carranca
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Hoje, 15:10
Forum: Conversas de Café
Assim terminei a mensagem anterior:
citação:
Será esse meu destino? Será que a verdadeira liberdade só pode existir naA minha caminhada na direcção ao auto-conhecimento, à liberdade, à realização do meu potencial leva-me cada vez mais longe de certas pessoas. Não porque sou melhor ou mais inteligente, mas simplesmente porque sou menos preso às amarras mentais e culturais que ainda as prendem, que ainda as amarram ao passado cinzento, ou mesmo, ao mais colorido que ele tenha sido.
solidão?
E esse processo é irreversível: pode ser desacelerado, desviado, até parado, mas não acredito que possa ser desfeito. Eu não poderei voltar atrás, ao homem que eu fui, porque se fui já era. Esse fui eu ontem e só tenho mesmo saudades do futuro.
E a cada passo que dou nessa direcção, no sentido da liberdade, eu me afasto mais e mais de quase todos, uns tantos.
Quem vê não consegue desver.
Fico a pensar que talvez esse seja esse o meu inevitável destino. Estou a caminhar nessa estrada há pouco tempo e só sinto os primeiros sintomas.
Começas por não ligar ao que as outras pessoas pensam ou esperam de ti. Isso é quase impossível para a maioria dos humanos, meus conhecidos que eu não sou estudioso da matéria, mas sempre foi relativamente fácil para mim.
Quem se preocupa com o que o vizinho vai pensar, constantemente tem que reflectir sobre o que o vizinho acha, o que ele pensa, o que ele quer. Quem se está nas tintas para o vizinho não perde tempo a pensar nele.
Quando tento pensar no vizinho, não consigo. Que será que o vizinho vai pensar disto e daquilo? Eu não tenho meios para o saber. A ponte entre a minha mente e a do vizinho tanto se esticou que se desmoronou.
Talvez esteja na hora de eu aprender alguma disciplina técnica. Tudo o que eu sei fazer envolve relacionamento com pessoas. Se eu perder a capacidade de me comunicar e relacionar com as pessoas, vou passar fome, vou viver na solidão suprema.
Não me incomodava muito ser eremita, mas o problema é que gosto muito de comer regularmente.
se não morrer à fome talvez volte
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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