É noite de outono e quase Natal. Lá fora faz frio e aqui, na lareira queimo-me em divagações cada vez mais complexas. Eu sei que conseguia carregar todas as estrelas do céu como se fossem meus olhos brilhantes, todas as cores do arco-íris como se fossem a minha alegria, cada cacimbo como se fosse cada gota de suor.
Por isso este ano não mando postais de Natal. Este ano dou mesmo só a minha bênção a todos para que consigam ser felizes, consigam sorrir e viver cada dia como se ele fosse o tal dia tantas vezes desejado.
Não, não vou mandar postais de Natal, nem sms nem nas mais variadas formas de fingir que me lembrei de todos com a mesma lembrança de todos os dias e de todos com igual forma. Talvez mande um ou outro telegrama, se é que ainda os há, porque em cada stop neles escrito eu poderei ler: sejam todos óptimas pessoas
Sanzalando
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