Faz um frio de tremer a alma. Os olhos mal conseguem estar abertos, mal os braços conseguem desabraçar. Todas as formas de calor são benvindas. Neste estado do tempo, enrolado em mantas e outros farrapos me levo em viagens mentais tentando esquecer os rigores do tempo e a cronicidade deste. Eu já sei que a minha maturidade nada tem a haver com os anos mas sim com os danos de tantos anos que por aqui ando. Independente do tempo que passa, há memórias que ficam e outras que nem ao diabo lembra e com estas ou sem estas a mais as suas mágoas eu estaria nos teus braços em mais uma forma de me aquecer.
Faz frio e isso faz-me lembrar que a vida não é um conto de fadas, nem o pai natal desce pela chaminé nem o coelho da páscoa põe ovos. No inverno tudo vem à memória, quanto mais não seja para a gente se lembrar de esquecer de vez.
Faz frio e as frias palavras servem para fazer fogueiras de ideias, das que eu perdi mas sem me perder
Sanzalando
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