podemos ter certeza. Não temos de nos entregar a precipitações óbvias ou riscos derrotistas, mas podemos permitir a nós correr riscos positivos em busca de crescimento e progresso. Não podemos simplesmente optar por uma vida calma, sem nenhuma turbulência. Olha só esse zulmarinho que te parece mar chão e cada vez lhe passa coisas nas ondas que ele diaboliza num inferno de estragos. Algum dia, avilo, num lugar, algo nos fará passar por um teste para o qual não estamos preparados e que gostaríamos de não ter de enfrentar. Corre riscos. Não esperes sempre por uma garantia. A gente não tem de ouvir: - Eu não disse?. Depois de um erro, sacode o pó e caminha em frente rumo ao sucesso. A segunda razão, avilo, é que, como seres humanos, aqueles que pensam, acredito que procuramos maneiras de nos refinar e melhorar. Temos, dentro de nós, a capacidade e o desejo poderoso de melhorar o nosso caso concreto. E só podemos fazer isso se nos esforçarmos e testarmos. Experimenta, avilo. Tenta algo novo. Dá mais um passo, mas em frente, desviando do abismo se lhe vires directamente a cara.Avilo. quando éramos crianças, muitos de nós fomos proibidos do direito de experimentar. Como adultos não é diferente; continuamo-nos proibindo deste direito, de levantar a cabeça e rumar direitos ao desconhecido. Avilo, permite-te provar coisas novas. Deixe-te tentar por algo novo. Avilo, poderás cometer erros, mas a partir desses erros conhecerás quais são es teus valores. Algumas coisas não apreciaremos, avilo. Isso é bom, pois saberemos um pouco mais sobre quem somos e do que não gostamos. Ficamo-nos a conhecer a nós que nem outros imaginam que nos conhecemos.Outras coisas serão apreciadas. Elas funcionarão com nossos valores, com quem somos e contribuirão com a descoberta de coisas importantes e enriquecedoras para nossa vida. Manda vir mais outras, avilo que te falta dizer a terceira razão e estou com a goela assim como a areia do deserto.A terceira razão,avilo, pelo qual tu deves sair da tua zona de conforto é simplesmente que tua vida se tornará muito mais interessante. Sei que tu não queres uma vida monótona ou previsível, assim como vem nos catálogos das compras. Te lembra, avilo, que quem leva uma vida segura e previsível nunca saberá que pessoa extraordinária realmente é. Torna desafiadoras as circunstâncias de tua vida para que tua grandeza possa subir à superfície e ser vista por ti, sentida por ti e também por aqueles que estão na tua roda.Aventura-te e segue o teu rumo como se vivesses numa viagem sem rumo.Avilo, te deixo na meditação enquanto eu vou na deitação, levando uma loira gelada para me acompanhar até os olhos não poderem estar mais abertos.
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Carlos Carranca
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Avilo, hoje te vou olhar olhos nos olhos e falar sério que te vai parecer que caiu um armário qualquer na minha cabeça. Mas, avilo, aqui sentado frente deste zulmarinho, sentindo o perfume a marzia, vendo esse verdezul a brilhar nos raios do sol me te apetece perguntar:Por que devemos sair da zona de conforto? De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas. (Will Rogers) Agora que fiz citação, que te pareço um gajo culto, avilo, enquanto bebo umas e outras birras geladas te vou discursar parece sou político e te dizer da minha justiça que te pode parecer injusto mas que foi assim que pensei e por isso te digo.TRÊS BOAS RAZÕES PARA SAIRES DE TUA ZONA DE CONFORTO: A primeira razão é que serás obrigado a sair um dia, por mais que resistas. Ninguém passa a vida inteira sem encontrar dificuldades. A incerteza é uma coisa da vida, te dizendo mesmoque é a única coisa da qual podemos ter certeza. Não temos de nos entregar a precipitações óbvias ou riscos derrotistas, mas podemos permitir a nós correr riscos positivos em busca de crescimento e progresso. Não podemos simplesmente optar por uma vida calma, sem nenhuma turbulência. Olha só esse zulmarinho que te parece mar chão e cada vez lhe passa coisas nas ondas que ele diaboliza num inferno de estragos. Algum dia, avilo, num lugar, algo nos fará passar por um teste para o qual não estamos preparados e que gostaríamos de não ter de enfrentar. Corre riscos. Não esperes sempre por uma garantia. A gente não tem de ouvir: - Eu não disse?. Depois de um erro, sacode o pó e caminha em frente rumo ao sucesso. A segunda razão, avilo, é que, como seres humanos, aqueles que pensam, acredito que procuramos maneiras de nos refinar e melhorar. Temos, dentro de nós, a capacidade e o desejo poderoso de melhorar o nosso caso concreto. E só podemos fazer isso se nos esforçarmos e testarmos. Experimenta, avilo. Tenta algo novo. Dá mais um passo, mas em frente, desviando do abismo se lhe vires directamente a cara.Avilo. quando éramos crianças, muitos de nós fomos proibidos do direito de experimentar. Como adultos não é diferente; continuamo-nos proibindo deste direito, de levantar a cabeça e rumar direitos ao desconhecido. Avilo, permite-te provar coisas novas. Deixe-te tentar por algo novo. Avilo, poderás cometer erros, mas a partir desses erros conhecerás quais são es teus valores. Algumas coisas não apreciaremos, avilo. Isso é bom, pois saberemos um pouco mais sobre quem somos e do que não gostamos. Ficamo-nos a conhecer a nós que nem outros imaginam que nos conhecemos.Outras coisas serão apreciadas. Elas funcionarão com nossos valores, com quem somos e contribuirão com a descoberta de coisas importantes e enriquecedoras para nossa vida. Manda vir mais outras, avilo que te falta dizer a terceira razão e estou com a goela assim como a areia do deserto.A terceira razão,avilo, pelo qual tu deves sair da tua zona de conforto é simplesmente que tua vida se tornará muito mais interessante. Sei que tu não queres uma vida monótona ou previsível, assim como vem nos catálogos das compras. Te lembra, avilo, que quem leva uma vida segura e previsível nunca saberá que pessoa extraordinária realmente é. Torna desafiadoras as circunstâncias de tua vida para que tua grandeza possa subir à superfície e ser vista por ti, sentida por ti e também por aqueles que estão na tua roda.Aventura-te e segue o teu rumo como se vivesses numa viagem sem rumo.Avilo, te deixo na meditação enquanto eu vou na deitação, levando uma loira gelada para me acompanhar até os olhos não poderem estar mais abertos.
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Carlos Carranca
Acorda, mermão
"Fio": Um café na Esplanada
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Mermão, acorda 20-01-2005 20:08
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Mermão, tás a bocejar ou quê? Só porque estou de costas a falar contigo tu já estás como que querer dormir. Bochecha com água de zulmarinho que te ajuda a limpar as vias nazais e te desinfecta a boca do sono que estás a praguejar na sonoridade espreguiçadeira de estar assim como que meio vivo na morte do sono.Pois é, mermão, eu vou bebendo as que pagas e te vou mostrando que existe um início do zulmarinho. Um zulmarinho que não tem doenças coronárias, lhe falta o estresse de ser um gelo de estar, uma mornice de ver se amanhã faço o que devia ter feito ontem, a quentura de ver as muitas cores dizer as mesas coisas nas caras diferentes.A birra gelada sabe melhor se fôr acompanhada com o perfume do início desse zulmarinho.
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Carlos Carranca
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Mermão, acorda 20-01-2005 20:08
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Mermão, tás a bocejar ou quê? Só porque estou de costas a falar contigo tu já estás como que querer dormir. Bochecha com água de zulmarinho que te ajuda a limpar as vias nazais e te desinfecta a boca do sono que estás a praguejar na sonoridade espreguiçadeira de estar assim como que meio vivo na morte do sono.Pois é, mermão, eu vou bebendo as que pagas e te vou mostrando que existe um início do zulmarinho. Um zulmarinho que não tem doenças coronárias, lhe falta o estresse de ser um gelo de estar, uma mornice de ver se amanhã faço o que devia ter feito ontem, a quentura de ver as muitas cores dizer as mesas coisas nas caras diferentes.A birra gelada sabe melhor se fôr acompanhada com o perfume do início desse zulmarinho.
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Carlos Carranca
19 de janeiro de 2005
Continuo no parapeito
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 19:49
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Mermão, desculpa só mesmo continuar de costas a olhar o zulmarinho, bebendo umas e outras birras bem geladinhas.Não, mermão, não estou doente, não estou cansado, não tenho xateação com ninguém. Quero mesmo, mermão, olhar só na linha recta que é curva do horizonte e ver se consigo alcançar o início deste zulmarinho que é a minha perdição de alegria e de sonho que comanda a vida.Tás a perfuntar, avilo, se este zulmarinho não é do meu gosto. Te desconsigo dizer que não gosto dele, prefiro mesmo é só o início dele. Tás a perguntar, avilo, se eu tenho alguma coisa contra esta areia que o zulmarinho acaricia. Te respondo, mermão, que nada tenho contra ela, que só lhe posso querer bem. Mas, mermão, gostar gostar é mesmo da areia que está lá no início deste zulmarinho. Vê se comprendes, mermão, gostar muito de uma coisa não obriga a ter raiva ou não gostar de outra. São coisas, mermão, que o coração sente e transmite lá na massa cinzenta e custa depois a passar para a mão e escrever. Mermão, é só sentimento.Olha só a côr deste zulmarinho. Pode ser igual, mermão, mas eu gosto mais da côr do início dele. Que lhe posso fazer?Mermão, manda aí mais uma geladinha que a goela secou. Dá um aperto no peito. É sentimento, mermão. Se calhar é mesmo paixão.Mermão, enquanto fico aqui no parapeito olhando a linha recta que é curva, bebendo umas e outras, vou imaginando degraus a ultrapassar para ver de perto o início deste zulmarinho.
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Carlos Carranca
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Mermão, desculpa só mesmo continuar de costas a olhar o zulmarinho, bebendo umas e outras birras bem geladinhas.Não, mermão, não estou doente, não estou cansado, não tenho xateação com ninguém. Quero mesmo, mermão, olhar só na linha recta que é curva do horizonte e ver se consigo alcançar o início deste zulmarinho que é a minha perdição de alegria e de sonho que comanda a vida.Tás a perfuntar, avilo, se este zulmarinho não é do meu gosto. Te desconsigo dizer que não gosto dele, prefiro mesmo é só o início dele. Tás a perguntar, avilo, se eu tenho alguma coisa contra esta areia que o zulmarinho acaricia. Te respondo, mermão, que nada tenho contra ela, que só lhe posso querer bem. Mas, mermão, gostar gostar é mesmo da areia que está lá no início deste zulmarinho. Vê se comprendes, mermão, gostar muito de uma coisa não obriga a ter raiva ou não gostar de outra. São coisas, mermão, que o coração sente e transmite lá na massa cinzenta e custa depois a passar para a mão e escrever. Mermão, é só sentimento.Olha só a côr deste zulmarinho. Pode ser igual, mermão, mas eu gosto mais da côr do início dele. Que lhe posso fazer?Mermão, manda aí mais uma geladinha que a goela secou. Dá um aperto no peito. É sentimento, mermão. Se calhar é mesmo paixão.Mermão, enquanto fico aqui no parapeito olhando a linha recta que é curva, bebendo umas e outras, vou imaginando degraus a ultrapassar para ver de perto o início deste zulmarinho.
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Um pôr-do-Sol
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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18-01-2005 18:27
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Senta aqui, mermão. Fica aí sentado que eu hoje fico em pé olhando o pôr-so-sol. Mas desquece de pedir as birras geladas, pelo menos a minha.Porque te falo de costas? Mermão, tem dias que não apetece nem mostrar a cara. Tem dias que a gente fala, fala, fala e não diz mesmo nada. Assim, mermão, para quê dar a cara? Olha aí só nessas mesas à volta. Se fosse gira-discos daqueles de discos pretos de 45 ou 33 voltinhas num minuto, petecia dizer mesmo que estava riscado de alto a baixo. Lhes ouves as conversas? Pois vais ver as palavras estão que nem cheias de teia de aranha. Ouve-lhes os palavrões, os gritos, lhes vês os gestos? Parece uma peça de teatro em cena vai para muitos anos. Me petece mesmo dizer que não convertem o Papa ao Islão.Manda aí outra, mermão.Pois é, mermão há dias que petece mesmo virar as costas e ficar a sentir o perfume que vem desse zulmarinho que tem agora tons de dourado por causa do sol que está a se deitar nele, apontado o início dele mesmo.Mermão, essa algazarra toda que tás a ouvir e que desliguei me fez lembrar uma coisa que te conto à minha maneira porque não sei contar colado com cuspe."Uma dona está na cozinha, a fazer um ovo estrelado, serena, pensando em num sei lá o quê mesmo, quando o marido chega e começa a lhe gritar:- Cuidado! Cuidado! Joga mais óleo! Antes que ela tivesse tempo de fazer ou dizer mesmo alguma coisa, ele continuou: - Vai colar no fundo! TEM CUIDADO! Vira, vira, vira! A mulher começou a ficar nervosa e ele continuava: - Olha o cabo da frigideira! Meu Deus! O sal! Não te esqueças do sal! Então ela protesta: - Ouve aqui mesmo! Por acaso tu achas que eu não sei fritar um ovo? - Eu sei que tu sabes, meu doce - respondeu ele - Eu só quero que tu saibas como eu me sinto quando conduzo e tu estás do meu lado!"Pois, mermão, a vida tem dessas coisas, por mais que expliques tem bué que desconsegue ver mais além que o umbigo herniado do egocentrismo académico. Pois é, não sei o que te disse mas cheirou a bonito.Manda lá vir uma outra birra geladinha, aqui para o parapeito da esplanada que parece quer entrar no zulmarinho.
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Carlos Carranca
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18-01-2005 18:27
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Senta aqui, mermão. Fica aí sentado que eu hoje fico em pé olhando o pôr-so-sol. Mas desquece de pedir as birras geladas, pelo menos a minha.Porque te falo de costas? Mermão, tem dias que não apetece nem mostrar a cara. Tem dias que a gente fala, fala, fala e não diz mesmo nada. Assim, mermão, para quê dar a cara? Olha aí só nessas mesas à volta. Se fosse gira-discos daqueles de discos pretos de 45 ou 33 voltinhas num minuto, petecia dizer mesmo que estava riscado de alto a baixo. Lhes ouves as conversas? Pois vais ver as palavras estão que nem cheias de teia de aranha. Ouve-lhes os palavrões, os gritos, lhes vês os gestos? Parece uma peça de teatro em cena vai para muitos anos. Me petece mesmo dizer que não convertem o Papa ao Islão.Manda aí outra, mermão.Pois é, mermão há dias que petece mesmo virar as costas e ficar a sentir o perfume que vem desse zulmarinho que tem agora tons de dourado por causa do sol que está a se deitar nele, apontado o início dele mesmo.Mermão, essa algazarra toda que tás a ouvir e que desliguei me fez lembrar uma coisa que te conto à minha maneira porque não sei contar colado com cuspe."Uma dona está na cozinha, a fazer um ovo estrelado, serena, pensando em num sei lá o quê mesmo, quando o marido chega e começa a lhe gritar:- Cuidado! Cuidado! Joga mais óleo! Antes que ela tivesse tempo de fazer ou dizer mesmo alguma coisa, ele continuou: - Vai colar no fundo! TEM CUIDADO! Vira, vira, vira! A mulher começou a ficar nervosa e ele continuava: - Olha o cabo da frigideira! Meu Deus! O sal! Não te esqueças do sal! Então ela protesta: - Ouve aqui mesmo! Por acaso tu achas que eu não sei fritar um ovo? - Eu sei que tu sabes, meu doce - respondeu ele - Eu só quero que tu saibas como eu me sinto quando conduzo e tu estás do meu lado!"Pois, mermão, a vida tem dessas coisas, por mais que expliques tem bué que desconsegue ver mais além que o umbigo herniado do egocentrismo académico. Pois é, não sei o que te disse mas cheirou a bonito.Manda lá vir uma outra birra geladinha, aqui para o parapeito da esplanada que parece quer entrar no zulmarinho.
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Carlos Carranca
15 de janeiro de 2005
Vamos nessa onda
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Vamos nessa Hoje, 22:56
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Não, não é a Vanessa. Vamos só nessa onda de loiras, umas atrás de outras que o tempo esfriado tem de ser aquecido por dentro. Vamos, mermão, seguir o rumo dos perdidos no deserto com um porto por aqui, ou por ali, tão perto.Vês, mermão, que nós aqui sentados, varrendo para dentro de nós essas birras geladinhas, ficamos a falar, falar que se fossemos mesmo italianos já lá estavamos no início desse zulmarinho.Mas, mermão, seguindo a Magia nós estamos lá, o timoneiro nos indica o caminho e a gente não lhe dá trégua para ele não adormecer e perder a gente ai no meio de nenhures de zulmarinho em que depois não sabes onde é o norte e o sul e vais à deriva, que deriva de ti tal como o sonho deriva de estar acordado e com os sentidos todos à flôr da pele, que ainda vão dizer que é do congo.Vamos, mermão, bebe que o frio logo logo desaparece com a chegada da brisa que vem lá desde o inicio deste zulmarinho
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Carlos Carranca
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Não, não é a Vanessa. Vamos só nessa onda de loiras, umas atrás de outras que o tempo esfriado tem de ser aquecido por dentro. Vamos, mermão, seguir o rumo dos perdidos no deserto com um porto por aqui, ou por ali, tão perto.Vês, mermão, que nós aqui sentados, varrendo para dentro de nós essas birras geladinhas, ficamos a falar, falar que se fossemos mesmo italianos já lá estavamos no início desse zulmarinho.Mas, mermão, seguindo a Magia nós estamos lá, o timoneiro nos indica o caminho e a gente não lhe dá trégua para ele não adormecer e perder a gente ai no meio de nenhures de zulmarinho em que depois não sabes onde é o norte e o sul e vais à deriva, que deriva de ti tal como o sonho deriva de estar acordado e com os sentidos todos à flôr da pele, que ainda vão dizer que é do congo.Vamos, mermão, bebe que o frio logo logo desaparece com a chegada da brisa que vem lá desde o inicio deste zulmarinho
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Resposta a Uko
"Fio": Portugal Moribundo
carranca
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Hoje, 22:43
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Amigo UkoHoje de facto apetece-me responder-te.Eu afirmei, consequentemente, reafirmo-te que Portugal está a moribundo. Com que autoridade? Pois te posso dizer que com nenhuma mesmo, porque ninguem me passou procuração. Mas como ser pensante e leitor de jornais e revistas é o que constacto. Vamos os dois fazer um exercício. Esquece todo e qualquer ruído de fundo que por aqui anda. Concentra-te apenas no Telejornal que consegues ver na RTPInternacional. Primeira notícia é o caso Casa Pia, segunda a máfia italiana, o Vale e Azevedo, o ministro que foi a banhos lá para os lados de S.Tomé, a miúda morta pela família e cujo o corpo não apareceu ainda e já faz mais que dois meses, a falência das fábricas texteis Afonso, o apito dourado, o ministro convidado e desconvidado no meia da viagem, os professores que foram colocados segundo o critério errado, o Derley foi para Moscovo, o Cadilhe diz que sem investimento vamos ao fundo, o Constâncio que reafirma a mil microfones que o deficit do Governo está errado em X porcento. Nisto tudo viste alguma coisa de positivo? Os imigrantes portugueses devem ter uma linda ideia do seu país.Com estas notícias não me admira que o povo esteja deprimido, amedrontado e não produtivo. Assim se conclui que se não houver uma sapatada Portugal morre. Depois dos Romanos, Visigodos, Celtas desaparecem também os portugueses deste cantinho.
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Carlos Carranca
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Amigo UkoHoje de facto apetece-me responder-te.Eu afirmei, consequentemente, reafirmo-te que Portugal está a moribundo. Com que autoridade? Pois te posso dizer que com nenhuma mesmo, porque ninguem me passou procuração. Mas como ser pensante e leitor de jornais e revistas é o que constacto. Vamos os dois fazer um exercício. Esquece todo e qualquer ruído de fundo que por aqui anda. Concentra-te apenas no Telejornal que consegues ver na RTPInternacional. Primeira notícia é o caso Casa Pia, segunda a máfia italiana, o Vale e Azevedo, o ministro que foi a banhos lá para os lados de S.Tomé, a miúda morta pela família e cujo o corpo não apareceu ainda e já faz mais que dois meses, a falência das fábricas texteis Afonso, o apito dourado, o ministro convidado e desconvidado no meia da viagem, os professores que foram colocados segundo o critério errado, o Derley foi para Moscovo, o Cadilhe diz que sem investimento vamos ao fundo, o Constâncio que reafirma a mil microfones que o deficit do Governo está errado em X porcento. Nisto tudo viste alguma coisa de positivo? Os imigrantes portugueses devem ter uma linda ideia do seu país.Com estas notícias não me admira que o povo esteja deprimido, amedrontado e não produtivo. Assim se conclui que se não houver uma sapatada Portugal morre. Depois dos Romanos, Visigodos, Celtas desaparecem também os portugueses deste cantinho.
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Hoje é sex ta feira
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje é sexafeira 14-01-2005 17:55
Forum: Conversas de Café
Vamos derreter uma quantas birras geladas mesmo até entontar. Pois é, mermão, hoje é sexta-feira, amanhã se podemos acordar bocadito mais tarde, podemos ficar aqui a parlar sem que a voz nos doa porque a gente oleia bem com essas loiras geladas.Olha como está azul esse zulmarinho hoje, deve ser de frio, deve se chamar azul gelado essa cor mesmo. Mas este perfume continua igual, pena que não seja o mesmo perfume que do início dele, que não tenha as mesmas ondas, que estas, mermão, são mesmo imitação. Olhas bem neste zulmarinho e vais que ver ele tem dias que parece é artificial. Olhas para trás e vês bué de gente olhando nele com olhos mortiços, olhos de viuvez.Mermão, a gente bebendo estas loiras até que parece que a gente adivinha as coisas que vão nas cabeças dessas outras.Sabes, mermão, eu acho que a gente que está algures num zulmarinho que não no início dele devia fazer mesmo como os outros que têm de ir a Meca, tinham que ir no início dele mesmo, lá na raíz, no embrião dele. Ias ver, mermão, todos esses olhos ficarem brialhantes que té parece que estão a rir.Vamos beber, mermão. Vamos beber porque hoje é sexta-feira. Vamos olear a garganta e refrescar o cérebro. Vamos ver o mundo, vamos senti-lo mesmo que estivessemos lá no início da calma deste zulmarinho.
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Hoje é sexafeira 14-01-2005 17:55
Forum: Conversas de Café
Vamos derreter uma quantas birras geladas mesmo até entontar. Pois é, mermão, hoje é sexta-feira, amanhã se podemos acordar bocadito mais tarde, podemos ficar aqui a parlar sem que a voz nos doa porque a gente oleia bem com essas loiras geladas.Olha como está azul esse zulmarinho hoje, deve ser de frio, deve se chamar azul gelado essa cor mesmo. Mas este perfume continua igual, pena que não seja o mesmo perfume que do início dele, que não tenha as mesmas ondas, que estas, mermão, são mesmo imitação. Olhas bem neste zulmarinho e vais que ver ele tem dias que parece é artificial. Olhas para trás e vês bué de gente olhando nele com olhos mortiços, olhos de viuvez.Mermão, a gente bebendo estas loiras até que parece que a gente adivinha as coisas que vão nas cabeças dessas outras.Sabes, mermão, eu acho que a gente que está algures num zulmarinho que não no início dele devia fazer mesmo como os outros que têm de ir a Meca, tinham que ir no início dele mesmo, lá na raíz, no embrião dele. Ias ver, mermão, todos esses olhos ficarem brialhantes que té parece que estão a rir.Vamos beber, mermão. Vamos beber porque hoje é sexta-feira. Vamos olear a garganta e refrescar o cérebro. Vamos ver o mundo, vamos senti-lo mesmo que estivessemos lá no início da calma deste zulmarinho.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
13 de janeiro de 2005
Um 2000 diferente
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Um 2000 diferente Hoje, 20:13
Forum: Conversas de Café
Senta só aqui, mermão, e vamos aviar as birras que temos aí numa geleira qualquer.Sabes, mermão, não sou dessas coisas de religião, superstição, medos e coisas assim de mau olhado. Mas tinha dito, faz muito tempo, que não ficaria na Europa quando mudasse de 1999 para 2000. Sabes mermão, é daqueles fillingues. Te explicar eu desconsigo por completo. Bebe, mermão, sentindo o perfume e ouvindo a música que sai desse zulmarinho.Então, mermão, depois de comprar máquina de lavar roupa, fogão, ferro de engomar, casinha para meter estas coisas todas lá dentro, sobrou nada. Ai, mermão, espera só, deixa beber meia garrafa que te conto o resto. 26 de Dezembro, depois de 24 horas a bulir, começou a dar nervoso forte. 31 estava a chegar e como é que é? Vais descumprir a promessa que te fizeste a ti mesmo? Não pode ser. Tens que pensar rápido. E mais nervoso ficava na sobra para mim.Dia 30, acabado o horário, gasóleo no carro e arranca. Sevilha. Não, isso fica na Europa. Ceuta? Arranca para lá. Algeciras era já noite. Um quarto numa pensão que mais não havia. Ambos os mais, o cifrão e vagas no Hotel. 31 mete-se carro no barco e chovia, e balouçava e vomitava e fumava. Saida do barco. Um hotel cheio, e outro e outro. Saida de Ceuta. Posto de fronteira. Gente simpática, muitas perguntas e poucas respostas.Deixa beber a outra meia antes que aqueça.Mermão, passada a barreira fiquei mesmo logo na primeira cidade. Hotel havia. Birras que não mas lá se arranjou maneira de ter.Mermão, foi assim que entrei em 2000. Dia 1 toda a viagem de retorno mas muito mais novo.Bebe, mermão que merecemos.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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Um 2000 diferente Hoje, 20:13
Forum: Conversas de Café
Senta só aqui, mermão, e vamos aviar as birras que temos aí numa geleira qualquer.Sabes, mermão, não sou dessas coisas de religião, superstição, medos e coisas assim de mau olhado. Mas tinha dito, faz muito tempo, que não ficaria na Europa quando mudasse de 1999 para 2000. Sabes mermão, é daqueles fillingues. Te explicar eu desconsigo por completo. Bebe, mermão, sentindo o perfume e ouvindo a música que sai desse zulmarinho.Então, mermão, depois de comprar máquina de lavar roupa, fogão, ferro de engomar, casinha para meter estas coisas todas lá dentro, sobrou nada. Ai, mermão, espera só, deixa beber meia garrafa que te conto o resto. 26 de Dezembro, depois de 24 horas a bulir, começou a dar nervoso forte. 31 estava a chegar e como é que é? Vais descumprir a promessa que te fizeste a ti mesmo? Não pode ser. Tens que pensar rápido. E mais nervoso ficava na sobra para mim.Dia 30, acabado o horário, gasóleo no carro e arranca. Sevilha. Não, isso fica na Europa. Ceuta? Arranca para lá. Algeciras era já noite. Um quarto numa pensão que mais não havia. Ambos os mais, o cifrão e vagas no Hotel. 31 mete-se carro no barco e chovia, e balouçava e vomitava e fumava. Saida do barco. Um hotel cheio, e outro e outro. Saida de Ceuta. Posto de fronteira. Gente simpática, muitas perguntas e poucas respostas.Deixa beber a outra meia antes que aqueça.Mermão, passada a barreira fiquei mesmo logo na primeira cidade. Hotel havia. Birras que não mas lá se arranjou maneira de ter.Mermão, foi assim que entrei em 2000. Dia 1 toda a viagem de retorno mas muito mais novo.Bebe, mermão que merecemos.
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Carlos Carranca
Hoje não estou na Esplanada
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje não estou na Esplanada 12-01-2005 14:51
Forum: Conversas de Café
Pois é, mermão, hoje não vou na esplanada desse zulmarinho. Hoje estou sentado no sofá e recordar 1999 no mês de Junho. Estou rodeado por todo o lado pelo meio do zulmarinho. Estou na Pracinha, cidade do Mindelo, Ilha de S.Vicente. São para ai uma 9 da noite ou será que já são dez? Gente que chega borbulhante de vida. Gente que diariamente vem aqui beber a sua loira gelada, fazer o seu picadeiro, simplesmente namorar. A Pracinha vibra de vida, os olhos deste teu irmão, mermão, saltam das órbitas a ver os corpos esculturais que passam, as cervejas geladas até parecem que aquecem, o corpo estremece na idade. E eu, mermão, rodeado pelo zulmarinho por todos os lados aqui estou bebendo as minhas loiras geladas e imóvel vejo filmes não projectados, nestes 15 dias que aqui estou. Vim trabalhar, o futebol tem destas coisas. Trabalhei no bronze na Baía das Gatas. Imperdível. Trabalhei no Hospital, mundo diferente porém o mesmo mundo que eu tinha sonhado. Agora á noite aqui estou a ver a Pracinha, te posso dizer, mermão, estou a viver a Pracinha. Já estive numa tasca onde um mano mais magro que magreza toca uma coisa que parece guitarra, sei lá mesmo como chama essa coisa e sai dos olhos gotas de zulmarinho - é Bau que toca. Agora bebo aqui, depois vou na Discoteca que estiver de Serviço. Sim, mermão, Discoteca é como farmácia, tem uma cada dia que está de Serviço.Meu restaurante mesmo é o Comboio. Nome estranho dessa coisa que nunca teva aqui.Já ouvi Cesária, não a verdadeira, só mesmo a prima dela, que canta parece mesmo ela.Pois é, mermão, hoje não me apeteceu ir na Esplanada que fica lá no fim do zulmarinho.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Hoje não estou na Esplanada 12-01-2005 14:51
Forum: Conversas de Café
Pois é, mermão, hoje não vou na esplanada desse zulmarinho. Hoje estou sentado no sofá e recordar 1999 no mês de Junho. Estou rodeado por todo o lado pelo meio do zulmarinho. Estou na Pracinha, cidade do Mindelo, Ilha de S.Vicente. São para ai uma 9 da noite ou será que já são dez? Gente que chega borbulhante de vida. Gente que diariamente vem aqui beber a sua loira gelada, fazer o seu picadeiro, simplesmente namorar. A Pracinha vibra de vida, os olhos deste teu irmão, mermão, saltam das órbitas a ver os corpos esculturais que passam, as cervejas geladas até parecem que aquecem, o corpo estremece na idade. E eu, mermão, rodeado pelo zulmarinho por todos os lados aqui estou bebendo as minhas loiras geladas e imóvel vejo filmes não projectados, nestes 15 dias que aqui estou. Vim trabalhar, o futebol tem destas coisas. Trabalhei no bronze na Baía das Gatas. Imperdível. Trabalhei no Hospital, mundo diferente porém o mesmo mundo que eu tinha sonhado. Agora á noite aqui estou a ver a Pracinha, te posso dizer, mermão, estou a viver a Pracinha. Já estive numa tasca onde um mano mais magro que magreza toca uma coisa que parece guitarra, sei lá mesmo como chama essa coisa e sai dos olhos gotas de zulmarinho - é Bau que toca. Agora bebo aqui, depois vou na Discoteca que estiver de Serviço. Sim, mermão, Discoteca é como farmácia, tem uma cada dia que está de Serviço.Meu restaurante mesmo é o Comboio. Nome estranho dessa coisa que nunca teva aqui.Já ouvi Cesária, não a verdadeira, só mesmo a prima dela, que canta parece mesmo ela.Pois é, mermão, hoje não me apeteceu ir na Esplanada que fica lá no fim do zulmarinho.
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Carlos Carranca
11 de janeiro de 2005
Escreve que não me apetece
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 11:48
Forum: Conversas de Café
Senta aqui, mermão. Pega no lápis e nesse bocado de papel e escreve o que te disser. Escreve porque hoje estou que apetece falar mas não mesmo pôr no papel.Manda vir as loiras geladas e deixa que eu as devore de um trago, porque trago dentro de mim o cansaço de uma dia de muito trabalho. Ainda tem quem diz que trabalho dá saúde. Pois é, mermão, aqui sentados na tangente deste zulmarinho, aproveitando tudo o que ele tem para nos dar, incluido a seta com o caminho de regresso, nós vamos construindo um mundo de ilusões imaginativas, um mundo de cores alegres, um sonho que existe para lá da linha recta que é curva do horizonte. Mas, mermão, na verticalidade do nosso ser, no poder ser criativo usando o sonho vamos caminhando dia a dia para tornar essa linha recta que é curva mais perto, cada vez mais perto.Mermão, manda lá vir a tua grade de bejecas geladas, senta aqui e ouvindo uma morna, uma coladera ou um merengue dos novos, mostra a tua capacidade de voarmos por imagens, cheiros e calores.Conterra, estendida a passadeira, senta aqui e faz-nos ver as árvores que morrem de péVamos beber até fazer-se o dia.
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Carlos Carranca
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Hoje, 11:48
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Senta aqui, mermão. Pega no lápis e nesse bocado de papel e escreve o que te disser. Escreve porque hoje estou que apetece falar mas não mesmo pôr no papel.Manda vir as loiras geladas e deixa que eu as devore de um trago, porque trago dentro de mim o cansaço de uma dia de muito trabalho. Ainda tem quem diz que trabalho dá saúde. Pois é, mermão, aqui sentados na tangente deste zulmarinho, aproveitando tudo o que ele tem para nos dar, incluido a seta com o caminho de regresso, nós vamos construindo um mundo de ilusões imaginativas, um mundo de cores alegres, um sonho que existe para lá da linha recta que é curva do horizonte. Mas, mermão, na verticalidade do nosso ser, no poder ser criativo usando o sonho vamos caminhando dia a dia para tornar essa linha recta que é curva mais perto, cada vez mais perto.Mermão, manda lá vir a tua grade de bejecas geladas, senta aqui e ouvindo uma morna, uma coladera ou um merengue dos novos, mostra a tua capacidade de voarmos por imagens, cheiros e calores.Conterra, estendida a passadeira, senta aqui e faz-nos ver as árvores que morrem de péVamos beber até fazer-se o dia.
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Carlos Carranca
9 de janeiro de 2005
Maravilhas da tecnologia
Senta, mermão, e vamos utilizar hoje as maravilhas da tecnologia. Tás a ver a ponta da Ilha? Vês ali quatro sentados naquela mesa bebendo umas e outras, bem geladinhas? Vês atrás deles o início deste zulmarinho. Consegues lhe sentir o perfume a marzia? Pena mesmo que não lhes consigas tocar.
Pois com as novas tecnologias até parece que estamos sentados ao pé deles e perto do início deste zulmarinho.
Lhe olhaste bem? Ali, cheios de calor, refrescando o corpo ao sabor de uma loira genuina de geladinha e nós aqui cheios de casacos, sovacos apertados, gestos diminuidos, frio de rachar, bebendo as geladas para aquecer o exterior arrefecendo o interior.
Vamos misturar os centígrados e vamos ter ambas as mesas à temperatura de um frapê?
Pois é, mermão, estes telefones só nos faltam dar a cor do cheiro, sentir o calor humano do início do zulmarinho.
Vês agora o Banco de Angola, o Hotel Presidente, o BCA? Mano dessa mesa do lado de lá, mostra mais coisas para desquentar o meu coração.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Pois com as novas tecnologias até parece que estamos sentados ao pé deles e perto do início deste zulmarinho.
Lhe olhaste bem? Ali, cheios de calor, refrescando o corpo ao sabor de uma loira genuina de geladinha e nós aqui cheios de casacos, sovacos apertados, gestos diminuidos, frio de rachar, bebendo as geladas para aquecer o exterior arrefecendo o interior.
Vamos misturar os centígrados e vamos ter ambas as mesas à temperatura de um frapê?
Pois é, mermão, estes telefones só nos faltam dar a cor do cheiro, sentir o calor humano do início do zulmarinho.
Vês agora o Banco de Angola, o Hotel Presidente, o BCA? Mano dessa mesa do lado de lá, mostra mais coisas para desquentar o meu coração.
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Carlos Carranca
Porque hoje é Sabado
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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08-01-2005 17:05
Forum: Conversas de Café
Mermão mais velho, senta aí. Vamos virar umas quantas, descola os olhos do relógio, porque hoje é Sabado. Pensa só que mais logo vais vestir a tua roupa de lavado, vais no baile, vais roçar o roç and rol, uma ou outra mais agarradinho na conterra, vais curtir até ser madrugada e depois vais espraiar na areia da praia lá no início desse zulmarinho, que te perfuma o halito e te reluzidia o corpo.Senta aqui, mermão mais velho, porque hoje é sabado e tu tens tempo que nos outros tempos não tens tempo para estar comigo.Vamos molhara goela, lubrificar os neurónios para me contares as tuas vidas antes de eu ter a minha. Senta, mermão, mas não vale lavar a estória para ficar mais branca, nem para contares as caçadas que afinal sei que nunca fizeste. Conta mesmo só a verdade, porque dizem que essa é como o azeite, não vai no fundo. Mas quero ouvir-te contar todas as estórias com princípio, meio e fim. Porque hoje é Sabado e tu tens tempo.Enquanto me contasessas estórias, eu fico aqui a verter umas birras geladas e a sentir o perfume com sabora gelo que emana essa zulmarinho daqui.
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Carlos Carranca
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08-01-2005 17:05
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Mermão mais velho, senta aí. Vamos virar umas quantas, descola os olhos do relógio, porque hoje é Sabado. Pensa só que mais logo vais vestir a tua roupa de lavado, vais no baile, vais roçar o roç and rol, uma ou outra mais agarradinho na conterra, vais curtir até ser madrugada e depois vais espraiar na areia da praia lá no início desse zulmarinho, que te perfuma o halito e te reluzidia o corpo.Senta aqui, mermão mais velho, porque hoje é sabado e tu tens tempo que nos outros tempos não tens tempo para estar comigo.Vamos molhara goela, lubrificar os neurónios para me contares as tuas vidas antes de eu ter a minha. Senta, mermão, mas não vale lavar a estória para ficar mais branca, nem para contares as caçadas que afinal sei que nunca fizeste. Conta mesmo só a verdade, porque dizem que essa é como o azeite, não vai no fundo. Mas quero ouvir-te contar todas as estórias com princípio, meio e fim. Porque hoje é Sabado e tu tens tempo.Enquanto me contasessas estórias, eu fico aqui a verter umas birras geladas e a sentir o perfume com sabora gelo que emana essa zulmarinho daqui.
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Carlos Carranca
Vamos sentar em roda
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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07-01-2005 16:52
Forum: Conversas de Café
Faz conta, mermão, que esta mesa é mesmo uma fogueira, que a gente está sentado à volta dela. Esse mar que está aqui é o início dele. Esses cabelos em desalinho, estilo anos 70. Esses corpos magros, perdidas as barrigas e o pneus ganhos com o tempo. Vamos sentar em roda e beber umas e outras e falar de ontens que aconteceram para termos ideias para amanhãs, percorrermos os mesmos lugares e ter olhos para amanhãs.Mermão, hoje te recebi uma foto desses tempos, uma foto que tocou fundo no coração. Tinha o zulmarinho, tinha Fané, tinha o biquini azul, tinha, tinha tinha. Tinha a côr no preto e branco, salpicados por muitos brancos devido ao tempo, espaço estre dois momentos. Deu um toque no coração, uma gota de zulmarinho percorrendo a cara, uma emoção.Mermão, como tui dizes hoje pago eu as loiras. Mas só hoje porque as outras serão pagas pela MAGIA da nossa exitência, pela capacidade dos nossos sonhos, pela amizade que nos liga. Te lembra, mermão, que aqui sentados em roda, bebendo umas e outras, não interessa de que é que se vão lembrar de nós, mas sim quem vai se lembrar de nós.
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Carlos Carranca
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07-01-2005 16:52
Forum: Conversas de Café
Faz conta, mermão, que esta mesa é mesmo uma fogueira, que a gente está sentado à volta dela. Esse mar que está aqui é o início dele. Esses cabelos em desalinho, estilo anos 70. Esses corpos magros, perdidas as barrigas e o pneus ganhos com o tempo. Vamos sentar em roda e beber umas e outras e falar de ontens que aconteceram para termos ideias para amanhãs, percorrermos os mesmos lugares e ter olhos para amanhãs.Mermão, hoje te recebi uma foto desses tempos, uma foto que tocou fundo no coração. Tinha o zulmarinho, tinha Fané, tinha o biquini azul, tinha, tinha tinha. Tinha a côr no preto e branco, salpicados por muitos brancos devido ao tempo, espaço estre dois momentos. Deu um toque no coração, uma gota de zulmarinho percorrendo a cara, uma emoção.Mermão, como tui dizes hoje pago eu as loiras. Mas só hoje porque as outras serão pagas pela MAGIA da nossa exitência, pela capacidade dos nossos sonhos, pela amizade que nos liga. Te lembra, mermão, que aqui sentados em roda, bebendo umas e outras, não interessa de que é que se vão lembrar de nós, mas sim quem vai se lembrar de nós.
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Carlos Carranca
6 de janeiro de 2005
Vamos beber devagarinho
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Vamos beber devagarinho Hoje, 20:38
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Vamos devagarinho, doce e suavemente beber umas e outras, escutando o som que sai desse zulmarinho, saboreado o seu perfume e embalados nas suas ondas.Vamos, mermão?Vamos que não sei quanto eu vou aguentar a vida que começa na próxima semana. Sabes, mermão, a gente senta aqui na esplanada, ouve o zulmarinho, sente o zulmarinho mas antes de chegar aqui teve um caminho todo grande para chegar aqui. Nesse caminho entrou umas mudanças, entrou toda uma revolução. Vai doer para caramba, que até parece que adivinho, mermão.Agora, mermão, quando sento aqui só tou mesmo a ver a onda que me vai levar lá no início desse zulmarinho. Mas essa onda tarde em chegar. O tapete vermelho está ficando descorado de tanto sol de espera, a areia quente da praia onde esse zulmarinho tem o seu início, está fervendo que queima pé desprevinido.Vamos, mermão, bebendo umas e outras, devagarinho, saboreando e mesmo que tu não vejas eu estou aqui a teu lado bebendo. Posso não sujar o copo, é só mesmo porque estou a beber da garrafa.Pois é, mermão, a vida não é uma auto-estrada, é mesmo uma estrada secundária e por vezes tem obras no meio que faz parar o trânsito.Mas te lembra, mermão, sempre que o caminho deixa passar eu estarei aqui bebendo umas e outras, falando de coisas mesmo que esteja calado. Eu estou aqui, mermão, a te ver e a te sentir, mesmo que o céu caia como nos gauleses.Manda mais uma loirinha para mim, mermão!
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Carlos Carranca
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Vamos beber devagarinho Hoje, 20:38
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Vamos devagarinho, doce e suavemente beber umas e outras, escutando o som que sai desse zulmarinho, saboreado o seu perfume e embalados nas suas ondas.Vamos, mermão?Vamos que não sei quanto eu vou aguentar a vida que começa na próxima semana. Sabes, mermão, a gente senta aqui na esplanada, ouve o zulmarinho, sente o zulmarinho mas antes de chegar aqui teve um caminho todo grande para chegar aqui. Nesse caminho entrou umas mudanças, entrou toda uma revolução. Vai doer para caramba, que até parece que adivinho, mermão.Agora, mermão, quando sento aqui só tou mesmo a ver a onda que me vai levar lá no início desse zulmarinho. Mas essa onda tarde em chegar. O tapete vermelho está ficando descorado de tanto sol de espera, a areia quente da praia onde esse zulmarinho tem o seu início, está fervendo que queima pé desprevinido.Vamos, mermão, bebendo umas e outras, devagarinho, saboreando e mesmo que tu não vejas eu estou aqui a teu lado bebendo. Posso não sujar o copo, é só mesmo porque estou a beber da garrafa.Pois é, mermão, a vida não é uma auto-estrada, é mesmo uma estrada secundária e por vezes tem obras no meio que faz parar o trânsito.Mas te lembra, mermão, sempre que o caminho deixa passar eu estarei aqui bebendo umas e outras, falando de coisas mesmo que esteja calado. Eu estou aqui, mermão, a te ver e a te sentir, mesmo que o céu caia como nos gauleses.Manda mais uma loirinha para mim, mermão!
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Carlos Carranca
5 de janeiro de 2005
Senta, mermã
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Senta, mermã Hoje, 20:35
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Vamos sentar aqui, neste cantinho.Tu bebes a tua piñacolada eu a minha birra estupidamente gelada e olhos nos olhos vamos falar.Vamos descomprimir, vamos bulinar contra o vento. Vais ver logo aparece alguém te dizer que isso não é possível. Mas na imaginação é e por isso bulinamos mesmo.Bebe, mermã. Vês aquele parzinh apaixonado bebendo loiras na ponta da ilha, esperando o nascer do ano lá no início deste Zulmarinho? Vês, mermã. Era lá com eles que eu queria estar. Vês o conterra lá no outro lado do início deste Zulmarinho, olhando na janela do quarto para o outro lado a ver o início certo deste Zulmarinho? Era com ele que eu gostaria de estar lá onde começa o zulmarinho do meu encantamento.Bebe mermã.A minha esperança está grávida de gemeos. Eu vou ver o início deste zulmarinho, nem que tenha que nadar contra correntes e marés, nem que tenha que me alar contra ventos, tempestades, fogos e medos.Bebe, mermã, que eu te acompanho com a minha birra gelada, vendo o mar chão sem calemas mas com lemas.
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Carlos Carranca
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Senta, mermã Hoje, 20:35
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Vamos sentar aqui, neste cantinho.Tu bebes a tua piñacolada eu a minha birra estupidamente gelada e olhos nos olhos vamos falar.Vamos descomprimir, vamos bulinar contra o vento. Vais ver logo aparece alguém te dizer que isso não é possível. Mas na imaginação é e por isso bulinamos mesmo.Bebe, mermã. Vês aquele parzinh apaixonado bebendo loiras na ponta da ilha, esperando o nascer do ano lá no início deste Zulmarinho? Vês, mermã. Era lá com eles que eu queria estar. Vês o conterra lá no outro lado do início deste Zulmarinho, olhando na janela do quarto para o outro lado a ver o início certo deste Zulmarinho? Era com ele que eu gostaria de estar lá onde começa o zulmarinho do meu encantamento.Bebe mermã.A minha esperança está grávida de gemeos. Eu vou ver o início deste zulmarinho, nem que tenha que nadar contra correntes e marés, nem que tenha que me alar contra ventos, tempestades, fogos e medos.Bebe, mermã, que eu te acompanho com a minha birra gelada, vendo o mar chão sem calemas mas com lemas.
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Carlos Carranca
4 de janeiro de 2005
Às senhorinhas
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 18:54
Forum: Conversas de Café
Sentai senhorinhas, se vierem por bem. Sentai que eu bebo umas quantas e depois ficarei aqui a falar que até as madrugadas vos vão ficar a saber a pôr-de sol.Pois é, mininas, na vossa companhia, ouvindo a música que vem desse zulamrinho do meu contentamento, navegando nas ondas de magia, eu serei eterno, pelo menos enquanto durar.Baloiçando nas ondas desse zulamrinho o meu pensamento eu vos levo aos encantos das coisas que vos encantam.Esperneando as minhas palavras na espuma branca desse zulmarinho enquanto ele acaricía a areia da praia, eu vos levo em sonhos sonhados da infância inocente que cada uma tem nos pensamentos e não ousa pensar.Pagai, senhorinhas, as loiras geladas para que eu vos possa levar na crista da onda dos lugares do paraíso que existe na magia do sonho sonhado acordado.Pois é. Hoje apetece mesmo é namorar a linha do horizonte, a última fronteira para o início desse zulmarinho que teima em me deixar aqui especado a ver o longe de um lugar que afinal está perto.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Sentai senhorinhas, se vierem por bem. Sentai que eu bebo umas quantas e depois ficarei aqui a falar que até as madrugadas vos vão ficar a saber a pôr-de sol.Pois é, mininas, na vossa companhia, ouvindo a música que vem desse zulamrinho do meu contentamento, navegando nas ondas de magia, eu serei eterno, pelo menos enquanto durar.Baloiçando nas ondas desse zulamrinho o meu pensamento eu vos levo aos encantos das coisas que vos encantam.Esperneando as minhas palavras na espuma branca desse zulmarinho enquanto ele acaricía a areia da praia, eu vos levo em sonhos sonhados da infância inocente que cada uma tem nos pensamentos e não ousa pensar.Pagai, senhorinhas, as loiras geladas para que eu vos possa levar na crista da onda dos lugares do paraíso que existe na magia do sonho sonhado acordado.Pois é. Hoje apetece mesmo é namorar a linha do horizonte, a última fronteira para o início desse zulmarinho que teima em me deixar aqui especado a ver o longe de um lugar que afinal está perto.
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Carlos Carranca
Uma carta à cidade
"Fio": Os da cidade e os do mato!!!
carranca
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Hoje, 18:45
Forum: Conversas de Café
Eu gosto muito de ser do mato. Melhor dizendo, gosto mesmo de ser do deserto apesar de ter nascido no mato. No deserto a vista alcança mais longe porque não tem barreiras de cimento a tapar o horizonte, tem sol que não é filtrada por nuvens de fumos de escapes de carros último modelo que engarrafam as estradas que não servem para andar porque os outros não deixam, tem vento com pequenos grãos de areia que picam como que fossem alfinetes e na cidade se está vento tens de olhar em frente senão vais chocar com miles de pessoas que caminham no sentido oposto ao teu.Eu gosto muito de ser do mato. Melhor, do deserto apesar de ter nascido no mato.Para conhecer todoas as pessoas do deserto só preciso de saber o apelido - a memória já vai faltando para alguns nomes e caras - enquanto os da cidade para se conhecerem têm de fundar Associações dos antigos moradores do Bairro Popupalr número dois, dos antigos alunos do liceu não sei quantos, dos frequentadores da esquina da Lello e por aí adiante.Eu gosto muito de ser do mato. Melhor, do deserto apesar de ter nascido no mato.Não tenho depressões porque os cajos que são da cidade pessam que são mais intelectuais que eu, porque viram primeiro que eu o filme Marron Brandão e coisas dessas, mas afinal eles esquecem mais depressa porque a seguir tiveram que ir a correr para o Chá das Cinco ver o Rafael a cantar, comprar o último livro das Caçadas de algum caçador que nunca saiu do conforto do sofá da casa que tÊm no mato, mas como eles, os da cidade não sabem, ele escreveu todas as histórias inventadas e eles acreditam - está no livro....Eu gosto muito de ser do mato. Melhor, de ser do deserto, apesar de ter nascido no mato, porque posso arrotar que não tenho miles de olhos a castigarem-me, posso beber á vontade que qualquer um sabe onde me levar se eu perder o norte e não ficarei desesperadamente estendido numa esquina qualquer a curtir os efeitos, utilizando como almofada os líquidos estagnados e fermentados do estômago que são espelidos involuntariamente.Prontos, gosto de ser de onde sou!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Hoje, 18:45
Forum: Conversas de Café
Eu gosto muito de ser do mato. Melhor dizendo, gosto mesmo de ser do deserto apesar de ter nascido no mato. No deserto a vista alcança mais longe porque não tem barreiras de cimento a tapar o horizonte, tem sol que não é filtrada por nuvens de fumos de escapes de carros último modelo que engarrafam as estradas que não servem para andar porque os outros não deixam, tem vento com pequenos grãos de areia que picam como que fossem alfinetes e na cidade se está vento tens de olhar em frente senão vais chocar com miles de pessoas que caminham no sentido oposto ao teu.Eu gosto muito de ser do mato. Melhor, do deserto apesar de ter nascido no mato.Para conhecer todoas as pessoas do deserto só preciso de saber o apelido - a memória já vai faltando para alguns nomes e caras - enquanto os da cidade para se conhecerem têm de fundar Associações dos antigos moradores do Bairro Popupalr número dois, dos antigos alunos do liceu não sei quantos, dos frequentadores da esquina da Lello e por aí adiante.Eu gosto muito de ser do mato. Melhor, do deserto apesar de ter nascido no mato.Não tenho depressões porque os cajos que são da cidade pessam que são mais intelectuais que eu, porque viram primeiro que eu o filme Marron Brandão e coisas dessas, mas afinal eles esquecem mais depressa porque a seguir tiveram que ir a correr para o Chá das Cinco ver o Rafael a cantar, comprar o último livro das Caçadas de algum caçador que nunca saiu do conforto do sofá da casa que tÊm no mato, mas como eles, os da cidade não sabem, ele escreveu todas as histórias inventadas e eles acreditam - está no livro....Eu gosto muito de ser do mato. Melhor, de ser do deserto, apesar de ter nascido no mato, porque posso arrotar que não tenho miles de olhos a castigarem-me, posso beber á vontade que qualquer um sabe onde me levar se eu perder o norte e não ficarei desesperadamente estendido numa esquina qualquer a curtir os efeitos, utilizando como almofada os líquidos estagnados e fermentados do estômago que são espelidos involuntariamente.Prontos, gosto de ser de onde sou!
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
Uma carta não escrita
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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03-01-2005 18:42
Forum: Conversas de Café
Senta por aqui, mermão, e vamos ouvir esse murulhar das ondas nas rochas desse zulmarinho que a noite escura não deixa a gente vê-lo com olhos de ver.Sabes, mermão, hoje apetecia mesmo escrever uma carta em tinta permanente, para ser permanente mesmo, dirigida a ninguém e a falar de nenhures. Uma carta só, que levasse lá dentro o perfume desse zulmarinho que tem o início lá mesmo onde ele começa.Apetecia mas não vou escrever, avilo, porque ia dar no circulo vicíoso, tal como os anos que começam sempre a 1 de Janeiro. Ia escrever e ia repetir as mesmas queixas, falar dos mesmos tabus, com as mesmas pessoas e nos mesmos espaços ainda não arejados. Ia escrever, camba, mas desapeteceu porque ainda vai havendo gente que não acredita que o zulmarinho tem o início dele mesmo lá, que acredita que a terra está no cotton que fica no umbigo.Por isso, mermão, fico aqui sentado contigo, bebendo umas e outras e sentindo o perfume do zulmarinho que com esta escuridão não dá para o ver com olhos de sertir ele dentro de nós.Por isso, mermão, fico aqui a ler os escritos sabáticos que escolhi, dos cambas que me apetecem, usando a tua presença para não sentir o vazio da solidão afogado num copo de uma loira estupidamente gelada.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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03-01-2005 18:42
Forum: Conversas de Café
Senta por aqui, mermão, e vamos ouvir esse murulhar das ondas nas rochas desse zulmarinho que a noite escura não deixa a gente vê-lo com olhos de ver.Sabes, mermão, hoje apetecia mesmo escrever uma carta em tinta permanente, para ser permanente mesmo, dirigida a ninguém e a falar de nenhures. Uma carta só, que levasse lá dentro o perfume desse zulmarinho que tem o início lá mesmo onde ele começa.Apetecia mas não vou escrever, avilo, porque ia dar no circulo vicíoso, tal como os anos que começam sempre a 1 de Janeiro. Ia escrever e ia repetir as mesmas queixas, falar dos mesmos tabus, com as mesmas pessoas e nos mesmos espaços ainda não arejados. Ia escrever, camba, mas desapeteceu porque ainda vai havendo gente que não acredita que o zulmarinho tem o início dele mesmo lá, que acredita que a terra está no cotton que fica no umbigo.Por isso, mermão, fico aqui sentado contigo, bebendo umas e outras e sentindo o perfume do zulmarinho que com esta escuridão não dá para o ver com olhos de sertir ele dentro de nós.Por isso, mermão, fico aqui a ler os escritos sabáticos que escolhi, dos cambas que me apetecem, usando a tua presença para não sentir o vazio da solidão afogado num copo de uma loira estupidamente gelada.
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Carlos Carranca
2 de janeiro de 2005
Vamos trazer o Sol
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Vamos ver o mar Hoje, 19:09
Forum: Conversas de Café
Senta, mermão, e vamos aqui recordar todos os que não podem ver o zulmarinho.Manda vir umas quantas, geladinhas.Pois é, mermão, tem gente bué que desconsegue de ver o zulmarinho e navegar nas ondas dele. Tem bué de gente que só de pensar em olhar o zulmarinho fica como que assim de primário, que até parece selvagem que desconhece que os aviões vão e depois voltam.Com ela escorrendo na goela, mermão, nós vemos que no início desse zulmarinho tem coisas vivas, que crescem, florescem. Mas, mermão, olhando para longe, ao contrário da linha recta que é curva, consegues ver gente que o futuro não tem sol, que vivem debaixo da sombra. Vamos beber mais umas quantas para ver se conseguimos trazer o sol dos trópicos.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Vamos ver o mar Hoje, 19:09
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Senta, mermão, e vamos aqui recordar todos os que não podem ver o zulmarinho.Manda vir umas quantas, geladinhas.Pois é, mermão, tem gente bué que desconsegue de ver o zulmarinho e navegar nas ondas dele. Tem bué de gente que só de pensar em olhar o zulmarinho fica como que assim de primário, que até parece selvagem que desconhece que os aviões vão e depois voltam.Com ela escorrendo na goela, mermão, nós vemos que no início desse zulmarinho tem coisas vivas, que crescem, florescem. Mas, mermão, olhando para longe, ao contrário da linha recta que é curva, consegues ver gente que o futuro não tem sol, que vivem debaixo da sombra. Vamos beber mais umas quantas para ver se conseguimos trazer o sol dos trópicos.
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Carlos Carranca
1 de janeiro de 2005
2005
"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Hoje, 22:20
Forum: Conversas de Café
Senta aqui, conterra, bem pertinho de mim e me escuta ao som das loiras geladinhas, borrifadas com o cheiro do zulmarinho e embalada na ondulação ritmada da falta de sequência certa. Senta, conterra, e escuta os meus lamentos, as minhas alegrias, as minhas birras, a euforia afónica de dizer que este ano tem que ser. Estamos no 2005, ano impar que para mim não tem diferença de ser. Senta e me paga as loiras birras que eu beber, umas vezes para esquecer outras para lubrificar a goela e falar sem mesmo mais parar até que mandas calar.Senta, mermã, e deixa sentir o teu calor e os teus mimos a insuflar a minha vaidade de te ter aqui a meu lado.Senta, mermã conterra, a ouvir-me falar dos passados, dos fantasmas. Senta e deixa-me captar por osmose os perfumes, o cheiro da terra molhada, o bafo quente do sol que trazes do início deste zulmarinho.Senta, conterra, e vamos beijar o 2005, anos de todas as esperanças e espectativas.Senta, mermã, e vamos embalar o sonho no sabor dessa birra gelada.
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Carlos Carranca
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Hoje, 22:20
Forum: Conversas de Café
Senta aqui, conterra, bem pertinho de mim e me escuta ao som das loiras geladinhas, borrifadas com o cheiro do zulmarinho e embalada na ondulação ritmada da falta de sequência certa. Senta, conterra, e escuta os meus lamentos, as minhas alegrias, as minhas birras, a euforia afónica de dizer que este ano tem que ser. Estamos no 2005, ano impar que para mim não tem diferença de ser. Senta e me paga as loiras birras que eu beber, umas vezes para esquecer outras para lubrificar a goela e falar sem mesmo mais parar até que mandas calar.Senta, mermã, e deixa sentir o teu calor e os teus mimos a insuflar a minha vaidade de te ter aqui a meu lado.Senta, mermã conterra, a ouvir-me falar dos passados, dos fantasmas. Senta e deixa-me captar por osmose os perfumes, o cheiro da terra molhada, o bafo quente do sol que trazes do início deste zulmarinho.Senta, conterra, e vamos beijar o 2005, anos de todas as esperanças e espectativas.Senta, mermã, e vamos embalar o sonho no sabor dessa birra gelada.
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Carlos Carranca
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