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21 de dezembro de 2018

inverno filosóficamente falando

Faz sol. Começa o inverno. Que coisa linda para uma palavra pesada. Tem palavras que trazem um lastro pesado por cima delas que até parece vai virar submarino da existência. Inverno. Frio. Neve. Gelo. Peso. Casacos e mantas. Fogo. Inverno. Quantos invernos uma pessoa traz por cada dia de vida? Vamos fazer que esta estação seja um apeadeiro. Vamos sorrir mesmo que sem brilho no céu, mas sorrir por ter vontade.
Olhando à minha volta eu quase podia pensar que um gajo quando nasce é para falhar. Somos não sei quantos no mundo, um número que eu nem sei dizer direito. Mas lendo um jornal, muitos jornais, uma revista, muitas revistas, são sempre pouquíssimos os falados, os que falam e os que têm direito a falar, Os outros devemos ser falhados. Quando falam de nós, os anónimos falhados é porque nos aconteceu uma coisa que não era normal e até nisso falhamos. 
Quebramos ossos, ficamos com defeito, errámos porque é normal errar na vida, esfolamos a alma, baleamos o sofrimento, banhamos-nos em desilusão, deixamos a solidão fazer morada na gente e dizemos que estamos esgotados. Ninguém nos ouve, ninguém nos fala nem ninguém nos dá voz.
E lá vamos nós, sorrindo mesmo sem brilho no céu, ouvindo os Cem mais nas sem mais coisas que não têm para dizer.
Temos uma coisa, é a vontade. Sofremos e lutamos. Caímos e levantamos. Quebramos regras e esquecemos leis. Seguimos em frente. Vivemos. Seja inverno ou no inferno. Dançamos a música que nos vai na alma, amamos o amor que temos e não temos medo de sofrer, porque, vivemos!



Sanzalando

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