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14 de dezembro de 2018

as contas do outono

Trovejou, não aqui mas lá do lado sul de mim. Aqui brilha sol com brilho que não é o mesmo de lá, aqui faz frio que não é o mesmo de lá, aqui venta com o vento que não é o de lá. E eu amadureço teimosamente todos os dias. O saber não é tempo gasto mesmo que as roupas vão ficando cada vez mais largas, mesmo que a forma não acompanhe a altura, assim como as ofensas já não têm a intensidade de outrora. Aumentei o campo de visão e tudo mais não é como um grande nada que vou completando com peças dum puzzle que o tempo me vai dando ao mesmo tempo que o tempo vai subtraindo-se.
Amadureço em todas as estações mesmo que faça já tanto tempo que descei de crescer. Aproveitei-me da juventude que tive e não crio que tenha deixado de ter vantagens. Cresço e amadureço mesmo que não seja à velocidade de outrora porque agora é outono e outros outonos quero ver. Invernos e primaveras como verões futuros hão-de chegar e eu, amadurecendo.


Sanzalando

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